Espinha interna é um dos problemas de pele mais desagradáveis que existem. Apenas quem já teve sabe como ela pode ser incomoda e dolorida. Em contraste com uma espinha externa, ela é bem mais difícil de lidar.
É um tipo de acne que se forma quando o sebo e as bactérias ficam presos dentro dos poros da pele, bloqueados pelas células mortas e impurezas. Elas podem causar dor, vermelhidão e inchaço, e são mais comuns em pessoas com pele oleosa ou hormonalmente desequilibrada.
E aí, vamos saber um pouco mais sobre a espinha interna? Continue com a gente!
O que é uma espinha interna?
Segundo a dermatologista Dra Monalisa Nunes, consultora da Sallve, a espinha interna pode ser definida como pápula, quando o tamanho é menor que 1 cm, ou nódulo-cístico, quando maior que 1 cm e com conteúdo mais purulento. No entanto, a maioria das espinhas internas são pápulas.
Diante disso, ela pode ser definida como um tipo de acne caracterizada por lesões sólidas, elevadas, arredondadas, endurecidas e avermelhadas sob a pele, geralmente no rosto, costas e contornos. Diferentes das espinhas comuns, as espinhas internas não possuem abertura na superfície da pele, então o pus não fica visível.
Além disso, é importante mencionar que a espinha interna pode causar manchas na pele. Um dos motivos para isso acontecer é o de que ela danifica a membrana que separa a primeira e segunda camada da pele. Na membrana estão as células de melanina, aquelas que vão dar a pigmentação chamada hipercromia pós-inflamatória da acne.
Sendo assim, para remover essas manchas na pele, existem várias opções. A exemplo, a gente pode citar cremes clareadores, esfoliação, uso do filtro solar ou procedimentos estéticos, como peeling físico e químico, lasers e microagulhamento.
Veja também: Marcas de espinha na pele: truques e formas de eliminá-las
O que causa espinha interna espinha interna?
O aparecimento da espinha interna está diretamente relacionado ao desequilíbrio hormonal e, por isso, é mais comum em adolescentes, já que há uma maior variação no nível de testosterona circulante, tanto em meninos quanto em meninas.
Apesar de ser mais frequente em adolescentes, a espinha interna também pode aparecer em adultos, sendo principalmente influenciada por fatores psicológicos, como estresse e ansiedade.
Algumas das causas mais comuns são:
- Alterações hormonais: durante a adolescência, ciclo menstrual ou gravidez, os níveis de hormônios tendem a aumentar, estimulando as glândulas sebáceas a produzir mais sebo, entupindo os poros e aumentando o crescimento de bactérias;
- Higiene inadequada: limpeza ineficiente ou com produtos inadequados para a pele pode ocasionar o acúmulo de impurezas, óleo e células mortas nos poros, criando ambiente propicio para espinhas internas;
- Alimentação: alimentos ricos em açúcar, gordura ou laticínios podem aumentar a produção de sebo ou influenciar na inflamação da pele.
- Estresse: pode afetar o sistema imunológico e hormonal. A alteração nos índices de cortisol, no organismo, age diretamente nas glândulas sebáceas, aumentando a produção de sebo que entopem os poros.
Como evitar espinha interna?
Segundo especialistas, a melhor maneira de evitar esse probleminha é adotando uma rotina de cuidados com a pele. Alguns passos importantes incluem:
- Primeiramente, manter a pele limpa e hidratada,
- Evitar o uso de cosméticos comedogênicos (que obstruem os poros),
- Controlar o estresse e a ansiedade,
- Ter uma alimentação equilibrada, evitando alimentos gordurosos ou açucarados que podem estimular a produção de sebo.
- Além disso, é importante fazer uma limpeza de pele profunda periodicamente, para remover as impurezas e os cravos que podem se transformar em espinhas internas
Como tratar a espinha interna?
Para fazer um tratamento adequado, é recomendado evitar espremê-la, pois isso pode piorar os sintomas e causar manchas na pele.
Além disso, é importante consultar um dermatologista para que seja feita uma avaliação e indicado o melhor tratamento para eliminar a espinha. Confira algumas dicas abaixo:
- Para tratar as espinhas internas, é importante manter uma boa higiene da pele, lavando o rosto duas vezes ao dia com um sabonete suave e água morna.
- Evite espremer ou cutucar as espinhas, pois isso pode piorar a situação e causar infecções. A Dra. Tatiane explica: “Além de não sair secreção, a espinha vai se tornar mais inflamada e pode inclusive haver formação de cicatrizes”.
- Aplique compressas frias ou quentes sobre as espinhas para aliviar a dor e reduzir o inchaço.
- Você também pode usar produtos tópicos que contenham ácido salicílico, peróxido de benzoíla ou enxofre, que ajudam a secar as espinhas e a desobstruir os poros.
Veja também: Esfoliante de banana, como fazer? Principais benefícios para pele
Você gostou dessa matéria? Então você também vai gostar dessa: Espinhas: principais causas do problema e como tratá-las
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia, Derma Club, Mulher, Loreal, Sallve
Referências bibliográficas: DOS SANTOS, Kassia Pereira; DE QUADROS FERREIRA, Daniele. Terapias utilizadas no tratamento de cicatriz de acne. Revista Mato-grossense de Saúde, v. 1, n. 1, p. 30-45, 2023.