Afinal, o que é a libido? Bem, essa é uma dúvida que aflige milhões de brasileiros e, inclusive, foi pergunta mais frequente no google em 2019. Basicamente, é o desejo sexual que sentimos através de estímulos físicos, visuais, auditivos ou até mesmo olfativo. Além de ocorrer distintamente nas diversas fases da vida adulta, também se manifesta de formas diferentes em homens e mulheres.
Muitas vezes, pela falta de informação, as pessoas acabam não sabendo lidar com a libido e, assim, desconhecem dos impactos que ela pode ter no dia a dia de uma mulher. De acordo com os especialistas, ela é influenciada por um entrelaço entre as questões biológicas e psicológicas.
O que estimula a libido
No ámbito biológico, a libido está relacionada principalmente à testosterona. Apesar de ser um hormônio predominante no organismo masculino, ela também está presente no corpo das mulheres. Ela é importante na regulação do ciclo menstrual, o período da ovulação, e porque também aumenta a libido, de forma que faz a mulher sentir mais desejo pela relação sexual. Além disso, este hormônio também ajuda a aumentar a massa muscular, a disposição física e o emagrecimento.
Porém, muitos psicólogos afirmam que quem controla mesmo o desejo é o sistema nervoso. Segundo as pesquisas, apenas o estimulo biológico não é suficiente para provocar o famoso “tesão”.
Os fatores externos têm grande impacto sobre como as mulheres se comportam na hora H. A atração física por exemplo, é um elemento importantíssimo. Se ela não se sente, realmente, atraída pela pessoa, sua excitação já não é a mesma. Da mesma forma se estiver com algum problema emocional ou desavenças com o parceiro.
Por outro lado, as questões sociais também interferem muito na forma com que as mulheres encaram o momento à dois e seu próprio prazer. A sexualidade feminina ainda hoje é um tabu, e muitas mulheres acabam não priorizando ou até mesmo reprimindo essa área de suas vidas.
O que ocasiona a falta de libido
Existem muitos fatores que podem influenciar na libido da mulher. Os mais frequentes são a ansiedade, depressão, o estresse, problemas no relacionamento, o uso de medicamentos e, claro, problemas no sistema endócrino e reprodutivo. E descobrir, exatamente, a causa do problema para que possa ser possível soluciona-lo.
Um fenômeno que ocorre especialmente nas mulheres é a dificuldade em alcançar o ápice na hora da relação. Outra vezes, pode acontecer de simplesmente ter dificuldade em ficar excitada. Tudo isso acaba dificultando o contato íntimo e o interesse da mulher pelo ato.
E de antemão os médicos já advertem: aumentar a produção de testosterona não é a única solução! Antes de iniciar a ingestão do hormónio é importante que faça um check up para saber a real causa da libido baixa.
Se a causa for um medicamento, por exemplo, o mais indicado é que troque o remédio. Porque assim, além de não somar diferentes medicações, também evita o empilhamento de receitas.
A idade também pode ser um grande impacto. Com o passar dos anos, o organismo diminui a produção de testosterona, em homens e mulheres. Por isso, nesses casos, a reposição hormonal é indicada.
Mas, se a causa for algum sofrimento emocional ou trauma psicológico, o mais indicado é um tratamento com terapeuta, psicologo (a) ou até mesmo psiquiatra.
O Transtorno do desejo sexual hipoativo feminino
O transtorno do desejo sexual hipoativo feminino (TDSH) é caracterizado como a deficiência ou ausência de fantasias sexuais e desejo por atividade sexual, o que causa sofrimento acentuado ou dificuldade interpessoal.
O diagnóstico do TDSH deve ser realizado por um especialista da área. Para o diagnóstico, geralmente, usa-se um screening de Desejo Sexual Diminuído. Que, no caso, é uma série de questões pessoais sobre a vida intima da mulher e que está disponível online.
Se as repostas sugerirem a presença do transtorno, logo em seguida, o médico solicitará novas questões para uma análise mais aprofundada. Através de uma avaliação cuidadosa da história reprodutiva, possibilidades de distúrbios endócrinos, neurológicos, cardiovasculares e psiquiátricos, uso de medicamentos e um exame físico direcionado da paciente.
Transtornos psiquiátricos, em particular depressão e ansiedade, também devem ser considerados no diagnóstico diferencial como potenciais fatores contribuintes para o baixo desejo. Também é levado em conta a fase particular da vida reprodutiva a mulher está experimentando. Sendo assim, diferentes recomendações são feitas, baseadas em cada caso individual.
Entre as opções de tratamento do TDSH em mulheres inclui mudanças no estilo de vida, tratamento de distúrbios médicos ou psiquiátricos coexistentes, troca ou descontinuação de medicamentos que possam afetar o desejo sexual, e claro, a terapia hormonal e, até mesmo a conjugal.
Como aumentar a libido
Ter a libido regulada é fundamental para a saúde mental e física das mulheres – e de todos os seres humanos – mas principalmente para pessoas que apresentam índices abaixo do normal. É essencial que se identifique a causa que ocorre a falta de libido o mais rápido possível, pois desta forma, o problema pode ser resolvido sem mais complicações.
Além do tratamento hormonal e psicológico, ainda existem algumas opções úteis para estimular o aumento da libido. Melhorar a alimentação é a maior delas. Procurar por refeições que melhorem a circulação do sangue, por exemplo, como é o caso do atum e das sementes de chia.
Há inúmeros alimentos e produtos caseiros que são afrodisíacos. Um deles é o suco de açaí com guaraná, que também é composto por morangos, mel, canela e açúcar mascavo. O chá de catuaba com salsaparrilha também pode aumentar o apetite sexual. Recomenda-se que seja tomados até três vezes por dia.
Estes remédios caseiros aumentam a libido pois têm propriedades estimulantes. Dessa forma, favorecem o fluxo de sangue para os órgãos sexuais, melhorando a relação entre o casal.
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Fontes: OGlobo, Pebmed, Manipulae, Extra.
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