Aumentar o tamanho das mamas e deixar a “comissão de frente” mais atraente é o sonho de consumo de muitas mulheres. Mas, existe aí uma questão que não quer se calar: o silicone dificulta identificar o câncer de cama? Será essa uma mentira ou uma verdade?
Uma pesquisa realizada recentemente por pesquisadores da Universidade Lava, no Canadá, deixou muita gente de cabelos em pé. Os responsáveis pelo estudo afirmaram categoricamente que a prótese de silicone dificulta identificar o câncer de mama no início, quando o tumor é menos agressivo e mais fácil de ser tratado.
Conforme os cientistas, isso acontece porque os implantes acabam dificultando a visualização do tecido mamário por meio dos exames tradicionais de imagem, como a mamografia.
Mito ou verdade?
Mas, se você tem implante de silicone e está prestes a surtar com essa notícia, é melhor respirar fundo e manter a calma. Especialistas da área contestam essa teoria levantada pelos canadenses e alegam que a pesquisa conta com uma série de limitações científicas.
A primeira grande falha do estudo está no fato de a conclusão do estudo está baseada em 12 outras pesquisas diferentes, publicadas anteriormente nos Estados Unidos, no Canadá e em parte da Europa desde 1993.
Além disso, não é possível conhecer o perfil das voluntárias, como os detalhes sobre seus históricos de vida, como a influência genética, a idade e assim por diante.
Não há como saber também se elas contavam com acompanhamento médico nem com qual periodicidade elas se submetiam aos exames de ultrassom e mamografia.
Como seria um estudo ideal?
De acordo com os pesquisadores que se dedicam ao tema, um estudo eficiente sobre o tema – que capaz de descobrir se o silicone dificulta identificar o câncer de mama -, deveria analisar duas populações: uma sem prótese e que faz o ultrassom e a mamografia anualmente, e outra com prótese e que também faz os exames regularmente.
Então seria possível comparar de uma forma mais precisa o nível de tumor, a incidência de câncer nos grupos e outras variáveis do tipo.
Uma outra possibilidade seria o acompanhamento das pacientes que fizeram os exames com frequência e receberam o diagnóstico de câncer de mama.
Depois disso, seria possível verificar se o diagnóstico do problema poderia ter sido feito com antecedência e, em caso positivo, porque a identificação do câncer não teria “chegado” mais cedo.
Resumindo: silicone dificulta identificar o câncer de mama ou não?
De forma curta e grossa, a resposta é simples: não! A maior parte dos estudos sobre o assunto afirma que a prótese de silicone não dificulta a percepção do câncer de mama nos exames porque os próprios profissionais que os realizam são devidamente preparados para isso.
Os equipamentos usados para a realização dos exames também é bem diferente hoje em dia. Eles contam com tecnologia avançada e proporcionam muito mais precisão nos resultados.
E, por fim, quando o ultrassom e a mamografia são feitos e ainda existem dúvidas, uma ressonância magnética é solicitada. Esse exame, aliás, garante uma investigação bem mais detalhada, sem chances de deixar um câncer, mesmo que no início, passar despercebido.
Entendeu agora porque você não deve entrar em pânico com tudo o que lê na internet? Essa outra matéria, aliás, vai ajudar ainda mais você a identificar os sintomas de um câncer de mama o mais cedo possível: 8 sintomas de câncer de mama que vão muito além do nódulo.
Fonte: Minha Vida