Alexandra Gurgel, quem é? Biografia, carreira e polêmicas

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Alexandra Gurgel não é só jornalista, escritora e youtuber. Além de tudo isso, ela é também fundadora do Movimento Corpo Livre. Vem conhecer

Alexandra Gurgel além de youtuber e influenciadora, ela é também militante, carioca, pisciana, jornalista e escritora. Sendo mais específica, ela formou em Jornalismo pela PUC-Rio, inclusive após dez anos trabalhando como editora em sites femininos, ela decidiu começar o seu próprio empreendimento.

E assim deu início a sua carreira como Youtuber, com o seu canal Alexandrismos. Basicamente, nesse canal ela procura abordar temas relevantes para todas nós mulheres. Mas, em especial para mulheres gordas. De modo geral, ela aborda sobre gordofobia, machismo, transtornos psicológicos causados pela sociedade, depressão e outros.

Apesar de abordar temas sérios e relevantes, a carioca, que inclusive, vive hoje em São Paulo, envolve o seu público com um bom humor super contagiante. Além do seu canal, ela também é empresária e sócia-fundadora da marca Volume.

Basicamente, essa marca se trata de coletivo body positive que além de promover festas e projetos. Também produz e comercializa uma marca de roupa. Enfim, venha conhecer um pouco mais sobre a vida dessa mulher totalmente empoderada.

Início de tudo

Alexandra Gurgel- Quem é, como iniciou sua carreira, polêmicas e vitórias — Fonte: Meia hora

Alexandra Gurgel, ou melhor, Xanda nasceu no dia 20 de fevereiro de 1989. Desde sua infância, Xanda passa por problemas com o peso e dificuldade de autoaceitação. Inclusive, aos nove anos de idade, ela começou a fazer uso de remédios para emagrecer e fazer visitas com frequência em endocrinologistas.

Por conta do seu peso, ela recebia apelidos como, “gorda valentona”. Já que ao receber críticas e insultos, ela batias nas outras crianças. Além do bullying na escola, ela também recebia insultos dentro de casa. Aliás, ela era constantemente comparada com seus irmãos e primos, justamente por ser a única acima do peso, dentre eles.

Desse modo, ela passou a viver infeliz e insegura com seu corpo. Inclusive, por conta disso, ela teve problemas de compulsão, anorexia, bulimia, depressão e tendências suicidas. Aliás, as coisas complicaram ainda mais, após uma rejeição amorosa. Podemos até destacar que após isso, ela decidiu virar freira.

Na verdade, ela viu o convento como uma forma de se encaixar na sociedade. Mas, ela não seguiu a diante com essa nova forma de viver. Contudo, em 2012, quando ela tinha 23 anos de idade, sua mãe deu a ela uma lipoescultura de presente. Desse modo, como ela mesma se caracterizou, ficou parecendo a Kim Karshian.

Nem tudo é como esperamos ser

Após ficar com um corpo escultural, ela passou a perceber que as pessoas começaram a notar ela nas ruas, os homens começaram a elogiarem ela, ou melhor, em alguns casos, assediarem. Contudo, mesmo se achando bonita e desejada, ela sentiu que sua vida mudou drasticamente.

Afinal, ela não se sentia original, não sentia que ela estava sendo ela mesma. E por isso ela tentou suicídio. Após, essa tentativa de suicídio, ela começou a procurar entender o que aconteceu com ela, e o que passou pela cabeça dela. Nesse meio tempo, ela engordou novamente e conheceu o feminismo.

Basicamente, foi o feminismo que fez com que ela se conectasse com sua própria essência. E fez com que ela percebesse que ela não era culpada de nada e que não tinha nada de errado com ela. Desse modo, em 2015 ela iniciou seu processo de autoaceitação e empoderamento.

Alexandrismos

Alexandra Gurgel, quem é? Biografia, carreira e polêmicas — Fonte: Twitter

Como já falamos Alexandrismos é o nome do seu canal do Youtube. O qual inclusive, foi criado com o intuito de se conectar e encontrar pessoas semelhantes a ela. E claro, discutir assuntos como gordofobia, body positive, amor próprio, autoestima, cabelo, saúde mental e relacionamentos.

Vale destacar, que o canal dela não só ajudou outras meninas que passavam pelo mesmo problema, como ajudou ela mesma. Na verdade, Xanda passou a levar o Youtube, como uma terapia. Afinal, após começar a expor e conversar tudo que ela sentia, ela passou a se aceitar e a se entender mais.

Basicamente, o objetivo de Alexandra Gurgel com seu canal, é justamente mostrar para nós mulheres e para a sociedade que você pode ser quem você é. Independente do seu corpo, raça, crença ou gênero. Inclusive, por conta desses assuntos relevantes, serem tratados com carisma e senso de humor, ela conquistou 481 mil inscritos.

A título de curiosidade, ela se inscreveu no dia 9 de outubro de 2015 e já tem 27.262.512 visualizações. Inclusive, em apenas um ano de canal ela conseguiu publicar mais de 100 vídeos, e todos abordando assuntos interessantes e descontraídos.

1º vídeo do seu canal

Livro “Pare de se odiar”

Acima de tudo, como já dissemos ela não é só jornalista e youtuber, ela também é escritora. Inclusive, ela publicou o seu primeiro livro, intitulado como “Pare de se odiar”. Sobretudo, seu livro viralizou de uma forma tão grande, que no primeiro dia de pré-vendas, ela já conseguiu entrar para a lista de mais vendidos na Amazon.

Basicamente, o livro assim como o seu canal, aborda sobre temas urgentes e relevantes para a sociedade. Como por exemplo, a gordofobia e o body positive. De modo geral, ela tenta mostrar como a sociedade funciona e como eles tratam pessoas acima do peso.

O livro, é mais uma forma de expandir a corrente de pessoas que são influenciadas por ela. Mas, calma são influenciadas de um bom modo. Afinal, ela ensina as mulheres a respeitarem o seu corpo e se amar da forma como você realmente é. Ou seja, ela ensina as mulheres a serem livres independente do padrão imposto.

Gordofobia

Acima de tudo, Alexandra Gurgel não abraçou a gordofobia, porque aconteceu com ela não. Na verdade, ela procurou colocar esse assunto em jogo, justamente pelo número de mulheres que passam por isso diariamente. E caso, você não saiba esse assunto é urgente e muito importante.

Afinal, de acordo com o Ministério da Saúde, 52,5% dos brasileiros estão acima do peso “ideal”. Contudo, a sociedade e como forma de enfrentar esse caso, é discriminar e estigmatizar essas pessoas. Ou seja, não usam estratégias que possam acolham essas pessoas.

Desse modo, surge a gordofobia. Ou seja, o preconceito e o conjunto de opressões que uma pessoa gorda sofre diariamente. Aliás, a título de curiosidade, o preconceito normalmente já se inicia dentro da própria casa, assim como aconteceu com Alexandra Gurgel.

Além da opressão, essas pessoas sofrem normalmente uma pressão estética, para chegarem ao peso e ao corpo “ideal”. Afinal, para muitas pessoas, gordo é sinônimo de problemas de saúde. E claro, não podemos esquecer também da desvalorização de quem está fora do modelo e da beleza padrão da sociedade.

Sobretudo, uma pessoa gorda, por estar acima do peso, sofre discriminação frequente. As quais podem prejudicam sua carreira, saúde e os seus direitos de cidadão. E é justamente, contra toda essa desigualdade e opressão, que Alexandra Gurgel tenta combater diariamente com seus conteúdos.

Maior polêmica

Já que acabamos de falar sobre gordofobia, vamos então expor a principal polêmica de Alexandra Gurgel. Basicamente, essa polêmica envolveu Danilo Gentili e sua matéria de capa da BBC sobre gordofobia. Sobretudo, as coisas aconteceram em dezembro de 2017, após Gentili fazer comentários gordofóbicos em seu Twitter.

De modo geral, ele compartilhou a matéria em seu Twitter, e aproveitou desse assunto, para fazer comentários desrespeitosos sobre o assunto. Contudo, Alexandra Gurgel não deixou isso quieto. Na verdade, ela publicou um vídeo em seu canal, respondendo o apresentador.

Vale ressaltar, inclusive, que esse vídeo gerou tanta repercussão, que a hashtag #GordofobiaNãoÉPiada, criada por Alexandra nesse episódio, ficou nos trending topics do Twitter. Aliás, toda essa repercussão aconteceu no dia em que o seu vídeo foi ao ar no seu canal. Vem conferir:

Movimento Corpo Livre

Primeiramente, é importante destacarmos que Alexandra Gurgel não só expõe assuntos relacionados a gordofobia, como também fundou o movimento Corpo Livre. Basicamente, esse movimento tem como objetivo incentivar as mulheres a aceitarem seus corpos como ele realmente é.

De modo geral, ela tem como intuito representar todas as pessoas e principalmente aqueles que mais se sentem marginalizados. Como o negro e o gordo. Ou seja, a ideia é representar toda a classe que não se sente representada. E claro, fazer com que as pessoas aceitam suas diferenças acima de qualquer coisa.

Dentro do Movimento Corpo Livre podemos destacar o conceito Body positive, o qual já foi muito citado aqui nessa matéria. De modo geral, esse conceito tem como finalidade fazer com que as mulheres se amem e amem os seus corpos como ele é.

Basicamente, elas querem fazer com que as mulheres olhem para si mesmas com um olhar positivo e sem vergonha. Aliás, vale destacar que é um movimento que abraça a todas as diferenças, seja de pessoas gordas, magras, mulheres ou homens.

Portanto, aderir ao pensamento body positive é, sobretudo, se libertar. Aliás, é entender e saber que você tem o poder de desenvolver livremente o seu verdadeiro eu. Enfim, se valorize, se ame e não aceite nenhum tipo de opressão ou comentário negativo diante o seu corpo.