O óleo de coco virou tendência e um ingrediente essencial nas casas de quem busca uma alimentação mais saudável. Muito polêmico, a febre do alimento surgiu pelo fato de possuir ácido láurico, um componente que gera energia na célula de forma acelerada. Assim, o gasto energético é acelerado, o que queima a gordura indesejada e auxilia na dieta. Todavia, ainda não existem estudos suficientes que comprovem que o óleo de coco emagrece. Como descobrir, então, qual é a verdade do elemento essencial das dietas de emagrecimento?
O ingrediente é feito a partir da polpa do coco, e dessa forma, não traz prejuízos à saúde. Contudo, possui um elevado teor de gorduras saturadas, e por isso deve ser consumido com moderação. Por meio de 1 a 2 colheres de sopa de óleo de coco por dia, é possível alinhar uma dieta interessante. Mesmo assim, o elemento deve sempre estar aliado a uma alimentação muito balanceada.
Confira abaixo tudo que você precisa saber sobre se óleo de coco emagrece ou não, bem como mitos e verdades do ingrediente e outras curiosidades sobre ele.
O óleo de coco na alimentação
Uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Rio de Janeiro prescreveu, para 30 homens com um grau de obesidade leve, uma dieta de manutenção de peso. Nessa dieta, metade dos participantes consumia 1 colher de sopa cheia de óleo de coco por dia, enquanto a outra metade consumia a mesma proporção de óleo de soja. Em 45 dias, o óleo de coco ajudou a diminuir o índice de massa corporal, a circunferência na cintura dos homens e o volume de gordura. Além disso, ainda aumentou a massa magra e proporcionou saciedade.
Apesar da pesquisa ter demonstrado resultados empolgantes, é preciso ter muita atenção quanto ao consumo do óleo de coco. Incorporá-lo no cardápio sem fazer mudanças no resto da alimentação não adianta nada. O ingrediente, por exemplo, é formado por gorduras saturadas do tipo triglicerídeo de cadeia media. O significado disso, para especialistas, é que também existem pontos negativos dentre as vantagens do elemento. Portanto, o óleo de coco não emagrece, mas sim torna-se uma ferramenta poderosa na dieta.
Óleo de coco emagrece? Mitos e verdades
Existem muitas teorias que circulam na atualidade a respeito do óleo de coco e se ele emagrece ou não. Todavia, o discurso também está aliado a outras informações que podem não ser tão verdadeiras assim. Aprender a diferenciar o certo do errado é essencial para não cometer deslizes na hora de melhorar sua alimentação e evitar cair em falácias.
1 – O óleo de coco emagrece
Mito. Para acabar com a dúvida de uma vez por todas, não. A teoria de que o óleo de coco emagrece surgiu após uma pesquisa da nutricionista Marie-Pierre St-Onge, associada de Medicina Nutricional na Universidade de Columbia. De acordo com ela, foi descoberto que os triglicerídeos de cadeia média, gordura presente em certos alimentos, aceleram o metabolismo. Dessa forma, há o aumento do gasto calórico e, por fim, a perda de peso.
Mas onde o óleo de coco entra nisso? Comparado aos outros óleos, ele possui esse tipo de gordura em níveis muito mais altos. Todavia, isso ainda não é razão suficiente para atribuir o teor emagrecedor ao ingrediente. No Brasil, por exemplo, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica emitiram notas a respeito disso. De acordo com eles, suas posições estão no fato de que não existem evidências de que o óleo de coco emagreça mesmo.
2 – O óleo de coco mata vírus e bactérias
Mito. A afirmação surgiu pelo fato do óleo de coco ser rico em monolaurina, que é derivada do ácido láurico, que por sua vez possui propriedades antibacterianas e antivirais. Todavia, não existem estudos o suficiente que comprovem que o óleo de coco realmente possua qualquer eficiência nesse quesito.
3 – Ajuda a reduzir o risco de doenças cardiovasculares
Mito. O motivo da teoria ter aparecido veio de estudos de 1960, que apresentava populações de ilhas de Pacíficos com dietas que incluíam o óleo de coco e pouquíssimas doenças de coração na região, bem como corpos mais magros e ativos. A alimentação dos povos também incluía peixe, tubérculos e frutas, sem qualquer industrializado, álcool e açúcar em excesso. Hoje em dia, com a mudança do cardápio das ilhas, a população mais velha obteve aumento de doenças coronárias e casos de obesidade, mesmo com o óleo de coco ainda sendo utilizado.
Da mesma forma, o óleo de coco é composto 90% por gordura saturada, o que significa que ele pode elevar o LDL, ou mau colesterol. Assim, não existem estudos que comprovem que o ingrediente aumenta o HDL, ou bom colesterol. Seja como for, um colesterol jamais compensa o outro, e um LDL alto ainda representa mais riscos de doenças no coração.
4 – O óleo de coco limpa os dentes
Mito. A cultura de bochechar óleo vegetal para limpar os dentes vem da Índia, e faz parte da rotina diária do Ayurveda, que é a medicina tradicional do país. De certa forma, o bochecho eliminaria toxinas da boca, e qualquer óleo poderia ser utilizado, mesmo o de coco sendo um dos favoritos. Todavia, a prática ainda não possui evidências científicas que comprovem tais benefícios.
5 – Hidrata o cabelo e a pele
Verdade. O óleo de coco pode sim beneficiar a pele e os cabelos, já que é rico em ácidos graxos e vitamina E, desde que eles precisem de reposição de nutrientes. Contudo, caso não precisem, o cabelo pode ficar oleoso e até mesmo alergias cutâneas podem surgir no chamado efeito rebote. Dessa forma, uma solução melhor é usar produtos que tenham óleo de coco em sua composição, ao invés de inseri-lo puro nos cuidados diários.
6 – Óleo de coco combate o Alzheimer
Mito. Da mesma forma, não existem estudos o suficiente realizados em humanos que comprovem a teoria. Até então, os únicos testes que aconteceram foram em animais ou in vitro, que não possuem garantias do bom desempenho do ingrediente, muito menos de sua eficiência.
E aí, o que você achou dessa matéria sobre se o óleo de coco emagrece? Se te interessou, confira também Café com óleo de coco: para que serve e quem pode tomar?
Fontes: Tua Saúde, Viver Bem, Veja Saúde, Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica
Imagens: Exame, Istoé, Tua Saúde, Amazon Cacau, Neoenergia, A Crítica, Veja Saúde, Em Família