A campanha Outubro Rosa nasceu na década de 1990, nos Estados Unidos, como forma de conscientização sobre o câncer de mama: uma doença que afeta mais de 2 milhões de pessoas por ano, só no Brasil.
Quanto antes for descoberto, melhor. Apesar de não ter cura, tem tratamento – dependendo da fase do câncer – podendo envolver quimioterapia, radioterapia e cirurgia.
Saiba mais sobre a campanha, na nossa matéria: Outubro Rosa: o que é, como surgiu e por que é tão importante?
Só quem já enfrentou essa batalha de perto – próprio ou de pessoas próximas – sabe a real condição da situação. E para nos dar um pouco mais de esperança, selecionamos esses
12 avanços tecnológicos que ajudam no combate ao câncer.
1 – App para contornar tumores com precisão
Um software para contornar com precisão a forma dos tumores de câncer de cabeça e pescoço. Médicos treinados demonstraram, em estudos, como fazer avaliações amplamente variáveis do tamanho do tumor.
O aplicativo permite que oncologistas direcionem a radiação do tratamento com mais precisão, principalmente nos casos mais críticos deste tipo de câncer, evitando tecidos vulneráveis próximos à região.
2 – Inteligência Artificial para dermatologistas e câncer de próstata
Uma equipe da Alemanha, França e Estados Unidos desenvolveu um sistema de Inteligência Artificial (IA) capaz de diagnosticar câncer de pele com mais precisão que os próprios dermatologistas.
De acordo com o estudo, o software foi capaz de detectar com precisão o câncer em 95% das imagens de manchas cancerosas e manchas benignas, enquanto uma equipe de 58 dermatologistas teve apenas 87% de acerto.
Pesquisadores chineses desenvolveram um algoritmo capaz de diagnosticar o câncer de próstata com a mesma precisão de um patologista.
Hongqian Guo, da Universidade de Nanjing, e líder da pesquisa, disse que: “Isso ajudará os patologistas a fazerem diagnósticos melhores e mais rápidos, além de eliminar a variação cotidiana de julgamento que pode se infiltrar nas avaliações humanas.”
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3 – CIVO
Estudiosos do Centro de Pesquisa do Câncer Fred Hutchinson e da Presage Biosciences, em Seattle (EUA), criaram um dispositivo que pode injetar diversos medicamentos em tumores, para testar o efeito de cada droga e determinar qual possui melhor tratamento.
Chamado CIVO, a máquina possui (até) 8 agulhas com remédios, que são injetadas no tumor.
Depois de alguns dias, os médicos removem um pedaço do tumor e examinam as células para analisar as drogas que funcionaram no combate ao tumor: as que mataram as células cancerígenas, as que diminuíram seu crescimento e as que não tiveram qualquer efeito.
O CIVO foi testado em camundongos, cães e alguns pacientes com linfoma humano e não houve até agora relatos de efeitos adversos.
4 – Engenharia de Células
Uma nova tecnologia que está sendo usada no combate ao câncer é a projeção de células imunológicas para melhorar sua capacidade de combate à doença.
De acordo com um estudo publicado por pesquisadores do Instituto de Câncer da Universidade College London, na revista Cancer Research, fora usada a “edição” de genes para alterar o DNA dentro das células do sistema imunológico de ratos.
O que os tornaram resistentes à capacidade de uma unidade tumoral de desligá-los.
Caso essa pesquisa seja bem sucedida em humanos, será uma alternativa para o fortalecimento do sistema imunológico no combate à doença.
5 – Ressonância Magnética
A China e o Japão aprovaram recentemente a comercialização da máquina de radioterapia da empresa ViewRay Inc, que baseia suas imagens por ressonância magnética em um sistema chamado MRIdian.
Esse sistema usa radiação de cobalto e automação de software para fornecer dados de pré-tratamento de alta qualidade.
Esse método permite que os médicos sejam capazes de observar os tecidos e ajusatar as doses de radiação em tempo real, enquanto o tratamento está sendo realizado.
Assim, os médicos podem alinhar o tumor para os feixes de tratamento e evitar que outros órgãos sejam afetados. A máquina não expõe ao radiação ionizantes adicional ao paciente. O que é comum em outros sistemas.
Além disso, é o único procedimento no mercado capaz de visualizar e tratar pacientes simultaneamente.
6 – Nanorrobótica
Nanorrobozinhos capazes de viajar através da corrente sanguínea para atacar célular cancerosas em tumores com medicação. Essa é a criação de um grupo de pesquisadores da Polytechnique Montréal, da Universidade de Montreal e McGill University.
O estudo, publicado na Nature Nanotechnology, foi realizado em camundongos, que receberam com sucesso os agentes nanorrobóticos em tumores colorretais.
De acordo com Sylvain Martel, diretor da Polytechnique: “A quimioterapia, que é tão tóxica para todo o corpo humano, poderia fazer uso desses nanorrobôs naturais para mover drogas diretamente para a área-alvo, eliminando os efeitos colaterais prejudiciais e aumentando sua eficácia terapêutica”.
Também é importante mencionar a importância das pesquisas om nanorrobôs e supercomputadores, que vêm diminuindo o impacto das pesquisas na vida animal. Agredindo menos a natureza com o uso de cobaias para testes.
Um dos projetos que colaboram com essa iniciativa é o software Yokohama, que permite a identificação de câncer colorretal com até 86% de precisão.
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7 – Mamografia de sucesso
Pesquisadores do Centro Metodista de Câncer de Houston (EUA), desenvolveram uma inteligência artificial que interpreta resultados de mamografias 30 vezes mais rápido que um humano, com 99% de precisão. Em um estudo publicado em 2016, na revista Cancer, os cientistas mostraram que o software é capaz de reduzir consideravelmente o tempo de diagnóstico e dos pacientes.
8 – CRISPR e mutações do câncer
Publicado na revista Journal of NAtional Cancer Institute, um estudo revelou a tecnologia CRISPR que diagnostica e inativa mutações do câncer. CRISPR, ou repetições palindrômicas curtas agrupadas regularmente, refere-se a uma ferramenta de edição de genoma natural e muito precisa, deita de DNA.
Atualmente, existem mais de 500 mil mutações de câncer. Pesquisadores do Centro Nacional de Doenças Tumorais de Dresden, do Consórcio Alemão para Pesquisa Translacional sobre o Câncer e da Faculdade de Medicina da Universidade de Dresden descobriram que mais de 80% dessas mutações poderiam ser alvejadas e eliminadas com o sistema CRISPR, sem prejudicar as células saudáveis do organismo.
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9 – IBM Watson
Usa o sistema Watson Oncology para aprender e ajudar médicos em pesquisas e desenvolvimentos de planos de tratamentos.
Clínicos e analistas do Centro de Câncer Memorial Sloan Kettering em Nova York (EUA) trabalham com a empresa desde 2014, treinando as IAs para “interpretar informações clínicas de pacientes com câncer e identificar opções de tratamento individualizadas e baseadas em evidências”.
O que também envolve a interpretação de notas médicas, resultados de laboratório e pesquisas clínicas mais recentes.
Assim, oncologistas, em qualquer lugar do mundo, podem acessar o Watson e tomar decisões de tratamento mais rápidas e específicas. O software pode ser acessado via tablet e já está disponível para uso na Índia e Tailândia.
10 – Google DeepMind
Propriedade da Google, em agosto, a DeepMind formou parceria com o Hospital da Universidade de Londres (UCLH) para melhorar os exames de radioterapia usados para detectar câncer de cabeça e pescoço.
Exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética são complicados e, geralmente, demoram cerca de 4 horas para criar um mapa detalhado das áreas do corpo que precisam ser tratadas com radioterapia e as áreas de tecido saudáveis que devem ser evitadas.
O DeepMind está buscando usar o aprendizado de máquina para ajudar médicos nesse processo, utilizando um algoritmo que identifica automaticamente células cancerosas e saudáveis. Ele também pode ser capaz de reduzir o tempo necessário para uma leitura precisa em apenas uma hora, deixando aos profissionais mais tempo para gastar em atendimentos, educação e pesquisa.
11 – NASA
Um mesmo algoritmo utilizado para identificar similaridades entre galáxias também está sendo utilizado para analisar amostras de tecidos em busca de sinais de câncer.
O Laboratório de Propulsão a Jato da NASA e o Instituto Nacional do Câncer, renovaram sua parceria de pesquisa até 2021.
Assim poderão coletar pesquisas sobre esses biomarcadores em rede, uma forma semelhante ao seu sistema de dados planetários, no qual todos podem compartilhar informações.
Assim, os médicos podem comparar, por exemplo, uma tomografia computadorizada com um arquivo de imagens semelhantes para pesquisar sinais precoces de câncer, com base sobre os dados demográficos de um paciente.
Esse método pode ser traduzido em novas técnicas para o diagnóstico precoce de câncer ou risco de câncer.
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12 – Microsoft Project Hanover
O Projeto Hanover está ativo desde 2016, pelas “mãos” da Microsoft. O objetivo é usar o aprendizado de máquina e processamento de linguagem natural para ajudar médicos a analisarem as grandes quantidades de novas pesquisas médicas publicadas todos os anos.
Dessa maneira, serão capazes de determinar os melhores tratamentos e os mais eficazes, individualizando cada paciente. Inclusive, com a ajuda dos dados na nuvem Azure.
A empresa também trabalha com o Instituto Knight Cancer Institute na Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, para desenvolver uma abordagem de aprendizado de máquinas que permite customizar tratamentos para leucemia mielóide aguda, um complexo tipo – e frequentemente fatal – de câncer.
Fonte: TecMundo