É menino ou menina? De antemão, toda mamãe ansiosa busca a resposta para essa pergunta. Nesse sentido, a sexagem fetal permite descobrir o sexo do bebê mais cedo, antes mesmo do ultrassom. Assim, os pais podem desfrutar do tão conhecido chá de revelação.
O exame passou a existir a partir de 1997, com a descoberta do DNA fetal no sangue da gestante. Dessa forma, o avanço das técnicas de biologia, em conjunto com a pesquisa do cromossomo Y no plasma materno, deu origem ao exame de sexagem.
Como resultado, somente o sexo biológico masculino possui o cromossomo em seu DNA fetal. Portanto, se este for detectado, quer dizer que é um menino. Por outro lado, se houver ausência do cromossomo Y, o bebê é uma menina.
Atualmente, as gravidinhas preferem fazer o exame de sexagem fetal por ser mais seguro, confiável e não-invasivo.
Com funciona a sexagem?
Em geral, o material genético atinge um ponto considerável a partir da oitava semana de gestação. No entanto, considera-se que a décima primeira semana é o momento ideal para realizar o exame de sexagem, visto que o nível de concentração do DNA da mamãe aumenta ao longo da gravidez. Por isso, existe um período certo para descobrir o sexo do bebê.
Para saber a quantidade de semanas de gravidez, faça o cálculo a partir da data de sua última menstruação (DUM), ou pergunte ao seu ginecologista.
Assim como outros exames comuns de Hemograma, a coleta para a sexagem é feita com a retirada de sangue da veia da gestante. A única diferença é que não precisa de preparo ou jejum.
Há ainda algumas restrições quanto a realização do exame. Por exemplo, se a grávida recebeu transfusão de sangue ou transplante de órgãos há pouco tempo, é necessário aguardar pelo menos um mês para que as células se renovem.
Isto porque, se a doação foi feita por um homem, o resultado da sexagem pode apresentar falso masculino, visto que o cromossomo Y ainda pode estar presente no sangue da gestante.
Gravidez de gêmeos
As mamães de gêmeos também podem fazer o exame. No entanto, em casos de gestação gemelar (duas placentas), o resultado pode ser parcial, porque é mais difícil saber o sexo dos dois bebês juntos.
Por exemplo: Se o cromossomo Y for detectado, conclui-se que há pelo menos um feto do sexo masculino, isso não quer dizer que os dois são. Ao contrário, se houver ausência, podemos saber que os dois bebês são do sexo feminino.
Em contrapartida, quando a gestação é univitelina (mesma placenta), o resultado é igual para os dois bebês.
Em suma, o ultrassom consegue mostrar o sexo de dois bebês ao mesmo tempo, porém depende da posição em que eles estão, o que nem sempre é favorável. Sendo que, a diferença da sexagem para o ultrassom, é que o último é feito por imagem, e o primeiro pelo sangue da mãe.
Valores e plano de saúde
Os preços variam em cada região, mas o custo comum é entre R$ 162 e R$ 250. Todavia, os planos de saúde não costumam cobrir o exame, pois a sexagem não está inclusa no Rol de procedimentos obrigatórios da Agência Nacional de Saúde (ANS). Por sorte, alguns planos podem oferecer o serviço de forma adicional.
Aliás, o exame de sexagem não precisa de pedido médico, pois são realizados apenas pela coleta de sangue em laboratórios. No entanto, recomenda-se fazer o agendamento prévio antes de comparecer no local.
Confiabilidade do exame de sexagem
Antes de mais nada, é preciso entender que nenhum exame tem diagnóstico 100%. Do mesmo modo, existem erros de interpretação de dados, taxas de falsos-negativos ou falsos-positivos, dentre outros fatores que precisam ser analisados individualmente.
Em contrapartida, a taxa de acerto do exame de sexagem fetal é de 99%. A partir disto, entende-se que a cada 100 exames realizados, apenas 1 pode ter resultado errado. Logo, existem situações que podem contribuir para um resultado incorreto. São eles:
- O material genético não atingiu o nível suficiente para análise no momento da coleta;
- A gestante possui células com diferentes DNAs, um distúrbio chamado de mosaicismo;
- Rearranjos moleculares e mutações;
- A mãe recebeu transplantes de órgãos ou transfusões de sangue recentemente.
Ao se atentar para esses pontos, a gestante garante um exame de sexagem seguro e confiável, o que raramente pode apresentar algum tipo de erro ou falha.
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Fontes: Genera, Lavoisier e Kasvi
Imagens: Ficar grávida, Bebê Abril, Gravidez Online, OCP News e Bebê Abril II