Cistite – O que é, sintomas, diagnósticos e tratamentos

Também chamada de “cistite da lua-de-mel”, a cistite é uma infecção na bexiga que, apesar de atingir homens, é mais comum nas mulheres.

Cistite - o que é, sintomas, diagnósticos e tratamentos

Primeiramente, a cistite é uma doença inflamatória bacteriana na bexiga que é comum entre as mulheres, como a infecção urinária. Por uma questão anatômica, é realmente mais comum que mulheres sofram mais com o mal do que os homens. Também chamada de “cistite da lua de mel”, ela também afeta os homens.

Além disso, é sempre necessário ficar atento aos sinais da cistite, pois pode não parecer séria no começo, mas acarreta grandes consequências com o passar dos dias.

Acima de tudo, a anatomia da mulher faz com que a cistite aconteça mais facilmente. A uretra é o canal que liga diretamente a bexiga para o esvaziamento da urina. A uretra feminina mede em média 5 cm. Enquanto isso, a dos homens mede 12 cm. Dessa maneira, é possível ver que o caminho que as bactérias percorrem para chegar na bexiga é menor nas mulheres do que nos homens. Logo, no caminho que percorrem, a probabilidade que morram no caminho é maior na uretra masculina.

Mas que bactérias são essas? Na maioria dos casos, elas fazem parte de um grupo de coliformes fecais que habitam o intestino. Assim, se concentram na região anal, e mais uma vez, por conta da anatomia feminina, chegam à uretra mais facilmente. A bactéria Escherichia coli é a que mais é encontrada em casos de cistite, navegando pela região perineal.

Cistite - o que é, sintomas, diagnósticos e tratamentos
Fonte: Febrasgo

Como adquirir cistite?

Primeiramente, algumas práticas ou limpezas inadequadas podem aumentar as chances da mulher ter a inflamação na bexiga. Por mais que algumas possam parecer normais no dia-a-dia, é necessário tomar cuidado ao realiza-las para evitar a infecção. A seguir, estão listadas as causas mais comuns que levam ao mal.

  • Segurar a urina por muito tempo. A urina também possui agentes e bactérias que precisam ser eliminados. Assim, se o xixi permanece na bexiga por muito tempo, pode evoluir para uma infecção ou inflamação.
  • Descuidos de limpeza genital. Os genitais femininos são uma porta de entrada para as bactérias. Assim, é necessário cuidar para que após a evacuação as áreas sejam limpas corretamente.
  • Beber pouco líquido. Beber pouca água faz com que diminua a micção, que ajuda a limpar a bexiga e eliminar as bactérias naturais. Assim, o ambiente fica propício a multiplicação das mesmas.
  • Durante o ato sexual. Como durante o sexo tem bastante movimentação e fricção nas áreas genitais, pode ocorrer que as bactérias sejam transportadas do ânus para o canal da uretra. Desse modo, por isso sendo chama de cistite da lua de mel, quanto mais relações sexuais, mais as chances de contrair a inflamação na bexiga.
  • Utilizar calças e shorts muito apertados, além de calcinhas e cuecas que não permitem a respiração dos órgãos genitais.
  • Não utilizar as mesmas roupas íntimas por mais de um dia. Não trocar calcinhas e cuecas fazem com que haja uma proliferação de bactérias no tecido.
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Cistite

Sintomas

Primeiramente, os sintomas podem variar de uma pessoa para outra. Aumentando gradativamente, se não cuidados no início, podem acarretar em problema maiores. Assim, é necessário ficar atento a eles.

  • Constante vontade de urinar. Isso ocorre porque a infecção provoca a distensão e contração da bexiga. É involuntário, assim, o episódio pode intensificar conforme as contrações aumentam. Infelizmente, a contração ocorre inclusive quando não há líquidos suficiente para sair xixi no órgão.
  • Cheiro forte na urina, decorrente da grande presença de bactérias.
  • Coloração bastante amarela, também decorrente da grande presença de bactérias.
  • Dor no baixo ventre, proveniente dos movimentos de contração.
  • Dor e ardência para urinar.

Além disso, em casos mais extremos, quando a infecção já está bastante avançada, pode ocorrer que venha acompanhada de febre e sangue na urina. Ainda mais, se não for tratada imediatamente, se a pessoa tiver propensão genética, baixa imunidade ou passar por infecções com bactérias mais resistente, a doença pode se espalhar para os rins. Nos rins, a infecção passa a ser renal, e também, se não tratada rapidamente, pode se espalhar na corrente sanguínea.

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Fonte: Drauzio Varella

Diagnóstico

Geralmente, na maioria dos casos, o diagnóstico é feito com base em um exame de urina com cultura. Por mais que os sintomas possam deixar claro que é, de fato, cistite, o diagnóstico médico precisa ser feito. Sem que aja o diagnóstico médico, não há como ter um tratamento 100% eficaz.

A urocultura pode ser feita em qualquer laboratório, e requer apenas a urina do paciente. Ainda, especialistas recomendam que o exame seja feito com a primeira urina do dia. Em soma, é preciso que o primeiro jato de xixi seja descartado antes da coleta do restante do material. A amostra é analisada no próprio laboratório para detectar as bactérias nela presente e descobrir o melhor tratamento para elimina-las.

Também posteriormente será utilizada em outro exame, o antibiograma. Esse teste mostra a reação das bactérias aos diversos antibióticos que podem ser utilizados como remédio. Isso é necessário pois algumas bactérias podem ser resistentes a alguns medicamentos, principalmente quando há reincidência de casos de cistite em uma paciente.

Em casos mais extremos, aqueles em que aparecem sintomas extremos, também pode ser pedido pelo médico em questão uma ultrassonografia ou até mesmo uma citoscopia. Esses são exames também simples que tem o mesmo objetivo de confirmar a tipologia da bactéria responsável pela infecção.

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Fonte: A Revista da Mulher

Tratamento

O tratamento vai depender, novamente, do tipo de infecção bacteriana que se alocou na bexiga. Logo, é imprescindível que independente do tipo, o paciente beba bastante água. Água é o fator que mais vai aliviar os sintomas em primeira mão. Recomenda-se que a pessoa beba pelo menos dois litros de água por dia, sendo um dos tratamentos mais comuns.

Se apenas a ingestão de água não for suficiente, o que é o caso na maioria das vezes, o uso de antibióticos pode ser uma saída. O antibiograma já vai ter predito qual é o melhor remédio para uso. Assim, com os exames em mão, o médico pode prescrever seu uso para tratamento. Geralmente, o uso de remédios varia de 3 a 7 dias.

O uso de analgésicos orais também pode ser uma boa pedida. Como visto anteriormente, um dos sintomas é dor na hora de urinar e dor no baixo ventre. Dessa maneira, o analgésico pode aliviar um pouco até que os antibióticos façam efeito.

Contudo, é importante ressaltar que as indicações médicas não podem ser contrariadas. Acontece bastante de os sintomas saírem antes mesmo do tempo da medicação terminar. Porém, isso não indica que as bactérias de fato tenham sido eliminadas. Assim, não interrompa o uso da medicação e também não se automedique. Essas práticas podem levar a resistência bacteriana, agravando o caso em um segundo momento.

Cistite - o que é, sintomas, diagnósticos e tratamentos
Fonte: Oul

Prevenção

A prevenção está muito ligada a causa dos sintomas. Principalmente em mulheres, os meios de cuidado são mais fáceis e tranquilos. O ditado é certo: é melhor prevenir do que remediar.

  • Não segurar xixi por muito tempo.
  • Utilizar calças e shorts mais frouxos ou largos.
  • Beber bastante água.
  • Limpar as áreas corretamente após a evacuação.
  • Tentar não passar períodos de mais de 3 horas sem urinar.

Quer saber mais sobre como cuidar da saúde? Então dá uma conferida nessa matéria: Endometriose, o que é? Causas, tipos, sintomas, tratamento

Fontes: Pró Rim Saúde Hospital Sírio Libanês

Fonte imagem destacada: Vix

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