Sabe aquela história de que ficar bonita dá trabalho e pode até ser doloroso? Bom, na década de 40, isso não era bem um exagero e as pessoas que não queriam mais usar óculos de grau sabiam bem porquê, já que as primeiras lentes de contato do mundo pareciam mais um instrumento de tortura.
O vídeo, logo abaixo, disponibilizado pelo canal do YouTube, British Pathé, é um comercial da época e explica bem porque usar lentes de contato, naqueles tempos, poderia ser traumático. Como você vai ver, tudo era estranho, pelo menos para os dias atuais, especialmente o processo de fabricação das lentes de contato.
Isso porque nos anos de 1940, as lentes de contato eram como placas moldadas que tomavam conta de toda a região interna do olho, de cantinho a cantinho. O pior de tudo é que elas, pelo menos nas imagens, parecem ser feitas de um material duro, bem parecido com o vidro. Imagine a tortura que não era usar lentes de contato?
Mas, antes mesmo de passar pelo incômodo diário de ter essas lentes duras nos olhos todos os dias, o sofrimento já começava antes mesmo das lentes de contato ficarem prontas. Para isso, aliás, era preciso anestesiar os olhos e tirar um molde de toda sua parte interna.
Tudo isso em um processo terrível de ser observado, bem parecido com a forma que se tira molde da arcada dentária, hoje em dia, para fazer dentaduras ou colocar aparelhos dentários. Entendeu o drama aí?
O mais intrigante de tudo é que as lentes de contato mais parecidas com as que conhecemos hoje, bem menores, de modo a cobrir somente a córnea, só surgiram a partir de 1948. Nessa época, o novo modelo menos torturante de lente foi inventado pelo oftalmologista americano Kevin Tuohy, que permitiam as pessoas usá-las por mais tempo.
Assim como você viu nessa outra matéria, em que são revelados alguns segredos de beleza mais bizarros do passado, a forma de fazer as lentes de contato, antigamente, parecia mais um método de punição ou algo assim. Será que valia a pena mesmo dispensar os óculos de grau?
Veja como eram feitas as lentes de contato no passado:
Fontes: Revista Galileu, Smithsonian, British Pathé