Certamente, a inseminação artificial é um dos métodos mais adotados por casais que desejam ter filhos mais não conseguem naturalmente. Basicamente, o método de fertilização consiste na injeção de espermatozoides dentro do útero da mulher, no seu período fértil, facilitando assim a união dos gametas para a formação do embrião.
O primeiro teste de inseminação artificial, aliás, foi feito nos Estados Unidos, em 1884. Em contraste, no Brasil, ele só chegou em 1970. Além disso, durante muitos anos, essa foi a única alternativa de gravidez para casais com algum problema de infertilidade.
O método, inclusive, é indicado para casais com alguma leve alteração nos espermatozoides, para casos de alteração no útero ou mesmo quando não há uma razão aparente para a infertilidade. Além disso, ela também pode ser feita com espermatozoides doados, em casos em que o parceiro não possui no seu sêmen ou no caso de casais homoafetivos.
Inseminação artificial: como é feita?
Primeiramente, para realizar a inseminação artificial, o primeiro passo é a coleta do sêmen do homem. Isso poderá ser feito em casa ou no laboratório por meio de masturbação. As amostras são selecionadas em laboratório, separando os espermatozoides de acordo com sua mobilidade e retirando células imaturas e restos celulares.
Além disso, caso seja necessário, o espermatozoide também pode ser obtido em um banco de sêmen. Enquanto isso a mulher poderá tomar medicamentos para indução da ovulação que podem ser via oral ou via subcutânea através de injeções. Durante a estimulação, são realizadas ultrassonografias seriadas para acompanhamento do crescimento dos folículos.
No momento em que a mulher estiver ovulando, é marcada a colocação dos espermatozoides dentro do útero. Isso ocorrerá em uma clínica de reprodução humana. É inserido um bico de pato na vagina da mulher e depois um cateter bem fino, por onde passam os espermatozoides.
Além disso, os espermatozóides podem ser depositados no colo do útero, no processo chamado inseminação ultracervical, ou mais próximos às trompas, na inseminação intrauterina. Depois de todo esse procedimento, o teste de gravidez é feito com o passar de 12 dias.
Preparação
Primeiramente, o homem deve ficar em abstinência sexual de dois a cinco dias antes da coleta do sêmen. Consequentemente, isso irá garantir a qualidade do sêmen. Além disso, também que ele evite estresse excessivo, calor na região genital, consumo exagerado de álcool e o fumo nesse período.
Em contraste, é importante que a mulher esteja em dia com sua saúde para gestação. Ou seja, peso correto, vacinas em dia, sem fumar e se suplementando com ácido fólico. Além disso, é importante um check-up para verificar se há alguma doença crônica que precise ser controlada na gestação.
Contraindicações
O período do tratamento dura em torno de um mês. A mulher começa a medicação no início do ciclo menstrual por cerca de 15 dias e a inseminação é realizada após a liberação dos óvulos, que normalmente coincide com o período fértil da mulher. Além disso, caso não tenha havido fecundação, é possível continuar no próximo ciclo.
Acima de tudo, a maior parte das clínicas de fertilização realiza a inseminação artificial. Apesar disso, existe algumas contraindicações. Certamente elas são as mesmas de uma gravidez comum. Além disso, é preciso que mulheres com problemas de saúde sérios consultem seu médico antes do procedimento.
Quando há algum risco de doença hereditária ou infecciosa, torna-se essencial um parecer prévio especializado. O uso dos medicamentos para indução de ovulação é contraindicado para mulheres com em carcinoma ovariano, uterino ou mamário e tumores do hipotálamo ou da glândula pituitária.
Riscos
Primeiramente, existe um risco de 15% destes casos de haver gravidez de gêmeos. Consequentemente, deve haver um cuidado muito maior com o pré-natal e quase todos resultam em partos prematuros, que são perigosos tanto para a mãe quanto para o feto.
Outro risco é a Síndrome da Hiperestimulação do Ovário (SHO), quando há uma produção maior do hormônio estradiol, sintetizado nos ovários. Consequentemente, aumenta o inchaço e as chances da mulher ter trombose durante a gravidez. Porém esse risco é menos frequente na inseminação, pois é um tratamento que utiliza doses baixas de hormônios na maior parte dos casos.
Valores
A media de preços para realizar o procedimento é:
- Inseminação (sem medicamentos inclusos): De R$ 2.500,00 a R$ 3.500,00;
- Fertilização In Vitro (com medicamentos inclusos): De R$ 15.000,00 a 20.000,00.
Inseminação Artificial X Fertilização In Vitro
Falamos bastante sobre a inseminação artificial, mas e a fertilização in vitro?
A fertilização in vitro é a fecundação fora do organismo feminino. Ela é indicada para mulheres que fizeram laqueadura, apesar de também pode ser feita em outras situações. Nessa técnica a paciente recebe medicação para ovular mais de um gameta por ciclo menstrual e os óvulos liberados são retirados e colocados num meio rico em nutrientes junto com espermatozoides.
Após a fertilização, o óvulo vai para uma estufa onde se iniciará a divisão celular até formar um embrião entre 8 e 16 células em 72 horas, após essa divisão celular ele será colocado no útero da mulher. Normalmente, são implantados mais de um embrião para aumentar as chances de sucesso.
Qual dos dois métodos utilizar? Não existe uma resposta certa, uma vez que existe chance igual de sucesso nos dois. Para saber qual dos dois pode ser melhor para você, é necessário consultar um médico e ele fará a orientação.
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Fonte: Minha Vida Gineco
Imagem de destaque: Ricardo Beck