A acupuntura é uma técnica provinda da medicina tradicional chinesa utilizada há milênios. De forma que seja torne possível estimular terminações nervosas do corpo, se inserem finas agulhas na camada superior da pele. Dentre seus milhares de benefícios na promoção da saúde e tratamento de doenças, todavia, a acupuntura na gravidez pode ser uma ótima pedida.
No geral, a técnica busca acionar pontos do corpo que liberem hormônios e substâncias importantes para tratar dores e doenças. Como se o corpo fosse uma estrada congestionada, por exemplo, a acupuntura surge para liberar o trânsito e fazer tudo funcionar. Nesse sentido, a acupuntura na gravidez ajuda a diminuir as dores e o inchaço nas pernas, bem como a dor nas costas durante a gestação. Depois do parto, o método pode continuar sendo utilizado, auxiliando a melhorar a má postura na hora de amamentar.
Existem ainda outros vários benefícios de introduzir a acupuntura na gravidez. Confira abaixo tudo que você precisa saber sobre o uso da técnica durante a gestação, bem como possíveis contraindicações e outras curiosidades.
Benefícios da acupuntura na gravidez
Antes de mais nada, é essencial manter em mente que a técnica deve ser realizada com um profissional que tenha experiência com gestantes. Além disso, conversar com seu obstetra também é importante, de forma que o médico dê o aval da prática. Após liberada, é só aproveitar os benefícios da acupuntura, que certamente tornam certos incômodos da gravidez muito mais agradáveis.
1 – Benefícios da acupuntura na gravidez gerais
No geral, a acupuntura na gravidez pode ajudar com:
- Enjoo
- Ameaça de aborto
- Salivação excessiva
- Edema
- Tensão muscular
- Ansiedade
- Nervosismo
- Circulação útero-placenta
- Fetos com peso abaixo do ideal
- Harmonia da relação da mãe e seu bebê
- Aceleração do parto
- Contrações regulares
- Promoção da expulsão da placenta
- Produção de leite materno
2 – Acupuntura durante a gestação
A técnica já pode iniciar sua aplicação logo no início da gestação, quando as gestantes sofrem descolamentos de placenta mínimos. Já nesse momento, a acupuntura auxilia a impedir a progressão do problema, que pode até mesmo resultar em aborto instantâneo. Certos desconfortos comuns também já se tratam nessa fase, como enjoos, oscilações emocionais, inchaço, dores no corpo, mudanças no sono e até mesmo funcionamento do intestino.
3 – Sem tratamento medicamentoso
Por ser uma tradição milenar, a acupuntura se utiliza da energização do próprio organismo, sem precisar de subsídios artificiais. Assim, certos medicamentos não precisam ser utilizados quando se insere a técnica no período da gestação. Certos incômodos como inflamação na garganta, por exemplo, se beneficiam com a cura das agulhas.
Da mesma forma, a acupuntura na gravidez ajuda a combater os enjoos e vômitos do início da gravidez, além de acomodar o bebê para um parto normal. Nesse sentido, as agulhas incentivam e acalmam as contrações uterinas, essenciais para acertar a posição do bebê na hora do parto.
4 – Sem bebê sentado ou na transversal
Ainda sobre a posição do bebê na hora do parto normal, muitas mães ficam inseguras ao ter seus bebês sentados ou na transversal dentro da barriga. A acupuntura, nesse caso, pode reverter a situação. Certas técnicas específicas ajudam na hora do encaixe, aumentando a movimentação fetal. Nesse sentido, além das agulhas, também se utiliza a moxabustão, outra técnica da medicina chinesa. Nela, é utilizado um bastão de artemísia para estimular os pontos de acupuntura, mas por meio do calor.
5 – Recém-nascido tranquilo
A acupuntura faz com que os bebês nasçam tranquilos e tenha noites de sono mais tranquilas ainda. Além disso, existem ainda relatos da redução de cólica nos bebês. Você sabia que até eles podem fazer acupuntura? Existem especialistas na técnica em recém-nascidos.
6 – Trabalho de parto mais fácil
Ninguém deseja passar por um trabalho de parto lento, sem contrações ritmadas ou pouca dilatação. Nesse caso, a acupuntura funciona como um último estímulo, o “empurrãozinho” necessário para o corpo trabalhar. Além disso, ela também beneficia o início do trabalho de parto, amadurecendo o colo do útero e induzindo o início das contrações. Existe ainda um ponto importante: nesse caso, não é preciso fazer indução medicamentosa.
7 – Acupuntura na ansiedade
Certos problemas emocionais, como a ansiedade e a depressão, podem ser diminuídos com a acupuntura. Um estudo da Universidade Southern Medical, da China, reflete sobre a maior eficácia da técnica do que de tratamentos com antidepressivos orais, por exemplo. Além disso, ela ainda produz menos efeitos colaterais. Por ser um método seguro, mulheres que sofrem de ansiedade se beneficiam muito mais da acupuntura na fase da gestação, já que ela substitui ansiolíticos, que podem ser prejudiciais para o bebê.
8 – Amamentação e acupuntura
Seja como for, a acupuntura auxilia em um processo da amamentação muito mais tranquilo. Certos motivos fazem mulheres enfrentar dificuldades na hora de amamentar, como cansaço, nervosismo, ansiedade e privação de sono. Tudo isso afeta a produção de leite, e com a acupuntura em cena, tais sintomas podem ser evitados, e assim, impedidos de atrapalhar o momento. Além disso, a acupuntura pode até mesmo tratar mastites.
Cuidados com a acupuntura
Por fim, apesar de não existirem relatos de complicações relacionadas à técnica da acupuntura durante ou após o parto, ainda é preciso fazê-la com cuidado. As estimulações feitas devem ser suaves, além do menor número de pontos precisar ser selecionado, de acordo com o que a paciente pede.
Inclusive, determinados pontos não devem ser utilizados de forma alguma, já que provocam contrações uterinas indesejadas, o que resulta em nascimento prematuro ou até mesmo aborto. Além disso, não se deve ultrapassar o tempo de 30 minutos de agulhamento.
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Fontes: Infanti, Bebê, Clinic Care, NCBI
Imagens: Clinic Care, Vittude, Revista Crescer, Revista Crescer, Laboratório Citocenter, Wagner Hernandez, Grão de Gente, G1 Ciência e Saúde, WeMystic, Jornal Perspectiva