O post de hoje fala de uma heroína brasileira, importantíssima na medicina nacional e internacional, protagonista de um filme. Adivinhou de quem se trata? Nise da Silveira! Esse é o nome da médica psiquiatra responsável por revolucionar o tratamento em manicômios.
Essa história é para você se inspirar e acreditar na potencialidade do brasileiro. Apesar de pouco divulgada, a história de Nise foi vivida por Glória Pires no filme: “Nise o coração da loucura”. No filme emocionante, você pode conferir detalhes do que essa psiquiatra fez com seus pacientes, os livrando dos terríveis maus-tratos do manicômio.
Nise da Silveira lutou para que os enfermos tivessem dignidade e possibilidade de voltar ao convívio social.
O filme sobre Nise da Silveira
O filme “Nise o coração da loucura” está disponível no Netflix. Ele retrata a história da médica alagoana, que nasceu em 1905 e faleceu em 1999, deixando história na medicina tradicional. Além disso, se formou em 1931, e foi a única mulher entre 157 homens.
Nise foi presa pela polícia política do Estado Novo de Getúlio Vargas, acusada de práticas comunistas. Nos 18 meses que passou presa, fez amizade com os colegas de cela Olga Benário e Graciliano Ramos.
“Lamentei ver a minha conterrânea fora do mundo, longe da profissão, do hospital, dos seus queridos loucos. Sabia-se culta e boa. Rachel de Queiroz me afirmara a grandeza moral daquela pessoinha tímida, sempre a esquivar-se, a reduzir-se, como a escusar-se a tomar espaço.” Graciliano Ramos – Memórias do Cárcere.
Revolução na medicina Psiquiátrica
Ao ser contratada pelo Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, no Rio de Janeiro, se recusa a usar eletrochoques, camisas de força e isolamentos. Assim, logo arrumou inimizade e foi transferida para o setor de Terapia Ocupacional.
O que era para ser um “castigo” acabou ajudando-a a revolucionar o tratamento das doenças mentais. No lugar de todas as terapias violentas, os pacientes recebiam pincel e tinta para se expressarem. Além de ser um canal de comunicação com o mundo, os doentes eram novamente inseridos na sociedade com admiração e respeito.
Os trabalhos foram reunidos no Museu de Imagens do Inconsciente, e ganhou projeção internacional. A médica também inseriu no convívio dos internos, gatos e cachorros, o que melhorava muito o comportamento e carinho pelo outro.
“Não se cura além da conta. Gente curada demais é gente chata. Todo mundo tem um pouco de loucura. Vou lhes fazer um pedido: vivam a imaginação, pois ela é a nossa realidade mais profunda. Felizmente, eu nunca convivi com pessoas muito ajuizadas” Nise da Silveira.
Fonte: Saúde
Imagem: camilabragab