Já imaginou ser possível, através de uma medicação, acabar com a TPM, aumentar a libido, e ainda melhorar a silhueta? Pois é, essa tem sido a fama do chip da beleza, como é chamado o método anticoncepcional popular entre as famosas.
A atriz Letícia Birkheuer e as modelos Babi Rossi e Mirella Santos, por exemplo, são algumas das adeptas do dispositivo. Por isso, após a implantação, puderam se livrar das cólicas e inchaços que antecedem o período menstrual, além de tonificarem os músculos e amenizarem as celulites.
Contudo, há grandes preocupações por parte dos médicos perante essa novidade. Isso porque, além de conter vários efeitos colaterais, as informações sobre o método contraceptivo ainda são escassas.
Como funciona o medicamento?
Basicamente, o chamado chip da beleza possui ação anticoncepcional. Mas, sua aplicação hormonal conta com efeitos em todo o corpo feminino. Há, ainda, casos em que ele tem auxiliado mulheres com endometriose.
Para quem não sabe, aliás, este é um distúrbio relacionado ao tecido que reveste o útero e faz com que ele cresce fora do órgão.
Além disso, a experiência em algumas mulheres traz inúmeros efeitos positivos. Apesar de ser comum o desenvolvimento de acnes no início do uso; é comum, por exemplo, que após um tempo seja possível notar o aumento da massa magra e da definição muscular.
Chip da beleza: um apelido perigoso
Primeiramente, é importante frisar que a medicação é composta puramente por hormônios. Por isso, sua aplicação só pode ser feita após prescrição médica e manipulação por um farmacêutico. Este, então, encaminhará o chip novamente para o médico, para que a aplicação seja feita em consultório.
Nesse sentido, o seu nome é meramente figurativo. Inclusive, o apelido tem preocupado a comunidade médica.
Isso porque leva as pessoas a acreditarem que o fármaco é uma alternativa de tratamento estético e que promete milagres. Isso, aliás, é um equívoco enorme.
Segundo o Presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasco), César Eduardo Fernandes, o nome “chip da beleza” faz do implante hormonal algo mais atraente. Mas, na prática, nada funciona tão bem quanto as mulheres imaginam.
Falta de comprovação científica
Mesmo que algumas pessoas já façam uso do anticoncepcional, muitos médicos não o recomendam. Isso porque ainda não há material científico publicado o suficiente que comprove a segurança e a eficácia do seu uso.
Além disso, o implante hormonal não possui liberação e certificado da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Por fim, não há confiabilidade no que é colocado na medicação. Isso porque se trata de um mix de diferentes hormônios, dependendo do que a mulher precisa.
Portanto, não há certeza em relação às dosagens e quantidades de cada substância. Por isso, aliás, o chip da beleza não é tão procurado em outros países.
Efeitos colaterais
A comunidade médica ainda alerta para os efeitos colaterais da medicação. Isso porque algumas de suas promessas, aumento da libido, mais disposição para atividades físicas e emagrecimento; são consequências da ação de hormônios masculinos.
Nesse sentido, é normal a presença de alguns efeitos colaterais de curto prazo, ou até mesmo permanentes. Por exemplo, acnes, crescimento de pelos em lugares indesejados, engrossamento da voz, crescimento do clitóris e até infertilidade podem ocorrer com o uso prolongado do chip.
Além disso, pessoas com tendência a problemas cardiovasculares, problemas no fígado, rins, ou até mesmo com histórico familiar de câncer de mama, jamais podem se submeter ao tratamento.
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Fontes: Saúde, O Globo, Seleções.
Imagem de destaque: The Star