Mesmo se quiséssemos, não conseguiríamos elencar aqui todas as mulheres extraordinárias ao longo da história da humanidade. A lista é infinita. Todas elas foram/são protagonistas que mudaram, ou mudam, o rumo dos caminhos construídos da mulher. Como dizia Simone de Beauvoir: “não se nasce mulher, torna-se mulher!”.
A princípio, antes de citar quais são essas incríveis figuras, vale ressaltar que ambas só ganharam destaque porque fizeram uma única coisa: ocuparam o próprio espaço de fala.
O brilho gerado por essas mulheres trouxeram uma importante significância para a vida de todas as mulheres do mundo. Estar à frente é tornar-se símbolo de representatividade.
Muitas das extraordinárias mulheres a seguir foram fontes de inspiração para essa e para outras gerações. Em suas diferentes classes, etnias, áreas de atuações, culturas e vivências, dentre outras diferenciações, os objetivos entre elas são: tornar-se presente, vista, valorizada e “des-invisibilizada” da história.
História de luta das mulheres extraordinárias
Primeiramente, se observarmos bem, um registro importante que trata a mulher como protagonizadora da história vem dos primórdios da humanidade. Antes de se formar as primeiras comunidades, há 350 mil anos atrás, os nômades migravam de um lugar para o outro, em busca de comida para sobreviver.
Portanto, foi a partir deste momento que a mulher mostrou a importância da sua existência para o futuro dos seres humanos. Vendo que viver em conjunto era muito mais fácil uma homo sapiens descobriu a agricultura. Por fim, formava-se então um elo entre gênero e agricultura.
Graças a ela, desenvolvemos técnicas de plantio que sustentam praticamente toda população da face da terra. Posteriormente a este fato muitas outras mulheres extraordinárias contribuíram com a evolução histórica humana. Infelizmente, a construção social não foi justa com o sexo feminino e muitas das protagonizadoras ficaram apagadas na história.
Mulheres extraordinárias na história
Vamos fazer portanto um breve resgate histórico e trazer a tona uma das mulheres mais extraordinárias do planeta. Aliás, após dar uma pesquisada profunda sobre cada uma das figuras abaixo, não se prive quando olhar para o lado e ver uma dessas grandes pessoas presentes em sua vida.
Guerrilheiras, professoras, astronautas, musicistas, revolucionárias, nobres, religiosas, políticas e muitas outras profissionais estão aí para provar que liderar é coisa sim de “mulherzinha”. Todas as personalidades a seguir merecem ser ovacionadas e homenageadas por sua coragem e bravura diante das barreiras sociais. Vejam:
Joana D’Arc: uma das mulheres extraordinárias na guerra
Em primeiro lugar, quem diria que uma mulher seria guerreira em pleno século XV. Joana D’Arc nasceu em 6 de janeiro de 1412 para desafiar a lógica estabelecida em relação ao gênero. Seu objetivo na história foi liderar sobretudo tropas francesas a fim de expulsar os ingleses da França. Essa realidade só se tornou possível após sua insistência diante do rei Carlos VII.
O resultado de sua atuação foi a atração dos olhares ingleses diante da inteligência de Joana. Em sua segunda aparição na batalha dirigida a Paris, os inimigos a raptaram e entregaram-na a Inquisição. Lá foi injustamente acusada de heresia e feitiçaria. Consequentemente, como era de costume na época, a guerreira foi queimada viva na fogueira.
Tomoe Gozen
Conheçam agora extraordinária mulher samurai. Antes de tudo, as mulheres que nasciam no seio de famílias de samurais também recebiam do mesmo treinamento para se tornar grandes guerreiras. Portanto essa é a principal realidade de Tomoe Gozen. Seu nascimento datado de 1157 foi posteriormente um marco para as guerras de 1180.
A arte marcial de seu domínio era chamada de naguinata. Logo após de tornar meste em sua especialidade a mulher guerreira atraiu a atenção do exército da época e ganhou espaço ao lado dos guerrilheiros. Aos poucos a fama de Tomoe proliferou-se e ela tomou frente da tropa de mais de mil homens ganhando por fim a batalha de Tonamiyama.
A fama de Gozen e de sua extrema habilidade em guerra levantou boatos de que ela não morreu em batalha. Apesar de sangrentas e perigosas era dificílimo atingí-la. A teoria é que o final de sua história se deu em um templo budista levando uma vida tranquila até sua morte em 1247.
Cleópatra: uma das mulheres extraordinárias no poder
A poderosíssima rainha do Egito nascida em 69 a.C foi símbolo de beleza, sedução e liderança. Em suma, a marcante personalidade de Cleópatra, apesar de pautada na estética, não foi seu maior trunfo na história. Após a morte de seu pai a nobre mulher se revelou uma figura culta, inteligente e ardilosa.
Uma das suas audaciosas estratégias em guerra era usar da atração física para cessar os conflitos. Com sua astúcia conseguiu fazer alianças importantíssimas para a segurança de seu povo. Júlio César foi uma dessas parcerias, o que mostra o quanto a rainha estava consciente dos passos políticos que deveria dar para aniquilar os seus inimigos.
O impacto de sua atuação como dirigente do povo do Egito foi tão grande que sua fortaleza deixou de ser um reino e virou um grande império. Atualmente ainda a vemos como uma personagem extremamente forte ocupando livros, histórias e inspirando mulheres do mundo inteiro.
Malala Yousafzai: uma das mulheres extraordinárias a receber o Nobel da Paz
Inegavelmente esta mulher extraordinária é realmente digna de destaque por seus feitos. Em 2014, aos seus 17 anos de idade, a paquistanesa conseguiu conquistar o prêmio Nobel da Paz. Em meio a uma cultura extremamente machista e desigual, Malala Yousafzai abraçou a causa da educação feminina em seu país.
Cerca de 34% das mulheres tinham o direito de serem alfabetizadas. Contudo, devido a sequência de conflitos no território as escolas foram barradas de darem educação todas as pessoas do sexo feminino. Foi ai que a adolescente resolveu criar um blog com um pseudônimo e denunciar a injustiça que estava acontecendo em seu país.
Em resultado de sua coragem, Malala ganhou espaço na mídia para dar entrevistas e contar um pouco de sua realidade para o mundo. A medida de seu reconhecimento não foi inferior ao que deveria ser. Os riscos gerados por sua exposição atingiam não somente a sua família, mas também a todas as meninas paquistanesas.
O importante disso tudo é que expor os fatos gerou discussões importantes que ditaram o futuro da sua nação. Abriu-se portanto espaço para que a ONU (Organização das Nações Unidas) pudesse intervir na situação e mediar as decisões em prol dos direitos da mulher. Além disso, sua atuação trouxe à tona diversos temas urgentes a serem discutidos no mundo inteiro.
Marta Vieira: uma das mulheres extraordinários no futebol
O futebol também foi por muitos anos um esporte predominantemente masculino. No Brasil, Marta Vieira veio para desconstruir a lógica e receber títulos inesquecíveis para seleção brasileira feminina. Considerada sobretudo por todos os países como “Rainha do Futebol” a atleta foi eleita 6 vezes seguidas como melhor jogadora do mundo pela FIFA.
Sua infância não foi muito diferente das outras crianças brasileiras: interiorana e de família tradicional. O fato que a diferenciava é que a pequena menina tinha um talento enorme para dominar e fazer gols. O espanto veio de sua mãe quando descobriu que a filha deixava até de ir a escola para bater uma bolinha.
Surpreendentemente Marta se tornou artilheira da seleção brasileira. Aos 33 anos idade somou em seu percurso profissional 5 copas do mundo e em 2015 superou o grande craque Pelé com mais de 117 gols marcados com a camisa da seleção. É ou não é de arrepiar sua história de vida?
Françoise Barré-Sinoussi: uma das mulheres extraordinárias na ciência
De Paris para o mundo, Françoise é reconhecida na ciência por seus estudos na área de virologia. As pesquisar feitas pela estudiosa rendeu para o seu currículo o Nobel de Fisiologia ou Medicina em 2008. Mas, querem saber mesmo qual foi afinal o seu grande feito para humanidade?
Pois bem! Essa mulher é responsável por descobrir, através de observações feitas em pacientes, o vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Dessa maneira, ela se dedicou ainda mais para tentar melhorar a qualidade de vida dos infectados pelo vírus.
Ainda não sabemos qual a cura, mas sua genialidade deu o ponto a pé inicial para novas investigações. Posteriormente, vacinas e tratamentos foram o objetivo de estudo da pesquisadora a partir da descoberta. Portanto somam o total de sua dedicação ao estudo cerca de 200 publicações científicas. Aliás, todos os seus escritos proporcionam a medicina o avanço contra a doença.
Valentina Vladimirovna Tereshkova
O nome dessa mulher extraordinária é tão grande quanto sua conquista. Valentina registrou-se nos livros em virtude do seu pioneirismo ao ser a primeira mulher a viajar para o espaço. Prova de que o céu não é o limite. Os russos tiveram a brilhante ideia de treinar sua equipe feminina para fazer esta aventura. A decisão proporciono-os um pequeno ganho de vantagem a frente dos EUA.
Sendo uma das integrantes do grupo de treino Valentina se destacou e foi a única a finalizar a missão. Com isso, aos seus 26 anos de idade ela foi enviada na nave Vostok 6 em 1963. Por fim, no total foram 71 voltas ao redor da Terra inesquecíveis para astronauta e para a história do mundo.
Nina Simone
A princípio esta fenomenal mulher veio colocar-se em direção da luta contra o preconceito racial. Sua fama veio sobretudo através da música onde mostrou ao mundo que uma negra também podia estar no palco e ser uma estrela do jazz. Milhares de pessoas passaram por suas apresentações, pessoas de todas as culturas afim de prestigiar o talento monstruoso de Nina Simone.
Seus estudo vieram desde os seis anos de idade com muita luta, porque no seu tempo não era “normal” que uma pessoa da sua classe e da sua cor praticasse o instrumento. Apesar do seu sonho estar completamente voltado para ser a melhor pianista de todos os tempos, ela se desenvolveu mais no canto e mesmo assim conseguiu ocupar o seu espaço. O resultado afinal foi que ela se tornou uma das artistas mais renomados da história.
A música em sua vida foi tão emponderadora que a cantora se tornou voz dos movimentos antirracistas. Os direitos civis eram tema das suas letras, das suas performances e, acima de tudo, de sua presença enquanto mulher negra nos palcos e entre os mais “importantes” nomes da sociedade.
Margaret Thatcher
Finalmente chegamos a este cenário propicio para se vangloriar, pois é uma das conquistas mais relevantes para a luta da mulher: a mulher na política. Em 1979, Margaret Thatcher foi eleita como a primeira mulher a ser Primeira-Ministra na Inglaterra vinda de um Partido Conservador. Parece pequeno o marco para algumas pessoas, mas este é um grande passo adiante para a igualdade.
Em síntese, seu trabalho agradou tanto aos cidadãos que tornou a ser eleita em 1983 e 1987. Sua estadia no âmbito político só veio ao fim com a perda do apoio de suas parcerias obrigando-a a se renunciar a favor de John Major. Mesmo assim ela continuou sua carreira ocupando o cargo de “Baronesa Thatcher de Kesteven”.
Hedy Lamarr
Provavelmente você só lendo essa matéria agora graças a grande invenção de Lamarr. A princípio sua grande fama veio como atriz, mas por traz das câmeras e dos teatros ela também foi uma grande inventora. No período da Segunda Grande Guerra Mundial ela se juntou com o seu amigo George Antheil e fez umas das invenções mais usadas hoje em dia: o wi-fi.
A ideia surgiu primeiramente durante um dos espetáculos quando a extraordinária mulher notou que as vozes tanto sua quanto do seu parceiro de cena interferiam nos instrumentos. A partir daí ambos mergulharam na construção de interferidores de rádio com o intuito de despistar os invasores nazista do país. Brilhante, não é mesmo?
Madre Teresa de Calcutá
Muitos desafiam o poder de se doar a uma missão tão difícil quanto a de seguir uma vida religiosa. A entrega de Madre Teresa de Calcutá honrou e ajudou a vida de tantas pessoas que ela começou a ser chamada de “Mãe dos Pobres”. Suas ações voltadas para as pessoas mais carentes lhe proporcionaram, por fim, o prêmio Nobel da Paz em 1979.
Mas, o maior reconhecimento relacionado a sua vida veio mesmo após a sua morte em 1997. Em 2003 o Papa João Paulo II resolveu beatificá-la e na sequência, em 2016, a Irmã foi canonizada por Papa Francisco. Hoje, aliás, em algumas datas específicas da igreja seu nome é invocado junto aos santos para interceder por todos nós nos rituais católicos das igrejas de todo o mundo.
Frida Kahlo
Persistência, teimosia, talento, afronta e ousadia são características únicas e exclusivas de Frida Kahlo. A pintora mexicana cheia de vida em sua adolescência sofreu um acidente comprometendo o funcionamento do seu corpo. A artista ficou muito tempo sobre uma cama sem conseguir andar. Mas, esta mulher extraordinária usou da sua condição e de sua disponibilidade para continuar praticando a pintura.
Sua obras retratam os períodos difíceis de sua vida. O fato a fez tornar autêntica e verdadeira diate do público e de sua própria existência. Além disso, sua personalidade voraz contra os padrões sociais machista e a capacidade de sedução presenteou-a com momentos inesquecíveis e marcantes com ilustres celebridades.
O México e toda a humanidade somaram pontos com as obras e as lutas de Frida Kahlo. Aliás a artista nunca foi tão reconhecida como hoje. Suas obras, seu rosto, sua frases estão estampadas em casetas, quadros, decorações e muitos outros objetos no mundo inteiro.
Amelia Earhart
Em 1897 nascia Amelia Earhart no Atchison, Kansas. A cidade nem a família sabia, mas Amelia viria a ser a pioneira na aviação. Sua histórias da juventude contam que ela era uma menina muito impermanente. Isto é, não conseguiu acabar os cursos que começa, nem se mantinha fixa nos empregos que encontrava. No entanto, o futuro lhe guardou um grande feito para sua vida.
Certo dia seu resolveu levá-la a um aeroporto e foi lá que ela se apaixonou pela aviação. Os estudos de voou começaram sobretudo no ano de 1921 na cidade de Long Beach. Após adquirir todo conhecimento teórico necessário ela não se conteve em partir diretamente para a experiência prática, porque já havia conseguido sua licença para voar.
O fato se concretizou a partir da ajuda de George Putnam que pilotava algumas vezes com ela antes de dá-la o controle da aeronave. Em 1932, por fim, lá estava Amelia sobrevoando sozinha o Oceano Atlântico e registrando-se na história a primeira mulher a tomar as rédeas e voar céu adentro em direção ao mar.
Mary McLeod Bethune
Ex-conselhera de Franklin D. Roosevelt, ativista em prol dos direitos civis dos negros, fundadora do Conselho Nacional das Mulheres Negras e filha de escravos. Sim, negra, nascida nos anos de em 1875, Mary McLeod se tornou educadora, escritora e ativista ultrapassando as linhas do preconceito e abrindo espaço na sociedade e dando esperança para o seu povo.
Com muito custo e enfrentando muita discriminação ela conseguiu atingir os seus objetivos nos estudos e não guardou para si sua vitória. Em 1904, após terminar sua jornada da universidade, fundou uma escola para meninas negras em Daytona Beach. Tudo começou pequeno, mas aos poucos a ideia ganhou visibilidade e patrocínios.
Das seis meninas matriculadas em sua escola o local cresceu ao ponto de se torna a Universidade Bethune-Cookman. A coragem e a ousadia da fundação trouxe ao seu encontra a esposa de Roosevelt. Desde então as portas se abriram para esta mulher extraordinária. Mary teve o prazer de se tornar a primeira mulher negra a liderar a Agência Federal e foi lá que concretizou leis a favor do povo afro-americanos e das mulheres negras.
Marie Curie
Mulher e ciência são as grandes conquistas do gênero em se tratando de ocupação de espaços. Marie Sklodowska Curie foi o nome da grande cientista responsável por descobrir a radioatividade e vários outros elementos químicos. O seu trabalho foi sobretudo reconhecido e em contrapartida a sua pesquisa ela ganhou o prêmio Nobel de Física.
Por incentivo de seu pai a jovem, nascida no ano de 1867, terminou os seus estudos já aos 15 anos de idade. Seu primeiro ofício foi como professora, mas o trabalho na educação não foi o suficiente para a sua genialidade. Mais tarde formou-se em Física e Matemática na Universidade de Sourbonne e passou a lecionar no local.
Dentro da instituição de ensino ela conheceu Pierre e Antoine e formaram, logo após, um pequeno grupo de pesquisa para analisar os fenômenos da radiação. Consequentemente as descobertas foram feitas e ela se tornou a primeira mulher do mundo da física a ser premiada com honraria pela contribuição feita ao mundo da ciência.
Clara Schumann
De acordo com sua história de vida podemos dizer que Clara Schumann foi uma criança prodígio. Graças a educação musical recebia em casa pelo pai a menina fez o seu primeiro recital público ainda na infância. Mas, como acorria com todas as mulheres da época ela teve sua de interromper sua carreira para cuidar do marido (compositor) e de seus filhos.
A ascensão só veio finalmente com o falecimento do marido. Em virtude do ocorrido, após ficar viúva, ela voltou a se dedicar ao trabalho como musicista ao ponto de ser homenageada pela Academia Brasileira de Letras. Com isso, já fazem mais 200 anos que a artista veio a óbito, contudo suas obras ainda são ouvidas e estudadas até hoje.
Nísia Floresta
Vamos trazer agora uma das extraordinárias mulheres brasileiras vinda de 1810 como fonte de inspiração para todas nós. Nísia Floresta foi uma grande poetisa, educadora e escritora foi autora de obras importantes que já traziam em sua temática questões relacionadas ao feminismo. O direito das mulheres sempre foi tema recorrente de suas obras.
O primeiro livro lançado as seus 22 anos de idade intitulado como “Direitos das mulheres e injustiça dos homens” falava sobre negros, indígenas e mulheres. Levada pela luta a favor das minorias ela acabou fundando uma escola direcionada a meninas tratou de começar a abrir as mentes e introduzir a importância da mulher como figuras sociais nas alunas tornando consciente o processo de construção de cada uma.
Sobretudo para refletirmos o quanto suas ideais estavam a frente de seu tempo, saiba que somente 100 depois as mulheres ganharam o direito de trabalhar fora e votar sem a permissão do marido. Portanto sua vida dedicada a este cenário de liberdade para o gênero foi importantíssimo para a sociedade feminina brasileira alcançasse o patamar em que se encontra hoje.
Bartolina Sisa: uma das mulheres extraordinárias indígena
Temos a princípio anos e anos a fio de massacre e opressão contra os povos indígenas. Bartonila Sisa nasceu no ano de 1750 quando Portugal e Espanha se uniam para exterminar os povos indígenas da América. O cenário violento e sangrento da época foram o ambiente de crescimento desta guerreira. Mesmo que ainda jovem, aos 19 anos, a indígena sentiu sobretudo a necessidade de lutar pelas raízes de seu povo.
Os espanhóis infelizmente voltaram a atar La Paz e Bartolina não deixou-os impune. Em uma guerra travada por 109 dias seguidos ela liderou um exército chamado Ayamara contra os invasores. Infelizmente, o final não foi o mais justo, porque ela foi entregue em troca de recompensa, sendo posteriormente torturada, condenada a morte e esquartejada como forma de lição para o povo indígena.
O que os espanhóis não conseguiram foi matá-la da história. A nativa se tornou símbolo de resistência para mulheres indígenas e é lembrada até hoje graças a sua coragem e persistência diante das adversidades. Por fim, a representação política gerada por sua atitude é hoje fonte de inspiração para a luta contra a invisibilidade da história dos povos indígenas.
Cocco Chanel: uma das mulheres extraordinária a frente do tempo
Mulheres do mundo inteiro saibam que vocês só podem usar calças sem recriminações graças a audácia dessa modista francesa. Cocco Chanel (1883-1971) é considerada a revolucionária da moda, pois transformou os grandes looks cheios de babados, paetês, grandes chapéus e espartilhos desconfortáveis em modelos simples e cheios de elegância.
Apesar do ideal pregado pela sociedade Chanel nunca quis se casar e teve muitos romances em sua vida. Seu único objetivo na vida foi trabalhar e se tornar conhecida mundialmente no ramo da moda. Hoje sua marca é uma das mais caras e bem elaborados em todos os países.
Sua lojas se expandiram tanto que passaram a ser parte de um grande império construído pela estilista. Trabalhar era de fato o maior dos prazeres de sua vida e foi assim até o fim. O dia 10 de janeiro de 1971 ficou marcado pelo falecimento dessa extraordinária mulher, artista, revolucionária e contribuidora para a evolução da humanidade.
Pagu
Os 52 anos de vida de Pagu foram o suficiente para devastar a sociedade patriarcal, moralista e tradicional. Sua rebeldia é conhecida até hoje sendo fonte de inspiração para criação de coletivos feministas de luta a favor dos direitos da mulher. A militante, nascida no ano de 1910, se tornou escritora, jornalista e produtora cultural muito jovem.
Durante sua história ela foi a primeira mulher a ser alvo de ataques políticos chegando a somar mais de 50 prisões consecutivas. A inteligência fora do comum e os padrões de vida completamente fora do eixo da época incomodavam e muito os conservadores. com efeito de sua postura ela teve contato com figuras como Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Luís Carlos Prestes dentre outras pessoas importantes.
Posteriormente aos contato Pagu publicou livros, filiou-se ao partido comunista francês e fundou a Associação dos Jornalistas Profissionais. Algumas vezes tentou ingressar o mundo da política como deputada, mas não teve sucesso nas eleições. A derrota não a fez desistir de seus ideais e continuou trabalhando em prol das minorias. Um dos seus últimos feitos foi a campanha para construção do Teatro Municipal de São Paulo onde conseguiu com sucesso o trunfo. É ou não é uma das mulheres extraordinárias?!
Lélia Gonzalez
Em síntese, se você quer adentrar as questões raciais e abraçar as causas em busca de um mundo melhor terá que mergulhar nos conteúdos de Lélia Gonzalez. A Antropóloga negra vinda de Minas Gerais passou por várias universidades do Brasil e deixou um legado enorme de artigos e obras discutindo o tema racial no país.
Juntamente aos estudo de Lélia estão as temáticas voltadas para a questão da mulher negra e do sexismo. Mesmo vinda de uma época (1935) onde o preconceito contra a cor e a opressão ao gênero era muito forte ela não de absteve da luta. Hoje ela inspira milhares de pessoas a adotarem a postura incentivando gerações a continuar o movimento negro no Brasil.
Antes de partir, essa extraordinária mulher deixou como espaço de voz e de luta o Movimento Negro Unificado – MNU. O grupo está atualmente presente sobretudo em vários lugares do país promovendo diálogos, debates, eventos e lutando de perto pelos direitos e derrubando os muros da desigualdade.
Simone de Beauvoir
O olhar forte na imagem, as linhas de expressões e a determinação de Simone de Beauvoir não são à toa. É impossível finalizar uma lista de mulheres extraordinárias sem falar dessa escritora e filósofa francesa. A obra que veio para desconstruir os padrões religiosos impostos sobre a mulher foi intitulado como “O Segundo Sexo”.
Os estudos do feminismo não passam sem o estudo de Beauvoir. Seus livros relacionados a luta nas questões de gênero trazem assuntos ligados a luta contra a opressão da mulher, portanto a independência feminina é sua maior defesa. Uma frase conhecida mundialmente da autora é a seguinte: “não se nasce mulher, torna-se mulher”.
Sem dúvidas nenhuma a desconstrução é tema para o caminho traçado por todas as mulheres do mundo. Ao todo o total de obras feitas por esta mulher soma 15 escritos que permeia a filosofia, a literatura e outro campos de conhecimento.
Hipácia: mulher extraordinária de Alexandria
A princípio, vamos voltar um pouco mais na história. Em 355 d.C nasceu uma mulher em Alexandria nomeada de Hapácia. O crescimento da pequena criança se deu em um ambiente repleto de cultura e conhecimento. O pai astrônomo, matemático e filósofo foi umas das suas maiores influências na educação. Portando não foi à toa que a mente brilhante de Hipácia ingressou a Academia de Alexandria.
Sua inteligência era tão grande que ela se sobressaiu aos estudo do pai e contribuiu para diversas descobertas nas seguintes áreas: matemática, filosofia, astronomia e na física. O mundo estava ficando pequeno para avançar no conhecimento até que decidiu ir até Atenas complementar os seus estudos.
O final
O desfecho de sua história não foi tão agradável, porque logo que voltou para Alexandria o governo havia mudado e Cirilo era o nome representante. Seus ideias altamente religiosos e fanáticos levantaram suspeitas da população contaminada pela crença cega da igreja. Por fim, em 415 d.C, levaram-na a força mantando-a violentamente e sua morte é atualmente símbolo de injustiça retratando-a as mulheres como vítima da intolerância religiosa da época.
Leia mais sobre mulheres em Cocco Chanel – História, carreira, curiosidades e influência na moda
Fontes: Aventuras na História, Kotobá, Aventuras na História 2, G1, El País, Infopédia, Guia do Estudante, ebiografia 2, ebiografia, Canal Tech, ebiografia 3, Infoescola, Toda Matéria, Nova Escola, ebiografia 4, Terra, Canal Ciência, Academia Brasileira, Centro de Referência em Educação Integral, Unisul Hoje 2, ebiografia 5, ebiogradia 6, Ipea, ebiografia 7, Infoescola 2,
Fontes de imagens: M, Pensar a Educação, Meu Astro, IGN Portugal, Exame, Eu sem Fronteiras, Metro, Les Echo, O Castendo, City Life, Uol Copa, The Guardian, Lifestyle, Exame 2, Asas, History Play, Esquerda Diário, Rhinegold Publishing, Centro de Referência de Educação integrada, Unisul Hoje, Blog Letras, Glamurama, Estante Blog, Wikipédia, Estante Blog 2, Só Científica, Mercadizar,