15 fatos que você precisa saber sobre a história do voto feminino

Na Nova Zelândia, o voto feminino foi concedido em 1983; na Arábia Saudita, a conquista aconteceu 105 anos depois. No Brasil, há pouco mais de 80 anos.

O voto era um direito exclusivo dos homens, principalmente ricos, até o início do século 20. Período em que ocorreram grandes transformações, mulheres ativistas se mobilizaram pelo direito ao voto feminino e participação política. Essas mulheres ficaram conhecidas como “sufragistas”.

Entre os anos de 1890 e 1994, grande parte dos Estados começaram a permitir o voto feminino e a candidatura de mulheres a um cargo público. Ainda assim, tempo e espaço são variáveis que muito se diferem quando nos referimos a essas conquistas.

Isso porque, em 1906 as finlandesas conquistaram essa grande vitória, enquanto na África do Sul o voto feminino só foi permitido 87 anos depois, em 1993. Mais além, a Arábia Saudita incluiu a participação de mulheres na política apenas em 2011 (105 anos depois).

Ainda hoje, o poder sobre as decisões públicas é marcado por gênero, raça e classe, o que abala a representatividade das instituições políticas e resulta em pouca sensibilidade no mundo político em relação a esses assuntos.

Para conhecermos um pouco mais sobre essa luta pela cidadania, separamos

15 fatos que você precisa saber sobre a história do voto feminino

No Mundo

15 fatos que você precisa saber sobre a história do voto feminino

1 – O século 19 se caracterizou pelas lutas por direitos. Homens brancos e ricos eram os únicos portadores de direitos civis, políticos e sociais. A luta pelo sufrágio universal buscava o reconhecimento de todas as pessoas enquanto indivíduos cidadãos.  

2 – Uma das primeiras pautas dos movimentos das mulheres foi a luta pela participação na cena eleitoral.

3 – Na Europa, as sufragistas se uniam à luta do movimento operário, contra a exploração de trabalhadores.

4 – A Nova Zelândia, em 1893, e a Finlândia, em 1906, foram os primeiros países a reconhecer o direito das mulheres ao voto.

5 – Na Grã-Bretanha as mulheres conquistaram o direito ao voto depois da Primeira Guerra Mundial.

6 – Países como Suécia e Noruega seguiram o exemplo da Grã-Bretanha, registrando maior número de eleitoras do que eleitores.

7 – Nos Estados Unidos, só em 1920 é que as mulheres conquistaram o direito ao voto.

8 – O Equador foi o primeiro país latino-americano a permitir que suas cidadãs votassem, em 1929.

No Brasil

15 fatos que você precisa saber sobre a história do voto feminino

9 – Foi em 1932 que o voto feminino começou a ser adotado no Brasil, mas só foi consolidado na Constituição de 1934, através do Decreto nº21.076.

10 – A luta pelo voto feminino começou muito antes, em 1891, quando 31 constituintes assinaram uma emenda ao projeto da Constituição conferindo direito de voto às mulheres. Mas a ementa foi rejeitada.

11 – Em 1832, Nísia Floresta publicou “Direitos das mulheres e injustiças dos homens”, um artigo em que exigia a igualdade de educação para todas.

De acordo com Nísía, “a situação de ignorância em que as mulheres eram mantidas era responsável pelas dificuldades que enfrentavam. Submetidas a um círculo vicioso, não tinham instrução e não podiam participar da vida pública; não participando da vida pública, continuavam sem instrução.

12 – Na Bahia, Amélia Rodrigues protestava contra o envio de cativos para a Guerra do Paraguaia.

13 – Em Pernambuco, Maria Amélia de Queiroz lutava a favor da república e da participação das mulheres nas “lutas dos homens”.  – No Ceará, Maria Tomásia Figueira de Melo presidia a sociedade abolicionista feminina, “Cearenses Libertadoras”.

14 – A porta-voz das dificuldades enfrentadas após a proclamação da República, em 1889 foi Patrícia Galvão, conhecida pelo pseudônimo Pagu.

15 – A primeira eleitora brasileira registrada foi Celina Guimarães Viana, no Rio Grande do Norte, em 1927.

[Bônus]

A primeira prefeita da América do Sul foi Alzira Soriano, eleita em 1929, pela cidade de Lajes.

Fonte: Politize!

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