Michael Jackson: biografia, carreira e polêmicas do Rei do Pop

Saiba detalhes sobre a vida e carreira do rei do pop: Michael Jackson, um verdadeiro ícone que revolucionou a indústria da música.

Michael Jackson foi, sem dúvida, um dos maiores nomes da música de todos os tempos. Com performances de tirar o fôlego e uma voz inconfundível, ele deixou um legado imenso na cultura pop. Quem nunca se pegou tentando fazer o moonwalk, aquele passo icônico que só ele conseguia fazer com tanta maestria e desenvoltura?

Mas, apesar do sucesso estrondoso, a vida pessoal de Michael também foi marcada por muitas polêmicas. As acusações de pedofilia, que surgiram nos anos 90 e nos anos 2000, dividiram opiniões e impactaram fortemente sua imagem pública. Apesar de ter sido inocentado em um dos casos, o assunto sempre gerou controvérsia e até hoje é motivo de discussão.

E aí, vamos saber um pouco mais sobre ele? Boa leitura!

Biografia de Michael Jackson

Infância e juventude

O eterno Rei do Pop, título carinhosamente dado por Elizabeth Taylor, teve uma infância e juventude totalmente imersas no universo música. Michael Jackson nasceu em Gary, Indiana, nos Estados Unidos, em 1958. Sua família era de origem bem humilde, e a casa onde ele cresceu, com apenas dois quartos, abrigava seus pais, Katherine e Joseph Jackson, e seus oito irmãos. Michael foi o sétimo filho do casal.

A infância dele, embora cheia de talento e sucesso, foi marcada por dificuldades. Em várias entrevistas, Michael revelou que cresceu de forma muito triste e solitária, e que a relação com o pai era bastante complicada.

Durante uma conversa com Oprah Winfrey, em 1993, ele contou que o pai, Joe Jackson, era extremamente rígido e, por muitas vezes, abusivo. O medo era tão grande que Michael chegava a vomitar de nervosismo quando o via. Essa situação, com certeza, marcou muito a juventude do cantor.

Joe Jackson, que gerenciava a carreira dos filhos, não permitia que Michael o chamasse de pai, apenas de “Joe”. Esse ambiente familiar difícil, marcado por uma disciplina severa e ausência de carinho, acabou deixando marcas profundas na vida pessoal do cantor. Mesmo assim, a paixão de Michael pela música se sobrepôs a todas essas dificuldades, e ele se tornou um dos maiores artistas de todos os tempos.

Vida adulta

A vida adulta de Michael foi marcada por muitas polêmicas, mas também por grandes conquistas. Um de seus relacionamentos mais comentados foi com Lisa Marie Presley, filha de Elvis Presley. Eles se casaram em 1994, mas o casamento durou pouco tempo, já que os dois decidiram terminar dois anos depois.

Em 1996, ele subiu ao altar novamente, desta vez com Debbie Rowe, uma enfermeira de uma clínica dermatológica que ele frequentava. Dessa união nasceram dois filhos: Prince Michael Jackson e Paris Michael Katherine Jackson. No entanto, o casal se separou em 1999.

Michael Jackson: biografia, carreira e polêmicas do Rei do Pop
Foto: Metrópoles

Em 2002, Michael teve um terceiro filho, Prince Michael Jackson II, conhecido como “Blanket”. A identidade da mãe foi mantida em segredo, pois ele foi concebido por meio de inseminação artificial, atendendo ao desejo do artista de expandir sua família de uma maneira discreta e com um teor pessoal.

Morte de Michael Jackson

A morte do Rei do Pop, Michael Jackson, foi atribuída a uma overdose de medicamentos administrados pelo seu médico pessoal, Conrad Murray, que foi condenado por homicídio culposo e por isso cumpriu dois anos de prisão.

Durante os preparativos para a turnê This Is It, em 2009, Michael demonstrava sinais evidentes de ansiedade, o que o levou a depender de remédios para tentar aliviar esse desconforto.

Infelizmente, o que parecia ser uma solução temporária acabou se tornando fatal. A combinação de medicamentos, incluindo o poderoso anestésico propofol, acabou sendo letal. Na época, o caso gerou grande comoção mundial.

Carreira de Michael Jackson

Influências artísticas

Que Michael Jackson inspirou muitos artistas, isso todo mundo já sabe. Mas o que talvez passe despercebido é quem inspirou o próprio Rei do Pop. Um dos nomes que mais influenciaram seu estilo e performance foi o lendário James Brown.

Michael cresceu assistindo James Brown na TV e ficou fascinado pela energia e carisma dele no palco. Ele admirava tanto o artista que, ainda criança, ficava bravo com os cinegrafistas quando mudavam o foco da câmera bem na hora em que James estava arrasando na dança.

Para Michael, assistir àqueles passos era uma verdadeira aula. Mais tarde, ele incorporou muito da performance explosiva de Brown em seu próprio estilo e identidade, criando a base do que se tornaria a inconfundível marca do Rei do Pop.

Jackson 5

Tanto o pai quanto a mãe de Michael Jackson tinham uma ligação forte com a música. Apesar das origens humildes, a mãe, Katherine, tocava piano na igreja, enquanto o pai, Joe Jackson, se arriscava na guitarra e chegou a ser empresário de uma pequena banda chamada The Falcons. O talento musical parecia correr nas veias da família, e logo Michael se interessou por esse universo.

Sua primeira aparição na TV foi em 1964, com o grupo de irmãos, os Jackson Five. O grupo conquistou o público rapidamente e, antes do final dos anos 60, já havia assinado contrato com a importante gravadora Motown Records. Michael, o mais novo dos irmãos, era também o vocalista principal, e juntos eles se tornaram um fenômeno na indústria da música.

Os Jackson Five gravaram 15 álbuns e emplacaram hits como I Want You Back, ABC e I’ll Be There, marcando o início de uma carreira brilhante.

Por fim, em 1975, um dos irmãos, Jermaine Jackson, decidiu seguir carreira solo, o que levou o grupo a se reestruturar e mudar o nome para The Jacksons. Mesmo com a saída de Jermaine, o sucesso continuou. A nova formação trouxe hits como Enjoy Yourself e Can You Feel It, mostrando que a família Jackson ainda tinha muito a oferecer para o cenário musical.

Carreira solo

Fim dos The Jacksons

Em 1979, Michael Jackson deu um passo importante na carreira ao realizar alguns trabalhos sem o The Jacksons, no qual cantava com seus irmãos. Agora, focado na trajetória solo, ele lançou o álbum Off the Wall, que foi um verdadeiro fenômeno.

Michael Jackson: biografia, carreira e polêmicas do Rei do Pop
Foto: Divulgação

Com um som que misturava pop, funk e soul, o disco caiu no gosto do público e da crítica, vendendo mais de 7 milhões de cópias só nos Estados Unidos e trazendo hits como Don’t Stop ’Til You Get Enough e Rock with You.

Sucesso com o Álbum Thriller

Pouco tempo depois, em 1982, o sucesso de Michael Jackson explodiu de vez com o lançamento do álbum Thriller. Esse disco se tornou um marco na história da música e até hoje é considerado uma verdadeira obra-prima. Com mais de 66 milhões de cópias vendidas ao redor do mundo, ele conquistou o título de álbum mais vendido de todos os tempos.

Os clipes de Billie Jean e Thriller também marcaram época, sendo dois dos videoclipes mais icônicos e revolucionários já exibidos pela MTV. Eles ajudaram a moldar o conceito de videoclipe como conhecemos hoje, com coreografias marcantes e produções cinematográficas que elevaram o padrão da indústria.

Seguindo o embalo, em 1987, Michael lançou o álbum Bad, que repetiu o sucesso, vendendo mais de 25 milhões de cópias. O disco trouxe hits como Smooth Criminal e Man in the Mirror e, claro, videoclipes impressionantes, que já eram uma marca registrada dele.

Em 1988, Michael resolveu sair um pouco do universo musical e lançou seu primeiro livro autobiográfico, Moonwalk. No livro, ele compartilhou suas experiências de vida, desde a infância difícil até o auge da carreira, oferecendo um vislumbre mais pessoal do homem por trás do mito.

Outros álbuns

O sucesso de Michael Jackson parecia não ter fim mesmo. Em 1991, ele lançou mais um álbum icônico, o Dangerous. A música de maior destaque foi Black or White, que se tornou um fenômeno global, vendendo quase 30 milhões de cópias.

Logo depois, veio o HIStory: Past, Present and Future, Book I, uma mistura de grandes sucessos e novas músicas. Nesse projeto, o Rei do Pop fez algo muito especial: ele veio ao Brasil e gravou o clipe de They Don’t Care About Us em Salvador e no Rio de Janeiro.

Diante disso, as filmagens nas ruas do Pelourinho e nas comunidades cariocas chamaram atenção do mundo todo, mostrando a conexão do cantor com questões sociais e culturais de diferentes partes do planeta e como isso fazia dele uma figura ilustre na indústria da música.

Declínio na carreira

Em 2001, mesmo diante da recepção morna ao seu trabalho, ele não se deixou abalar e lançou o álbum Invincible. Apesar de não ter sido um sucesso estrondoso como seus lançamentos anteriores, o disco trouxe algumas pérolas e mostrou que ele ainda tinha muito a oferecer ao público.

Anos depois, em 2008, veio o Thriller 25, uma edição especial que celebrava os 25 anos do icônico álbum Thriller, que revolucionou a música pop. A versão comemorativa trouxe novas versões das faixas clássicas, colaborações com artistas da nova geração e ajudou a relembrar o impacto gigantesco que Michael Jackson teve na indústria musical.

A última turnê

Em uma tentativa de reconquistar o carinho do público, Michael Jackson planejou uma turnê grandiosa que marcaria seu retorno aos palcos em 2009, em Londres. Batizada de This Is It, a turnê contaria com cerca de 50 shows, prometendo ser um verdadeiro espetáculo, com toda a energia e perfeccionismo característicos do artista.

Infelizmente, a turnê nunca aconteceu. Michael faleceu em 25 de junho de 2009, poucos dias antes do primeiro show, devido a uma overdose acidental de medicamentos.

Demais trabalhos de Michael Jackson

Além de ser um cantor incrível, que vendeu mais de 1 bilhão de álbuns ao longo de sua carreira, ele também se aventurou no mundo da literatura, lançando sua autobiografia Moonwalker.

No livro, ele compartilha memórias pessoais e detalhes dos bastidores da vida no showbiz, oferecendo um olhar íntimo sobre sua trajetória e as dificuldades que enfrentou.

Também, vale lembrar que ele idealizou várias turnês bem importantes antes de sua morte, como a HIStory World Tour, que passou por 57 cidades em 35 países e foi um verdadeiro espetáculo para os fãs ao redor do mundo.

Legado

Michael Jackson foi um artista que deixou uma marca profunda na música e na cultura pop. Além das produções inovadoras e dos sucessos que embalaram gerações, o Rei do Pop surpreendeu o mundo com o icônico passo de dança chamado moonwalk.

Tudo aconteceu em 1983, durante a comemoração dos 25 anos da gravadora Motown. Michael ainda se apresentava ao lado dos irmãos, mas foi ao subir sozinho ao palco para cantar o sucesso Billie Jean que ele realmente roubou a cena.

Diante da cena, a plateia ficou boquiaberta quando ele deslizou para trás de uma forma que parecia desafiar a gravidade, criando uma ilusão de ótica única. O moonwalk, como ficou conhecido, se tornou uma de suas marcas registradas, sendo incorporada em inúmeros shows e se tornando símbolo de seu estilo inconfundível.

Além das inovações nos palcos, Michael foi um verdadeiro divisor de águas na indústria musical, especialmente no que se refere à aceitação de artistas negros na mídia. Ele foi o primeiro artista afro-americano a ter videoclipes exibidos na MTV, quebrando barreiras e abrindo portas para futuras gerações de artistas.

Tendo isso em vista, o seu impacto foi especialmente forte entre o público jovem, que se identificava com suas músicas e seu jeito revolucionário de ser.

Polêmicas envolvendo Michael Jackson

Modificações na aparência

Quando o assunto era cirurgia plástica, o cantor nunca fez questão de esconder os procedimentos pelos quais passou. Uma das intervenções mais conhecidas foi no nariz, justificando que isso o ajudaria a alcançar notas musicais ainda mais altas, além de ajudar a respirar melhor.

Ao longo da carreira, ele construiu um visual bastante excêntrico, o que fez com que sua aparência mudasse radicalmente com o tempo.

Além disso, é impossível não mencionar a mudança na cor da pele. Originalmente negro, ele afirmou que, após ser diagnosticado com vitiligo, uma doença que causa a perda de pigmentação da pele, sua cor mudou. Essa transformação gerou muita especulação, mas ele sempre manteve a versão de que a mudança era resultado da condição médica.

Supostos casos de pedofilia e abusos sexuais

Michael Jackson foi acusado de pedofilia pela primeira vez em 1993. Um menino de apenas 13 anos, cujo nome era Jordier Chandler, foi o responsável por trazer a tona a acusação. Como uma forma de evitar atenção da mídia, o cantor fez um acordo de 20 milhões de dólares com a família do garoto para que o caso fosse, de fato, encerrado.

Nos anos 2000, quando novas acusações vieram à tona, Michael Jackson chegou a ser julgado. O julgamento durou cinco meses, com muita atenção da mídia, até o final de maio de 2005. Durante o julgamento, o cantor novamente sofreu de estresse e grave perda de peso, que viria a alterar ainda mais a sua aparência. Em junho, Jackson foi absolvido de todas as acusações, por falta de provas

Conflitos com a indústria musical

Michael Jackson teve um dos maiores conflitos da sua carreira com a indústria musical devido a questões raciais. Ele acreditava que artistas negros, como ele, não recebiam o mesmo tratamento e oportunidades que os artistas brancos.

A situação piorou quando ele acusou abertamente a Sony de racismo, alegando que a gravadora não havia promovido seu álbum Invincible de forma adequada. Segundo Michael, a empresa não só falhou em apoiar seu trabalho, como também adotava uma postura manipuladora com relação a outros cantores negros.

Outro episódio bem polêmico envolveu a música What More Can I Give, gravada em parceria com Mariah Carey e Ricky Martin. A faixa, que tinha o objetivo de arrecadar fundos para as famílias das vítimas dos ataques de 11 de setembro de 2001, nunca foi lançada pela Sony.

Portanto, Michael considerou a decisão da gravadora um bloqueio injusto a um projeto beneficente de grande importância, o que alimentou ainda mais suas críticas à empresa.

Teorias sobre a morte de Michael Jackson

Uma das teorias que cercam a morte do Rei do Pop envolve uma dívida que girava em torno de U$ 500 milhões. A ideia é que, após sua morte, ele poderia resgatar uma parte desse montante, cerca de 80 milhões de dólares. Com essa estratégia, sua morte chamaria atenção e geraria mais dinheiro, permitindo que, com o tempo, ele arrecadasse o suficiente para quitar o restante da dívida.

Outra teoria, um tanto mais polêmica, sugere uma conexão política. Algumas pessoas acreditam que Michael foi assassinado por Mahmoud Ahmadinejad, o ex-presidente do Irã. A justificativa seria que isso ajudaria a abafar uma crise política que estava se formando no país.

E não para por aí! Tem também uma teoria bem bizarra que diz que Michael já estaria morto e que, na verdade, ele seria substituído por dublês em suas aparições, até mesmo durante a turnê. Essa ideia parece saída de um filme de ficção científica, mas sempre gera debates entre os fãs.

E aí, o que achou de saber um pouco mais sobre a vida do Rei do Pop? Conta pra gente! Aproveite e leia também: Lana del Rey: conheça a vida e carreira da cantora

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