Você sabia que a famosa pílula anticoncepcional serve para muito mais do que apenas impedir a gravidez? Sendo um medicamento extremamente comum na vida da mulher, é possível prevenir vários problemas com seu uso regrado e acompanhamento médico consciente. Além disso, um de seus usos mais populares vem sendo a solução para muitas há anos. Por auxiliar no controle de hormônios, o anticoncepcional para acne é quase prioridade.
Mas afinal, qual seria o motivo para a pílula ser recomendada nesse caso? A resposta para essa pergunta está no poder do anticoncepcional de realizar a regulagem de hormônios, como os androgênios, responsáveis por aumentar a oleosidade da pele, além de causar espinhas. É esperado que ele seja administrado de forma contínua por 3 a 6 meses para descobrir sua eficácia, mas alguns são mais efetivos no tratamento que outros.
Para que o tratamento dos problemas de pele funcione, é recomendado que o anticoncepcional contenha em sua composição pelo menos um derivado do estrogênio, o hormônio feminino. Além disso, ele deve ser associado aos hormônios sexuais dos progestágenos, como drospirerona, ciproterona, dienogeste e clormadilona. O mais forte de todos é a ciproterona, que deve ser administrada com cautela. Os outros progestágenos servem para resolver acne do nível leve ao moderado.
Confira agora mais informações a respeito do tratamento de anticoncepcional, seus benefícios e as precauções que você deve tomar ao iniciar o processo:
Como funciona o anticoncepcional para acne?
Antes de mais nada, quando escolhido tomar a pílula, sua ingestão regular é capaz de diminuir o efeito de produção de sebo das glândulas sebáceas, que pode afetar até mesmo a oleosidade do cabelo. O anticoncepcional também reduz a proliferação da P. acnes, bactéria causadora da acne, trabalhando na inflamação da pele e melhorando seu aspecto. Além disso, ele diminui a hiperqueratinização folicular, sendo a queratinização responsável pela hidratação. Seu excesso ocasiona na maior produção de óleo.
Em quais casos usar o anticoncepcional?
Mesmo que realizar o controle da acne com anticoncepcional seja recomendado, é importante saber se existe a possibilidade de iniciar o tratamento em cada tipo de organismo. Muitas vezes, o problema pode ser resolvido com uma rotina de cuidados com a pele inteligente. Logo entram as loções e ácidos adaptados para produtos tópicos, como adapaleno, ácido retinoico e peróxido de benzoila, muito utilizados para acabar com as espinhas. Existem até mesmo remédios e outros comprimidos disponíveis, desde que prescritos por um dermatologista.
Se a situação não for passível de ser tratada com tais opções, a pílula entra em jogo. Ela funciona como um 2 em 1 para impedir a gravidez e as espinhas ao mesmo tempo, ou para quem vê a pele ficar muito inflamada durante o período menstrual. Há ainda a possibilidade da acne ser ocasionada por doenças que elevam o nível dos hormônios do androgênio, como a SOP, a síndrome do ovário policístico. Nesse caso, as chances da prescrição do anticoncepcional são altas.
Quando não usar o anticoncepcional para acne?
Apesar de seus benefícios, a pílula pode ser perigosa em certos casos. Da mesma forma, é preciso conhecer seu próprio corpo e suas possibilidades, pelo fato do uso inadequado do remédio acarretar em consequências que de nada se assemelham às vantagens. Por exemplo, ela não deve ser usado em caso de:
- Tabagismo;
- Gravidez;
- Amamentação;
- Sangramento vaginal de origem desconhecida;
- Câncer de mama;
- Cirrose;
- Pressão alta;
- Histórico de ataque cardíaco, trombose ou doenças familiares relacionadas à coagulação do sangue;
- Diabetes grave.
O que acontece quando o anticoncepcional é interrompido?
Pelo fato da ingestão da pílula ser um processo contínuo, a interrupção de seu uso durante o calendário também pode acarretar em alguns efeitos colaterais. Primeiramente, é possível que parar o anticoncepcional para acne possa fazer retornar o mesmo aspecto da pele de antes do tratamento, como sua aparência oleosa e as novas espinhas. Dessa forma, é necessário tratá-la com produtos específicos para o controle da oleosidade, em sua grande maioria de uso tópico, como sabonetes próprios para o rosto.
Parar a medicação pode fazer com que alguns desconfortos voltem a existir, como a cólica. O anticoncepcional facilita o processo da menstruação ao impedir a ovulação, o que torna a experiência muito mais agradável. Sem a pílula, porém, a ovulação ocorre, com o endométrio recobrindo as paredes do útero e expelindo tudo aquilo que não foi necessário para uma possível gravidez.
Diga adeus à retenção de líquido: apesar de seus benefícios, o anticoncepcional e sua dosagem hormonal podem acarretar no inchaço do corpo. Ao parar de tomá-lo, é possível voltar a se sentir mais magra, descendo até mesmo alguns números do tamanho do sutiã. Esse caso, porém, não é de ocorrência geral, e existem remédios que impedem o inchaço.
Por fim, até mesmo suas emoções podem balançar sem a pílula. Afinal, ela é a responsável por regular os níveis de hormônios, como progesterona e estrógeno, que consequentemente influenciam no humor. Com a falta do anticoncepcional, a probabilidade das coisas lhe afetarem com mais força é grande.
Essa matéria te interessou? Se sim, talvez você também goste de Espinhas hormonais – Influência dos hormônios sobre a pele
Fontes: Tua Saúde, Uol
Imagens: Metrópoles, Blog da Saúde, Mx Bikes e Herstylecode.