Ícone da moda nas décadas de 60 e 70, Jane Birkin continua sendo uma das musas mais aclamadas do mundo da moda. Cujo estilo único, marcou sua geração, servindo de inspirações para estilistas e designers. Por exemplo, o icônico vestido curtíssimo criado por Paco Rabane exclusivamente para ela e a bolsa mundialmente famosa com o seu nome criada pela Hermés.
Ademais, Jane Birkin possui uma longa carreira, ela é uma cantora, atriz, compositora, diretora e ex-modelo inglesa. Além disso, foi casada com o cantor francês, Serge Gainsbourg, com quem manteve uma parceria musical. Também teve uma produtiva carreira como atriz no cinema britânico e francês.
Atualmente, aos 74 anos, Jane ainda é um ícone de estilo e muito charme. Que dedica sua vida a trabalhos filantrópicos e à caridade, trabalhando junto à Anistia Internacional em questões humanitárias. Além de doar para instituições de caridade, seus royalties anuais da Bolsa Birkink, aproximadamente 50 mil dólares por ano.
Jane Birkin: quem é
Jane Birkin nasceu em 14 de dezembro de 1946, em Londres. Em suma, é filha da atriz inglesa Judy Campbell e David Birkin, tenente-comandante e espião da Marinha Real. Ademais, iniciou sua carreira como atriz na década de 1960, aos 17 anos. Quando fez breves aparições em alguns filmes.
Foi somente em 1969, que Jane conseguiu um papel de protagonista no filme francês Slogan, dirigido por Pierre Grimblat. A partir de então, sua carreira decolou, e Jane Birkin participou de inúmeros outros filmes. Dessa forma, ficou conhecida como a musa inglesa dos franceses.
Além disso, foi durante as gravações de Slogan, que Jane conheceu o cantor, compositor e ator Serge Gainsbourg, com quem foi casada por 13 anos. Juntos, formaram uma parceria de sucesso, onde lançaram um álbum chamado “Jane Birkin/Serge Gainsbourg”.
Por fim, no ano de 1976, Jane participou do filme Paixão Selvagem (Je t’aime moi non plus), dirigido por Serge Gainsbourg. Inclusive, a música tema do filme “Je t’aime… moi non plus”, composta por Sarge, cantada pelo casal, é uma das músicas francesas mais conhecidas no mundo.
No entanto, quando foi lançada em 1969, a canção com temática sensual explícita foi censurada em diversos países, o que só despertou a curiosidade de todos.
Enfim, seu charme, seu famoso estilo Haute-Hippie e sua atitude espontânea, além de sua incrível beleza fizeram com que rapidamente se tornasse em um ícone da moda.
Vida pessoal
Em 1980, Jane Birkin e Sarge Gainsbourg se separaram, e em 1991, Sarge morreu após um ataque cardíaco. Juntos, Jane e Sarge tiveram uma filha, Charlotte Gainsbourg, nascida em 1971.
Além disso, Jane teve uma filha antes de se casar com Sarge, Kate Barry, nascida em 1967, filha do compositor britânico John Barry, falecido em 2011. No entanto, em 2013, Kate morreu ao cair da janela do seu apartamento.
Após se separar de Sarge, Jane Birkin iniciou um relacionamento com o diretor de cinema, JaCques Doillon, com quem teve sua terceira filha, Lou Doillon, nascida em 1982.
Com a morte de Sarge (1981) e de seu pai David Birkin (1991), Jane se afastou da vida pública e começou a se dedicar às causas humanitárias. Contudo, em 1998, regressa e lança seu primeiro disco sem Sarge.
Desde então, Jane segue carreira solo como atriz e cantora. Dessa forma, em 2016, estrelou o curta-metragem francês, La Femme et le TGV. Que recebeu indicação ao Oscar.
Jane Birkin e a marca francesa Hermés
Ao contrário de uma bolsa convencional, Jane Birkin era reconhecida por usar uma cesta de palha onde quer que fosse. E foi em um voo curto entre Paris e Londres, em 1981, que Jane conheceu Jean-Louis Dumas, executivo da Hermés.
Em suma, Jane colocou sua famosa cesta de palha no compartimento de bagagem de mão. No entanto, por estar mal fechada, a tampa se abriu, e todo o conteúdo da cesta caiu pelo chão e assentos à sua volta. Então, Dumas que estava ao seu lado, ajudou a recolher seus objetos.
Foi quando Jane reclamou que não conseguia encontrar uma bolsa de fim de semana de couro do seu gosto. Dessa forma, 3 anos depois, um protótipo de bolsa feminina inspirado em Jane foi desenvolvido e apresentado a artista.
Em suma, a bolsa era de couro flexível, feita na França por um artesão altamente qualificado. Dessa forma, a bolsa foi elaborada especificamente para proporcionar espaço interno amplo. Ou seja, ideal para mulheres que gostam de bolsas práticas e que caibam tudo que precisam.
Enfim, a bolsa recebeu seu nome, o modelo Birkin da Hermés. Sendo que, o modelo Birkin possui uma variedade de tamanhos, tipos de couros, peles exóticas, partes metálicas e cores exclusivas. Que se tornou a bolsa de couro, um ícone da moda, mais desejada do planeta.
Birkin e Hermés
Desde sua criação, Jane Birkin sempre carrega consigo um modelo Birkin. No entanto, ela gosta de personalizar suas bolsas com seu estilo único, colocando penduricalhos, miçangas, adesivos de protesto, entre outras bugigangas. Fazendo com que seu modelo seja exclusivo.
Contudo, em 2015, Jane teve um pequeno desentendimento com a marca francesa, relacionado à forma como os jacarés e crocodilos eram criados. Cujos couros eram utilizados nas bolsas Birkin. Então, Jane pediu que retirassem seu nome da bolsa. Mas, a Hermés tomou medidas para satisfazer as exigências da artista, de forma que pudesse continuar usando seu nome.
Jane Birkin: atualmente
Recentemente, Jane Birkin sofreu um leve AVC (acidente vascular celebral). Todavia, de acordo com sua família, a artista passa bem. Portanto, teve que cancelar sua participação em dois festivais de cinema na França.
Inclusive, nesses eventos, Jane iria lançar um documentário sobre sua vida, chamado “Jane par Charlotte”. Sendo que, as gravações aconteceram na região da Bretanha. Cuja direção é de sua filha Charlotte Gainsbourg.
Em suma, Charlotte teve a ideia de fazer um documentário sobre sua mãe. Basicamente, era uma tentativa de se reaproximar da mãe, com quem não se relacionava muito bem. Dessa forma, o documentário fala sobre a vida da artista, sobre beleza, envelhecimento, sobre a tragédia que viveu com a morte de sua filha mais velha.
Mas, principalmente sobre o relacionamento entre elas. Por isso, Jane achou muito importante que elas tivessem feito esse documentário juntas. Enfim, o documentário é, no fundo uma declaração de amor de Charlotte à sua mãe Jane Birkin.
A eterna musa da moda
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