Nem todo mundo sabe, mas a síndrome do ovário policístico é a causa mais comum da infertilidade entre as mulheres (e essa nem é a única consequência negativa do problema). Para quem nem imagina do que estamos falando, esse é um problema de desequilíbrio hormonal, que tem origem ainda durante o desenvolvimento do feto feminino durante a gestação.
Para entender melhor o problema e reconhecer os sintomas da síndrome você pode conferir essa outra matéria aqui, também publicada no Área de Mulher.
A boa notícia para quem sofre com o problema, segundo pesquisadores do Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica, é que a Ciência já sabe o que causa o ovário policístico e a cura para a síndrome pode estar a caminho.
Qual a causa do ovário policístico?
Mas, antes de falarmos sobre isso, vamos a uma outro boa notícia. Os cientistas também descobriram a possível causa da síndrome do ovário policístico: a exposição excessiva a um hormônio chamado anti-Mulleriano, antes mesmo do nascimento.
Os responsáveis pela pesquisa observaram que as grávidas com a síndrome tem um nível 30% maior que o normal desse hormônio no organismo. Segundo os pesquisadores, essa é a causa do desequilíbrio hormonal durante a gestação e é também a possível responsável por induzir o mesmo problema em suas filhas.
Para chegar a essa conclusão, aliás, eles injetaram o hormônio mencionado em ratas grávidas. Conforme o esperado, as crias fêmeas que nasceram depois disso apresentaram a síndrome de ovário policístico, além do retardo da puberdade, ovulação frequente, atraso na reprodução e tiveram também menos filhotes durante a vida.
Como observaram os cientistas, o excesso desse hormônio superestimula as do cérebro que aumentam o nível de testosterona no organismo, que desencadeia uma série de consequências negativas ligadas ao problema.
Cura do ovário policístico a caminho
O mais interessante de tudo é que, ao descobrir a causa do ovário policístico, os especialistas conseguiram chegar também a uma possível cura. Como observaram, os sintomas da síndrome cessaram nas ratas que receberam doses de cetrorelix, um medicamento intravenoso usado para controlar hormônios em mulheres.
Os cientistas, agora, estão planejando um teste clínico desse medicamento em humanos, que deve acontecer em 2019.
Caso funcione nas mulheres, esse pode ser um grande avanço para a medicina, já que os tratamentos que existem para quem sofre com o problema são paliativos e ajudam apenas que mulheres afetadas consigam engravidar. Entretanto, a taxa de sucesso desses tratamentos ainda é muito baixa e as chances da paciente realmente ter um bebê é menor que 30%.
E então, gostou das novidades? Você também sofre com o problema ou conhece alguém que tenha a síndrome? Não deixe de nos contar nos comentários!
Agora, falando em problemas femininos relacionados à fertilidade, você pode gostar de conferir ainda esse outro post: 8 coisas que você PRECISA contar ao seu ginecologista.
Fonte: Hypescience