Tudo começou com fortes dores de cabeça e, de repente, a estudante de medicina veterinária da Unesp, Juliana Bardella foi parar na UTI. Exames de emergência apontaram que a jovem de Botucatu, em São Paulo, estava com nada menos que trombose cerebral devido ao uso ininterrupto de anticoncepcional por 5 anos.
Conforme contou Juliana em um post de desabafo no Facebook, suas dores de cabeça tinham sido diagnosticadas como enxaqueca por um neurologista alguns dias antes. O problema é que o especialistas não pediu qualquer tipo de exames antes de receitar analgésicos à universitária.
A situação, no entanto, ficou mais grave em uma manhã de sexta-feira, quando Juliana notou que as pernas e os braços demoravam a atender aos comandos, tornando tarefas do dia-a-dia, como comer ou ir ao banheiro, praticamente impossíveis de serem cumpridas. Neste mesmo dia, um pouco mais tarde, a dor de cabeça se tornou insuportável e ela foi levada ao hospital.
O resultado disso foram 3 dias na UTI e outros 15 dias de internação, além do risco de ficar com sequelas permanentes. Conforme os médicos que atenderam Juliana, o causador da trombose cerebral foi o anticoncepcional que ela tomava há anos, o YAZ, devido às altas dosagens do hormônio drospirenona.
Falta de informação x trombose cerebral
Conforme Juliana, as dores de cabeça haviam surgido há algum tempo, mas ela continuava tomando o remédio por recomendação médica. Além disso, nenhum dos três ginecologistas com os quais a universitária se consultou nos últimos anos a alertou sobre a possibilidade de desenvolver uma trombose.
O post de Juliana, com certeza, é um alerta para as mulheres que fazem uso do YAZ e de outras pílulas anticonceptivas. Isso porque a universitária nunca teve qualquer tipo de problemas hormonais, não tem histórico de trombose na família, não fuma e seus exames de sangue não apontaram qualquer alteração em seu organismo.
Abaixo você confere, na íntegra, a postagem de desabafo de Juliana em seu perfil, no Facebook:
Mas, como você vai ver na matéria seguinte, os anticoncepcionais não são os únicos vilões da saúde feminina: A pílula do dia seguinte é abortiva? Descubra como funciona.
Fonte: G1