No último ano, empoderamento feminino foi um dos termos mais procurados em sites de pesquisas. Palavras-chaves como feminismo, empoderamento, girl power e empoderamento feminino, tiveram um aumento de 160% de interesse. De acordo com o Google Trends, ferramenta que indica a frequência em que um termo é procurado na plataforma.
Avançamos em ciência e tecnologia. Discutimos bastante sobre o papel da mulher na sociedade, entretanto, ainda vivemos em um mundo patriarcal. O que significa que a mulher sempre ocupou um lugar de cuidadora, sendo vista apenas como mãe, esposa e dona de casa.
A exemplo disso é a conquista do direito do voto feminino. Algo simplório para os dias de hoje. Mas à época, um marco para as mulheres. Uma das primeiras manifestações de inserção real da mulher como agente modificador na sociedade.
Certamente, hoje, debates sobre o lugar da mulher na sociedade contemporânea são frequentes. Apesar disso, ainda temos muitos resquícios dessa herança patriarcal. Por isso, é de extrema importância que o empoderamento feminino esteja incluso em agendas públicas a nível mundial.
Você com certeza já deve ter ouvido falar em empoderamento feminino, não é? Mas você sabe o que é?
Empoderamento feminino: História de luta e revolução
O termo empoderamento (empowerment) teve sua origem nos Estados Unidos durante os movimentos de direitos civis, ocorridos nos anos 60. Os movimentos que tinham vários aspectos, causaram impacto em níveis internacionais e foram liderados por mulheres feministas no campo do desenvolvimento e dos movimentos sociais, ocorridos em meados dos anos 70.
Ainda na década de 70, o conceito de empoderamento foi inserido em agendas políticas, sobretudo na América Latina. O princípio era analisar a conexão entre feminismo e empoderamento. Além de elucidar as preocupações sobre o conceito de emancipação das mulheres. As discussões sobre empoderamento se pautavam entre o individual e o coletivo. Apesar de ser entendido como um processo pessoal, mas, o qual pode ter influência do meio.
Ademais, o objetivo de promover essa equidade de gênero e ampliar o alcance do empoderamento, gerou a necessidade de discutir o termo em campos de desenvolvimento. E foi, em meados de 1980, que o conceito de Empoderamento se integrou ao Movimento Social de Mulheres, surgido em todo o mundo, com enfoque particular entre as feministas do chamado Terceiro Mundo.
O Empoderamento – Uma nova concepção de poder
A mudança desses paradigmas tiveram enfoque a partir dos anos 90, com mulheres assumindo papéis de provedoras e chefes de família. Neste sentido, a publicidade se volta para a mulher, quando a decisão de compra sai de um núcleo masculino e se volta para a mulher. Essa diminuição de hierarquia conjugal começa a ser concretizada no final do século XX.
Como resultado disso, o cenário nas famílias brasileiras começam a mudar. A propósito, de acordo com dados do IBGE (2015), as mulheres brasileiras, não só estão tendo filhos mais tarde, como são responsáveis por 87% das famílias. Por isso, lares chefiados por mulheres aumentaram em 67%, no período de 2010 a 2014.
Portanto, com uma participação mais ativa, o empoderamento feminino se torna alvo de discussões em todos os canais de comunicação.
O momento é de entender o papel da mulher – seja ele qual ela quiser, na sociedade contemporânea.
Empoderamento e reconhecimento das mulheres
O empoderamento está intimamente ligado ao reconhecimento das mulheres, esse é um dos seus maiores princípios, uma luta para reconhecer a equidade de gêneros e enxergar a mulher como agente, parte da sociedade, que pode atuar em qualquer área, expressar suas opiniões e decidir qual caminho seguir.
O reconhecimento visa também a busca pela liberdade concedido ao homem, como a escolha de ter ou não filhos, casar ou não, se envolver politicamente ou não.
Discutir o empoderamento feminino é estar sempre desafiando a ideologia patriarcal e o machismo. É instigar, informar e acolher as mulheres, de modo que possam buscar recursos materiais para se empoderar, reconhecer seus lugares na sociedade e em muitos casos, transformar uma condição precária, pautada no isolamento, na agressão e abuso.
E antes de tudo, reconhecer que a desigualdade de gênero não está presente apenas em relações interpessoais, mas sim, enraizado em uma consistência social.
Que tal saber um pouco mais sobre como a mulher pode se empoderar, praticar a sororidade com outras mulheres e buscar sua emancipação? Um dos caminhos é o Empreendedorismo Feminino, leia e se inspire.
Fontes: Sof Nossa Causa Nossa Ciência Periodicos
Imagens: Super Interessante, Patria Latina, The New York, A Better Balance.