Ao ficar grávida, principalmente se você for mãe de primeira viagem, a preocupação com o que é ingerido redobra. Isso porque durante a gestação tudo que o corpo recebe vai direto para o bebê.
Mas, não é só a restrição de alguns alimentos que conta nesse caso. Começar a repor vitaminas é um dos primeiros passos a ser alterado nos hábitos, mas tudo isso deve ser feito com a orientação de um especialista, já que a diferença entre um remédio e um veneno está só na dosagem.
Um estudo realizado nos Estados Unidos, pela Universidade Johns Hopkins, por exemplo, mostrou que autismo, por exemplo, pode estar relacionado ao excesso de uma vitamina específica e que é bastante relevante para o metabolismo: o ácido folato.
Taxas x autismo
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram amostras de sangue de 1.391 mães e seus filhos. O sangue foi coletado logo após o parto, e os filhos foram analisados durante 15 anos.
Em 2016, os resultados dos estudos foram publicados, e as mães de crianças com autismo tinham níveis quatro vezes maiores de folato do que o recomendado. E o pior: uma a cada dez dessas mães tinham o excesso da substância no sangue.
Afinal, o que é ácido folato?
Se você ficou preocupada sobre esse nutriente intrigante, o ácido fólico se trata de um tipo de vitamina do complexo B, essencial para o feto durante a gravidez. É o folato que garante o desenvolvimento neurológico, por exemplo, e a falta dele no organismo pode causar anencefalia, fenda palatina e lábio leporino.
Mas, como já mencionamos aqui, se em excesso no organismo é provável que ele aumente o risco do bebê nascer autista. Aliás, segundo especialistas, o ideal é que seja consumido seja consumido não mais que de 0,4 a 0,8 miligramas por dia, antes e depois da gestação.
Esse tipo de vitamina pode ser encontrada em frutas, vegetais e farinhas enriquecidas, além dos complexos vitamínicos comercializados pela indústria farmacêutica.
O que causa o autismo?
Segundo especialistas, embora nenhuma causa seja definitiva para o surgimento do autismo (pelo menos por enquanto), a doença costuma estar ligada a infecções neonatais, problemas durante o trabalho de parto, exposição do bebê a substâncias químicas ou tóxicas durante a gravidez ou nos primeiros anos de vida da criança, por parto prematuro ou pela desnutrição da mãe.
Essa nova hipótese de causa do transtorno está sendo vista com entusiasmo pela medicina por possibilitar a “prevenção” do autismo antes do nascimento simplesmente controlando as taxas da vitamina no organismo da mãe.
Uma possibilidade e tanto de avanço e prevenção, não acha? Agora, falando na alimentação da mãe e no que isso pode causar para os bebês, você precisa conferir ainda: Esses 16 alimentos são proibidos para as mulheres grávidas.
Fonte: Veja.Abril