Diretora e roteirista de filmes de ação, Kathryn Ann Bigelow deixou sua marca no Oscar de 2010 após vencer o prêmio de Melhor Diretor e Melhor Filme, a estatueta mais cobiçada da premiação com “Guerra ao Terror” (The Hurt Locker). Entre vários homens, a cineasta – que disputava até com seu ex-marido – foi a estrela da noite e seu filme conseguiu levar 06 das 09 categorias das quais foi indicado, sendo assim um marco na história da premiação.
Durante seu discurso, Kathryn Ann Bigelow diz que aquele é o momento de sua vida, contando que o segredo para dirigir um filme é a colaboração e união de toda equipe e dedica o prêmio às mulheres e homens no serviço militar que arriscam suas vidas nas bases diárias ao redor do mundo.
Guerra ao Terror acompanha a vida de um trio de soldados americanos que vivem a guerra no Iraque. Desarmando bombas e salvando a vida da população que corre o perigo diário de uma explosão, os personagens principais enfrentam problemas que apenas a guerra pode causar.
Levaram 82 edições para que uma mulher, finalmente, pudesse subir no palco e agradecer pela valorização de seu trabalho. Em dez anos, nenhuma outra teve o prazer de realizar o mesmo feito que Kathryn naquele ano. Ou seja, não tivemos muita evolução desde então.
A vida antes do Oscar
Kathryn Ann Bigelow nasceu em 1951 na cidade de San Carlos, que se localiza no estado da Califórnia, nos Estados Unidos. A cineasta estudou no Instituto de Arte de São Francisco e por volta dos seus 20 anos de idade, se mudou para Nova Iorque, para estudar. Com essa mudança, acabou ganhando uma bolsa para aprender mais sobre cinema, em Columbia.
Posteriormente, Kathryn auxiliou na direção e na roteirização do longa-metragem independente “The Loveless” e recebeu diversas propostas de direção para filmes sobre colegial, no entanto ela negou todas, porque não eram o estilo de filme que desejava produzir. Então, decidiu dar aula no Instituto de Arte da Califórnia.
De volta à telona alguns anos depois, dirigiu o clássico “Quando Chega a Escuridão”. Em 1989, casou-se com James Cameron – diretor dos filmes Titanic e Avatar -, mas o casamento durou apenas 02 anos. Desde então, dirigindo filmes com roteiros consagrados e elencos de dar inveja, a diretora conseguiu, depois de muita insistência, seu espaço em um ambiente que (ainda) é predominantemente masculino. Porém continua lutando para que outras mulheres sejam devidamente valorizadas por seus trabalhos.
Outras obras de Kathryn Ann Bigelow
Além do premiado Guerra ao Terror, outros 9 filmes foram feitos sob o comando da diretora. Bowe Bergdahl; A Hora Mais Escura; K-19 – The Widowmaker; Estranhos Prazeres; O Peso da Água; Caçadores de Emoção; e o episódio 20 de Homicide: Life on the Streets também foram assinados por Kathryn Ann Bigelow, mas não ganharam tanto reconhecimento da mesma forma que deveriam.
Suas obras abordam temas delicados, por exemplo guerras e atentados, mas de forma sensível conseguem balançar e moldar opiniões daqueles que assistem. Sua sensibilidade mostra seu ponto de vista claro sobre os assuntos abordados em seus filmes.
Seu filme mais recente foi lançado em 2017. Detroit em Rebelião mostra como foram os 5 dias de agitação que ocorreu em 1967 na cidade em questão, após uma operação policial que deu errado. Recebeu elogios pela direção e roteiro, mas não foi valorizado devidamente.
Ela também produziu a maioria dos filmes dos quais dirigiu. Kathryn ainda fez uma participação mais que especial em um documentário sobre a história do cinema americano, dirigido pelo grande Martin Scorsese.
Portanto, assista filmes dirigidos, escritos e/ou produzidos por mulheres cineastas. Consuma tudo que uma artista feminina desenvolve, pois só assim, com mulheres apoiando e valorizando mulheres é possível lutar e fazer a diferença. A igualdade transforma o mundo em um lugar melhor.
Você gostou de conhecer essa cineasta premiada e importantíssima para a história do cinema? Então dá olhada no texto 10 obras realizadas por mãos femininas.
Imagens: Success Story, Slant Magazine e Rede Globo.
Fontes: Britannica, Wikipedia, AdoroCinema.