A transpiração é normal enquanto fazemos exercício físico, sentimos calor ou passamos por situações de estresse. Nesse sentido, o suor ajuda o corpo a esfriar-se naturalmente. Funciona como se fosse um sistema de ventilação. No entanto, o suor excessivo pode incomodar e sinalizar um problema de saúde.
Sendo assim, a hiperidrose, que também é chamada de sudorese, é um distúrbio que faz as pessoas suarem excessivamente de forma imprevisível, mesmo em temperatura baixa ou repouso. Esta doença pode ser causada por uma série de fatores, inclusive tireoide, situações emocionais, câncer, menopausa ou obesidade.
Aliás, uma pessoa saudável também pode apresentar sintomas de suor excessivo, basta que o sistema nervoso envie estímulos em grande quantidade para as glândulas sudoríparas.
Ainda que esse distúrbio não faça mal à saúde, interfere na qualidade de vida e causa constrangimento no meio social. Por exemplo, se o suor em excesso estiver nas mãos, a pessoa pode acabar evitando de cumprimentar os outros.
Sintomas do suor excessivo
O suor excessivo causa desconforto físico e emocional. Ao passo que, a hiperidrose primária atinge apenas as mãos, pés e axilas. Esta representa 2% da população. Mesmo assim, menos de 40% dos pacientes nessa situação procuram ajuda médica.
Em casos iniciais, por muitas vezes, nenhuma causa é encontrada, assim os médicos acreditam que possa ser um problema hereditário. Já no caso de hiperidrose secundária, ela atinge todo o corpo ou apenas uma área demasiadamente.
A Hiperidrose secundária pode ser causada por condições relacionadas à ansiedade, menopausa, doença cardíaca, síndrome carcinoide, acromegalia, derrame, lesão da medula espinhal, hipertireoidismo, câncer, doença pulmonar, feocromocitoma, lesão na medula espinhal, doença de parkinson ou circunstâncias de abuso.
Caso sinta o suor em excesso nas condições abaixo, procure orientação médica:
- Suor prolongado, excessivo e sem explicação;
- Sudorese com perda de peso;
- Suor em excessivo com dor ou pressão no peito;
- Sentir suor excessivo frequentemente durante o sono;
- Mistura de suor excessivo, febre, perda de peso, dor no peito, falta de ar ou taquicardia.
Principais causas
Em média, uma pessoa transpira entre 800 ml e 1,4 litro durante um exercício físico. Contudo, se esse suor incomoda ao ponto de atrapalhar as suas atividades diárias, como usar chinelos ou molhar objetos a sua volta, é necessário procurar um médico.
Em síntese, existem dois tipos de transpiração: a termorreguladora, que entra em ação quando o nosso corpo superaquece, como também a emocional, que age quando nossos estímulos emocionais produzem suor.
O suor é uma defesa do nosso corpo, porém, ela pode acontecer de forma exagerada. Não há uma causa aparente ou específica para esse distúrbio, por isso recomenda-se procurar um dermatologista para investigar melhor o seu caso.
Existem outros especialistas que também podem realizar o diagnóstico. Sendo eles: clínico geral, psiquiatra, psicólogo, infectologista, oncologista, endocrinologista, urologista e pneumologista.
O diagnóstico é clínico, realizado através de perguntas feitas ao paciente. Portanto, não há exames laboratoriais, somente quando o médico perceber que o suor excessivo pode ter relação com outras doenças mais graves.
Tratamento do suor excessivo
Alguns cuidados podem ajudar na diminuição da sudorese e no combate à hiperidrose. Em casos mais leves, usar roupas claras de algodão para que a pele respire melhor.
Já nos casos mais graves, o uso de antitranspirantes à base de cloreto de alumínio pode ser o suficiente, pois bloqueia o suor.
Os dermatologistas costumam indicar o tratamento com remédios à base de oxibutinina. Isto porque, eles agem dentro das glândulas sudoríparas, reduzindo o excesso de suor.
Em casos graves, é preciso utilizar o tratamento com toxina botulínica, uma aplicação feita na testa, couro cabeludo e axilas durante 8 a 12 meses. A outra opção é a cirurgia de simpatectomia, onde o médico retira e queima as glândulas defeituosas.
A aplicação de botox pode ser uma saída para controlar a sudorese.
Existem duas glândulas sudoríparas chamadas écrinas e apócrinas, a primeira não exala cheiro, mas a segunda produz odor corporal. Elas podem se misturar com as bactérias e causar amarelamento das roupas ou manchas grosseiras na pele.
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Fontes: Beleza na Web, Minha Vida, e Runners World
Imagens: Women’s Health, Hypeness, Saudável e Feliz, Notícias ao Minuto e Dra. Natalia Segatti