Conheça a história da moda, sua origem e a evolução pelos séculos

A história da moda surgiu com o renascimento europeu e desde então passou por inúmeras evoluções ao longo dos séculos.

A moda vem acompanhando os hábitos das pessoas desde meados do século XV, início do renascimento europeu. No entanto, a história da moda tem sua origem muito antes, por volta de 600 mil anos a.C. com o surgimento da roupa. De acordo com antropólogos, o surgimento da roupa está diretamente ligado à necessidade do ser humano de esconder a nudez e também, se proteger do frio, chuva ou calor.

Dessa forma, a pele de animais começou a se usada para confeccionar as roupas. E, com o passar do tempo, as roupas foram sendo aperfeiçoadas. Por exemplo, o surgimento da tecelagem na Mesopotâmia. Onde as roupas eram usadas enroladas ao corpo, sendo possível tingir o tecido de diferentes cores. Já no Egito, as roupas serviam para definir a identidade e o poder, além de diferenciar cada grupo social.

História da moda: o que é moda, quando surgiu e evolução pelos séculos
Escola de Estilo

Ademais, a palavra moda tem sua origem no latim ‘modus’, que significa costume ou hábito. Em suma, a partir da Idade Média as roupas começaram a ser diferenciadas de acordo com a classe social. Inclusive, houve leis que restringia certos tecidos e cores apenas para nobres.

Dessa forma, a burguesia que era rica, começou a imitar o estilo de vestir dos nobres. O que acabou aumentando o trabalho dos costureiros, que tinham que produzir diferentes estilos para diferenciar os nobres dos burgueses.

A partir da Revolução Industrial e com a invenção das máquinas de costura em 1850, o custo dos tecidos diminuiu bastante. Com isso, as pessoas mais humildes puderam comprar roupas melhores. No entanto, mesmo com a modernização, as mulheres continuavam usando roupas sob medida. O que fez com que a alta costura surgisse, ditando tendências ao longo da história da moda.

O que é moda?

A palavra moda vem de “modus”, no latim, que traz como significado a palavra “costume”. Ademais, a moda esteve presente desde o começo da humanidade, quando era apenas uma necessidade de proteção. Isto é, se proteger da nudez, e contra o frio.

Destarte, nesse período a moda representava algo natural e inconsciente que buscava expressar diversos símbolos e significados. Além disso, ao passar do tempo, surgiram leis que regulavam hábitos de consumo e regras de vestimenta da população. Desse modo, servia como forma de dividir a hierarquia social, deixando explícito as funções de cada grupo na sociedade.

Portanto, a moda representa algo além de apenas roupas. Logo, ela retrata o estilo de vida, linguagem verbal e a cultura de um povo. Consequentemente se tornou uma das maiores formas de expressão e identidade. Visto que, se baseia em algo visual, que fica bastante explícito. Pois, cada traje carrega consigo as histórias de gerações e dos momentos vividos ao longo da história.

Por outro lado, muitas pessoas confundem moda com o mero ato de se vestir. Em síntese, a vestimenta foi uma necessidade básica desde os primeiros. No entanto, a moda consiste em toda a história por traz de cada traje.

Como começou a história da moda?

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A princípio, conforme os antropólogos, a roupa estava relacionada com a necessidade humana de proteção. Ou seja, o instinto humano precisava ocultar a nudez, se proteger do frio, chuva, calor, pedras e espinhos, e de possíveis ataques animais.

Diante disso, os homens utilizavam a pele de animais para fazer suas roupas. Além disso, tinham o auxílio de pedras e agulhas, para deixar o couro mais macio. Ou também, tingiam a pele animal com extrato de plantas e outras formas de pintura.

Em suma, os seres humanos usam roupas desde 600 mil anos a.C. O que é comprovado através das escavações que encontraram agulhas feitas de ossos. Posteriormente, surgiu a tecelagem na Mesopotâmia. Isto é, a roupa era enrolada pelo corpo e podia ser tingida de várias cores.

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Por outro lado, no Egito as roupas eram sinônimo de força e identidade. Pois, o Faraó não utilizava ornamentos, para se diferenciar das outras pessoas. Mas, ele usava calda de leão e um cavanhaque falso, que transmitiam sinal de poder e autoridade. Por fim, em Roma, os magistrados utilizavam uma peça denominada de toga, que significava autoridade.

Transformações ao longo da história da moda

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A história da moda enfrentou diversas transformações até os dias atuais. Primeiramente, muitas sociedades não diferenciavam as roupas femininas das masculinas. Entretanto, em meados do século XIV, as mulheres começaram a usar vestidos e os homens calças.

Ademais, as expedições feitas para conquistar Jerusalém e o contato com o estilo refinado, contribuíram para o surgimento da nobreza. E, as roupas femininas visavam ressaltar a silhueta das mulheres.

Posteriormente, em meados do século XIII, os calçados de popularizaram na moda. Destarte, os sapatos valorizados pelas mulheres eram aqueles que realçassem a delicadeza dos pés. Em síntese, a renascença retrata um período onde as características dos corpos eram evidenciadas.

Por isso, os homens buscavam utilizar roupas que deixassem os ombros visualmente mais largos. E, as mulheres queriam que seus corpos se assemelhassem ao formato do violão. Em seguida, surgiu os corpetes, já que as mulheres estavam preocupadas com marcar suas cinturas.

História da moda: O início

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A história da moda teve seu início verdadeiramente com o período do Renascimento. Pois, antes disso as roupas não se distinguiam muito uma da outra, tendo poucas diferenças entre os povos. Além disso, os plebeus não podiam utilizar roupas semelhantes a que a nobreza usava.

E, também tinham leis que regravam a quantidade de ouro e quais tecidos seriam permitidos para eles. Diante disso, com o renascimento, os plebeus buscam imitar as roupas da nobreza, e para não repetirem as mesmas, começam a mudar com frequência.

Posteriormente, com o avanço constante da tecnologia e comunicação, as roupas evoluíram cada vez mais. Por exemplo, através do cinema, onde ficaram evidentes as transformações e estilos.

Além disso, também contribuiu para tornar as roupas e a vida dos famosos como objeto de desejo das pessoas que assistiam. Consequentemente foram surgindo diversas tendências, que se tornaram reflexo de cada momento histórico em que surgiram.

A extravagância na história da moda

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O rei Luís XIV é bastante conhecido na história da moda. Pois, ele tinha um estilo de roupa bastante extravagante. Em resumo, o seu objetivo era ressaltar o seu poder e autoridade através de seus trajes.

Ademais, durante o seu reinado, as armações que davam volume nas saias das mulheres francesas ganharam volume grandioso. Diante disso, historiadores alegam que duas mulheres sentarem em um mesmo sofá era quase impossível. Pois, o volume de suas saias era extremamente grande.

O pai da “alta-costura”

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Também propulsor importante da história da moda, temos o artesão Charles Frederick Worth, responsável por abrir o primeiro ateliê de alta-costura em Paris, em 1858. Ademais, esse estilista inglês é reconhecido por diversos feitos, dentre eles o de substituir a crinolina pela anquinha. Isto é, uma armação que era utilizada para dar volume aos quadris e o traseiro feminino.

Além disso, durante a Belle Époque, a silhueta dos modelos de Charles fez o maior sucesso, sendo destaque. Em suma, o estilo que sobressaiu no período foi o de corpo ampulheta com volume nos ombros e quadris, e a cintura fina.

A moda na primeira Guerra Mundial

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O momento aterrorizante da primeira Guerra Mundial influenciou bastante na história da moda. Em primeiro lugar, o conforto nas roupas foi priorizado. Visto que, as mulheres tinham a função de trabalhar durante a guerra, sendo necessário o uso de roupas mais práticas.

Por outro lado, também houve o encurtamento das saias femininas. Pois, estava havendo a escassez de tecidos nas fábricas têxteis, sendo preciso encurtar as saias na altura do tornozelo. Além disso, os formatos dos chapéus também foram diminuídos, e eles se ajustavam bem ao corte de cabelo curto usado na época.

Por fim, o luto decorrente da guerra influenciou nos tons das roupas, os deixando mais sombrios.

A moda na segunda Guerra Mundial

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A segunda Guerra Mundial também teve papel crucial na evolução da história da moda. A priori, na Europa, berço das grandes estilistas da época, muitas lojas tiveram que fechar. Além disso, o vestuário feminino assumiu um aspecto mais sóbrio e pesado. E também, estava tendo o racionamento de tecidos.

Por isso, fibras sintéticas, viscose e raiom, serviram como alternativas para substituir os tecidos refinados. Posteriormente, ao final da Guerra, em 1946, surgiu o ready-to-wear. Em resumo, consistia em uma espécie de produção em escala industrial que permitia que um único modelo tivesse diversas numerações. Em seguida, esse conceito foi levado até a França, sendo nomeado como prêt-à-porter, revolucionando o conceito da moda.

Posteriormente, em 1959, o ítalo-francês Pierre Cardin desenvolveu a primeira coleção prêt-à-porter, em parceria com a loja de departamentos parisiense, Printemps. Desse modo, o objetivo era que os consumidores escolhessem sua peça de acordo com a sua numeração.

A Channel na história da moda

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Bastante conhecida na história da moda dos anos 1920 está a Gabrielle Bonheur Chanel, a estilista moderna. A princípio, a moda de Chanel começou em 1910, quando trabalhava em uma loja de chapéus. Posteriormente, se tornou proprietária de duas lojas, onde vendia chapéus e roupas. E, sua loja em Paris permanece até hoje, localizada no endereço nº 31 da Rue Cambon da Maison Chanel.

Além disso, sua história foi marcada por um grande amor, chamado Arthur Capel, conhecido como Boy. Pois, ele contribuiu para que Chanel abrisse o seu primeiro ateliê de chapéus, e também financiou as butiques da marca. No entanto, seu grande amor acabou falecendo em um terrível acidente de carro, o que a deixou muito triste.

Em síntese, a sua marca era voltada para um estilo elegante e minimalista. Ademais, acredita-se que ela tenha feito tanto sucesso que em 1930 faturou uma cifra de 130 milhões de francos. Em consonância, em 1919, Coco Chanel desenvolveu o Black Dress, que consistia em um vestido preto crepe com mangas compridas e justas.

Diante disso, o look foi marcado um aspecto ousado, devido a sua cor preta. Visto que, preto era utilizado na alta-costura para momentos de luto. E, em outubro de 1926, a Vogue americana descreveu o “pretinho básico” como o “Ford” da Chanel. Isto é, o mundo inteiro conheceria e usaria tal peça. Ademais, a comparação se baseia no modelo T da Ford, que tinha forte apelo comercial.

Sucesso Internacional

Revista Amora

Por outro lado, os aspectos de simplicidade e o uso de tecidos utilitários se baseiam na vida humilde que a estilista vivenciou até seus 20 anos. No entanto, em 1930 ela alcançou sucesso internacional, com o apoio de atrizes famosas de Hollywood, que utilizaram os modelos da sua grife.

Ademais, a Segunda Guerra Mundial afetou a sua marca. Visto que, durante as guerras as pessoas abriam mão da moda, e focavam em sobreviver e comprar o necessário. Assim sendo, apenas perfumes e acessórios eram vendidos na loja da Rue Cambon. Em seguida, em 1954, a estilista voltou.

Portanto, trajes como vestidos pretos, acessórios de pérolas e cardigãs se tornaram a marca da grife Chanel. Logo, sendo parte fundamental da história da moda.

A Dior na história da moda

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A história da moda também é marcada por outro nome muito importante: Christian Dior. A princípio, o lançamento da coleção “Carrole” marcou a moda. Pois, sua coleção apresentava saias na altura do tornozelo, vestidos volumosos, saias rodadas, e modelos que definiam a cintura e tinham ombros à mostra.

Ademais, o sucesso da sua coleção foi batizado pela editora da revista americana Haper’s Bazar, Carmel Snow, de “New Look”. Destarte, a peça batizada foi o modelo “Tailleur Bar”, um casaquinho de seda acinturado com uma saia plissada preta na altura dos tornozelos.

Nesse aspecto, o objetivo da Dior era resgatar a elegância do vestuário feminino que havia se perdido ao longo das guerras. Por isso, Christian Dior ficou conhecido como o revolucionário da moda pós-guerra, a trazendo de volta.

Por outro lado, a Dior fazia forte contraste com a Chanel. Visto que, apresentava peças extravagantes e criativas, enquanto a Chanel possuía maior elegância e simplicidade.

Posteriormente, em 1957, o estilista faleceu, com apenas 52 anos. E, o jovem Yves Saint Laurent foi o responsável por assumir o cargo de diretor artístico da marca. No entanto, ele assumiu o cargo por pouco tempo, mas desenvolveu grandes coleções. Por exemplo, a coleção Linha Fuso de 1957.

A moda nos anos 60: Movimento hippie e liberdade de expressão

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A década de 1960 foi marcada pela liberdade de expressão e quebra de padrões, e usavam a moda para demonstrar seu estado de espírito. Ademais, o objetivo era se livrar de tudo aquilo que remetesse ao autoritarismo presente nos tempos da guerra. E, algo que marcou essa década foi o Rock’n’roll e os passos ousados do cantor norte-americano Elvis Presley.

Em resumo, 1960 teve como trajes característicos o couro, jeans, tapetes suntuosos e lambretas. E, atores hollywoodianos, como James Dean e Marlon Brando, eram referências de estilo.  Ou também, os Beatles, que usavam roupas elegantes, como calças de boca fina e jaquetas de gola, e cortes de cabelo típico dos jovens.

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Por outro lado, essa época representa a primeira vez em que os jovens não se vestiam igual aos seus pais. Destarte, a minissaia se popularizou, estando ligada a juventude e revolução sexual. E, ela foi desenvolvida pelos estilistas Mary Quant e André Courrèges, alegando ser um peça das ruas. Em consonância, Jean Seberg, Audrey Hepburn e Natalie Wood se destacaram na época, e o filme bonequinha de luxo lançou várias modas e tendências.

Além da minissaia, a calça cigarrete também ganhou destaque feminino. Diante disso, em 1965, surgiu a coleção do francês André Courrèges, que continha minissaias, botas brancas e vestidos com corte reto. E, as calças estilo Saint-Tropez, onde o umbigo fica visível, surgiu na moda da época. Por fim, também foi bastante usado roupas unissex, onde as mulheres usavam calças jeans e camisas sem gola. Por exemplo, o smoking feminino, desenvolvido pela estilista Yves Saint Laurent.

A história da moda no hip-hop

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O movimento do hip-hop surgiu no final dos anos de 1960 e durou até o início dos anos 1980. Em suma, o movimento era voltado para a cultura afro-americana, e a preocupação com os problemas sociais enfrentados pelas populações urbanas.

Logo, é notório que esse movimento impactou a história da moda. Visto que, roupas em tecido kente, e cores como verde, preto, amarelo dominavam o guarda-roupa da época. Ademais, em 1989, Karl Kani desenvolveu a primeira empresa especializada em roupas da cultura hip-hop, com uma grife com o seu nome.

No entanto, artistas como LL Cool J, Public Enemy e Run-Dmc auxiliaram na propagação de roupas esportivas e de rua. Logo, as grifes tradicionais começaram a ser rejeitadas pela comunidade do hip-hop.

A moda nos anos 70: Glam rock, discoteca e punk

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Em 1970 a moda foi marcada por peças como vestidos, acessórios e calças boca de sino. Ademais, o estilo hippie iniciou ao final de 1960, e prevaleceu até 1975, trazendo influencias na alta-costura. Isto é, com acessórios de flores, túnicas e bordados.

Além disso, a música também teve influência na história da moda, como o punk, a discoteca e estilos de rua. Apesar do movimento Punk se opor ao consumismo, os estilistas se inspiravam nas peças e acessórios utilizados por seus simpatizantes.

Por exemplo, tachas, camisetas grafitadas, roupas pretas de couro, coturnos e alfinetes. A princípio, esse movimento surgiu em 1976, em Londres, tendo como seguidores jovens desempregados e estudantes.

Por outro lado, diversos nomes se popularizaram, como: Calvin Klein, Jean Paulo Gautier, Claude Montana, Kenzo, Giorgio Armani e Ralph Lauren. Em síntese, suas criações valorizavam um guarda-roupa mais conciso, adequado para mulheres profissionais.

O Glam Rock

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O movimento Glam Rock surgiu na década de 1970, na Grã-Bretanha. Ademais, foi com esse movimento que a teatralidade e excentricidade na história da moda ocorreu. Em suma, é marcado por bastante exagero, com lantejoulas e collants justos.

Destarte, artistas que se destacam são: Elton John e Marc Bolan. Ou também, a androginia de David Bowie, que exibia looks desenhados pelo estilista japonês Kansai Yamamoto. Em consonância, era recorrente o uso de sapatos plataformas, mullets tingidos a mão, vestidos estampados, pinturas facial e corporal, encharpes de plumas, coletes elaborados e blusões de lantejoulas.

Por fim, as butiques Biba de Barbara Hulanick e a Alkasura propagaram a moda glam rock.

O estilo discoteca

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Pinterest

O movimento da discoteca se sobressaiu ao final da década de 1970, onde a música latina, funk e o soul influenciaram a história da moda. Em suma, eram usados tops tomara que caia de lantejoulas, blusas halter neck de lurex e calças justas. Ademais, o filme “Os embalos de sábado à noite” também impactou a moda. Pois, propagou o estilo da discoteca.

Diante disso, as ruas se encheram com tecidos elásticos sintéticos, vestidos de spandex e sapatos de salto alto com meias curtas. Por conseguinte, o estilo foi difundido no Reino Unido, com apoio da marca Swanky Modes, que tinha peças sensuais confeccionadas em lycra. Por fim, o Glam Rock e a discoteca tiveram seu fim em 1976, quando surgiu o Punk rock.

Movimento punk rock

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Moda Feminina

Em primeiro lugar, as influências do Punk rock surgiram nos Estados Unidos. Entretanto, se tornou um fenômeno em Londres. Em resumo, o movimento Punk reunia elementos da música alta e agressiva com roupas do mesmo aspecto.

Por isso, consistia em um movimento de indignação, auto expressão e experimentação. Em conseguinte, esse estilo foi propagado pela loja Sex, onde os donos eram Vivienne Westwood e Malcolm MacLaren. Ademais, a banda Sex Pistols se popularizou, e suas roupas provocavam grande curiosidade. E, a estilista Westwood incorporou peças como “camisas anarquia”, “camisetas destruição”, “calças bondaje” e “trajes de carrasco”.

No entanto, a estilista não tinha formação em desenho de moda, o que tornava todos os looks muito intuitivos. Destarte, uma das suas técnicas se baseou em cortar o tecido no próprio corpo sem o uso de superfícies planas. Por exemplo, o uso das camisetas rasgadas, cujo técnica era essa.

Por fim, as cores utilizadas eram vermelho, preto, branco, rosa fluorescente e azul. Além disso, também tinha com estampas xadrez, com temas urbanos modernistas e da história celta.

Os anos 80: Década do exagero

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A década de 1980 foi marcada por muito exagero na moda. Pois, peças como ombreiras, sobreposições, vinil e várias cores se popularizaram. Ademais, o movimento hippie e a oposição ao consumo foi deixado de lado. Por isso, investir em peças de grandes estilistas era o auge entre os jovens da época.

A princípio, houve maior presença das mulheres em cargos de chefia, influenciando a alfaiataria feminina. Por exemplo, surgindo ternos com ombros mais marcados. Diante disso, a empresa alemã Hugo Boss conquistou prestígio internacional com a fama dos ternos.

Além disso, o terno prêt-à-porter, feito com tecidos de qualidade e com uma silhueta mais masculina, deixou Hugo Boss nos holofotes da moda. E também, a marca protagonizou os primeiros casos de merchandising. E, sua etiqueta foi vista no Miami Vice, um dos seriados mais famosos da época.

Por outro lado, a indústria buscava influenciar os jovens profissionais a consumirem acessórios, como o relógio Rolex, o mocassim Gucci e a agenda Filofax. Em consonância, a ficção também auxiliou no desenvolvimento de um estilo de vida mais glamoroso. Isto é, seriados de TV, como Dallas e Dynasty, tinham figurinos interessantes, que chamavam atenção.

A ostentação dos anos 1980

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Etiqueta Única

Alguns historiadores apontam que os anos de 1980 foram marcados pelas roupas e pela ostentação. Visto que, a desregulamentação do mercado financeiro, pela política de Reagan, e reformas fiscais influenciaram no aumento da renda das classes mais abastadas dos Estados Unidos. Ademais, a bolsa de luxo começou a ser vista como um artigo de coleção.

Logo, as mulheres norte-americanas optavam por roupas refinadas da grife Carolina Herrera para looks diurnos. E, para eventos noturnos escolhiam peças luxuosas de Arnold Scaasi. Assim sendo, a história da moda enfrentou fortes momentos nesse período.

Pois, era a primeira vez que clientes e estilistas se misturavam em eventos sociais. Por exemplo, o estilista Oscar de la Renta, que circulava por vários eventos e foi convidado para recepções formais na Casa Branca.

A moda nos anos 90: Diversidade de estilos

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Dicas de Mulher

A moda dos anos de 1990 é marcada por muita diversidade, onde diferentes estilos e composições conviviam juntos. Logo, jeans coloridos e blusas segunda pele eram fortes tendências. Destarte, a música também marcou esse período, o Grunge, subgênero do rock, influenciou os estilos. Diante disso, peças mais despojadas, como calças, bermudas largas e camisetas xadrez estavam muito presentes nos looks dos jovens.

Ademais, um marco no estilo Grunge foi à coleção de Marc Jacobs, para a Perry Elis, marca de roupas esportivas americana. Em resumo, a coleção foi vista como um fracasso, e os consumidores não gostaram. Pois, tinha um caráter muito desleixado. Por outro lado, a moda dessa década foi marcada por releituras dos anos 60, com cores claras, e anos 70, com calçados plataformas.

História da moda: mundo globalizado

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Todas essas tendências ao longo dos anos marcaram a história da moda. Ademais, muitas dessas peças antigas voltam para o auge e se tornam populares de novo. Em consonância, a história da moda foi fortemente impactada pela globalização. Pois, através dela se tornou cada vez mais fácil ficar por dentro das tendências que estão por todo o mundo.

Visto que, na globalização não existem barreiras ou fronteiras, e a moda se tornou mais acessível e visível para todos. Além disso, o consumo passou a ser mais rápido, sendo possível negociar com todos os países. Diante disso, as produções nas indústrias também passaram a ser em larga escala e mais tecnológicas. E, importação e exportação modernizaram o mercado.

Por outro lado, é notório que a moda sempre se reinventa e se adapta ao momento vivido. Por exemplo, em 2020 surgiu a pandemia do Covid-19, e com isso surgiram deliverys de roupas. Isto é, a Upperbag leva a moda até você na sua casa. Pois, com a correria do dia a dia, ou com a necessidade de distanciamento exigido pela pandemia, fazer compras em lojas se tornou algo difícil. Dessa forma, o delivery entrega o seu pedido no conforto da sua casa.

Moda sustentável

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Gazeta do Povo

Um conceito novo na história da moda é a moda sustentável, algo bastante importante no cenário atual. Em primeiro lugar, a moda sustentável representa as precauções durante a produção de roupas e acessórios para evitar sérios danos ao meio ambiente.

Dessa maneira, são utilizados materiais recicláveis, naturais e orgânicos na confecção das roupas. Assim sendo, as empresas se destacam criando tendências e ainda colaboram com a saúde do meio ambiente.

Em síntese, o principal objetivo é proteger os recursos naturais, os animais e a sociedade. Além disso, também valoriza as pessoas envolvidas na produção, incentivando o consumo consciente. Logo, seguindo esses princípios, as pessoas são induzidas a trabalhar com matérias-primas que são produzidas de forma sustentável.

O que são as tendências?

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Provavelmente você já ouviu falar o termo tendências. Em suma, elas nos ajudam a entender quais são as preferências de consumo pelo mundo. Ademais, isso representa uma informação crucial para as grandes marcas. Pois, através delas, as marcas se posicionam e desenvolvem coisas que podem fazer sucesso no futuro. Enfim, dentro da moda existem 3 formas de uma tendência nascer:

  • Gotejamento (do inglês trickle down): Consiste nas trends que surgem a partir das grandes marcas. Por exemplo, quando Dior, Versace, e Chanel lançam uma tendência, e outras marcas menores reproduzem peças no mesmo estilo. Logo, alcançando as diversas camadas da sociedade.
  • Ebulição (bubble-up): Representam as trends que nascem das ruas. Ou seja, começam nas classes mais baixas e vão se popularizando ao redor do mundo. Por exemplo, o estilo Punk, que foi uma proposta que nasceu para ir contra a moda vigente da época.
  • Gotejar (trickle-across): Essas são as tendências que se popularizam de forma horizontal. Isto é, a moda nasce de diversas formas, em diferentes classes sociais.
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Mercado da Moda

Por fim, é possível analisar que algumas tendências duram por muito tempo, e outras por pouco tempo. Logo, isso irá variar conforme o gosto popular e as influências dos meios midiáticos.

Afinal, a história da moda está em constante evolução, mudando de acordo que os costumes e os comportamentos mudam.

Então, se você gostou dessa matéria, leia também: História da Balenciaga e seu império de luxo e glamour.

Bibliografia:

DANTAS, Gabriela Cabral da Silva. “O surgimento da moda”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/o-surgimento-moda.htm. Acesso em 05 de janeiro de 2022.

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