A Cólica menstrual, ou dismenorreia para algumas pessoas, acomete cerca de 75% das mulheres em idade fértil. Em síntese, é uma dor pélvica, provocada pela liberação de prostaglandina no útero.
De acordo com estudos, a dismenorreia pode ser classificada como primária ou secundária. A primária é quando a causa é o aumento na produção de prostaglandina pelo endométrio.
Antes de mais nada, podemos dizer que há o 3 tipos de prostaglandinas. Os tipos 1 e 3 aliviam a dor. Entretanto, o tipo de 2 causa a contração do útero e aumenta a dor. Então quanto mais deste tipo de prostaglandina o organismo produzir, maior será a dor. Ela também pode atingir o intestino, tendo como resultado a dor de barriga e/ou diarreia.
Nesse sentido, a secundária é quando resulta de alterações patológicas no aparelho reprodutivo, como por exemplo a endometriose, infecções, fibroides, cistos ovarianos, DIU e até mesmo passagem cervical muito estreita ou útero retrovertido.
Da mesma forma, esses dois últimos são apenas variações do corpo humano, que podem fazer com exista uma dificuldade de eliminar o fluxo e como resultado o útero produz prostaglandina do tipo 2, causando dor.
Em contrapartida, quando existem dores pélvicas por exemplo, que são condições mais difíceis a dor é mais intensa. Muitas vezes ela é impossibilitante e dura todo o ciclo menstrual. Dessa forma, é fundamental buscar diagnóstico e auxílio médico.
Sintomas das cólicas menstruais
As dores costumam ser mais intensas no primeiro dia da menstruação. É uma dor no baixo ventre,de forte a moderada, que pode ser propagar para as costas e pernas. Normalmente, ela é aguda e inconstante, às vezes limitante. Em 50% dos casos, essa dor não vem sozinha. Frequentemente, ela vem acompanhada de:
- Náuseas;
- Vômito;
- Dores de cabeça;
- Diarreia;
- Tontura;
- Desmaio.
Procure um médico
Se as cólicas forem tão dolorosas que não são aliviadas por um analgésico comum e se ás vezes elas afetarem a capacidade de trabalhar, estudar ou fazer qualquer outra atividade cotidiana, é melhor conversar com um profissional de saúde imediatamente.
Se a mulher perceber alguns desses sinais de alerta, também deve procurar um médico:
- Dor intensa que surgiu repentinamente ou é nova;
- Dor contínua;
- Febre;
- Corrimento vaginal purulento;
- Dor aguda que piora quando o abdômen é tocado levemente ou até mesmo com um movimento mínimo.
Dessa forma, para grande parte das mulheres, os exames para diagnosticar a causa da dor são um exame de gravidez, exame médico e ultrassonografia.
Dicas para aliviar a cólica menstrual
1- Bolsa de água quente
A dica é antes de mais nada, encontrar uma posição confortável e aplicar uma fonte de calor na região do ventre. Podendo ser uma bolsa de água, uma toalha molhada ou até bolsinhas secas com sementes. Entretanto, se a dor irradia para a coluna lombar, o truque é utilizar uma fonte de calor também nas costas.
2- Aplicar pressão
Massagear o ventre e a parte inferior das costas com a ponta dos dedos pode ajudar no alívio das cólicas. Da mesma forma, a Yoga tem várias posições indicadas para as cólicas menstruais. Ao mesmo tempo, outro tratamento comprovado é a utilização de estimulação nervosa transcutânea (TENS), que consiste em um pequeno aparelho que fornece corrente elétrica de baixa voltagem à pele. Ele aumenta o limiar de dor e estimula a liberação de endorfinas naturais do corpo.
3- Descansar ajuda
Nesses momentos, a mulher se sente pesada e cansada, então se puder tirar um tempo para descansar e relaxar o corpo, pode ajudar no alívio da cólica menstrual.
4- Chás para relaxar
Consumir chás com propriedades tranquilizantes, como camomila e erva-doce podem ajudar. Por serem bebidas quentinhas e relaxantes.
5- Praticar exercícios físicos
A prática de exercícios físicos estimulam a liberação de endorfina, que funciona como analgésico natural. Da mesma forma, o exercício aumenta o fluxo sanguíneo aliviando a cólica menstrual.
6- Uso de anti-inflamatórios
Medicamentos anti inflamatórios podem aliviar a dor em casos de cólicas simples. Remédios que contenham ibuprofeno, inibem a produção de prostaglandinas e reduzem a inflamação.
Algumas mulheres utilizam contraceptivos hormonais, como a pílula anticoncepcional ou o DIU hormonal, e nesse sentido, os hormônios sintéticos bloqueiam a ovulação e/ou previnem o aumento e a descamação típicos da parede uterina. Ao passo que isso reduz ou elimina o acúmulo de prostaglandinas, contrações musculares e cólica menstrual.
Existem alimentos que contém propriedades anti-inflamatórias e podem aliviar a longo prazo as cólicas menstruais. Amêndoas, castanhas, espinafre, couve, agrião, linhaça, sementes de abóbora, sementes de girassol, chia, gergelim, melão e sardinhas são boas pedidas. Assim como, temperos como cúrcuma ou açafrão.
7- Reduzir o estresse
Da mesma forma, a alta liberação de cortisol durante períodos de estresse afeta muito o equilíbrio hormonal. Portanto, diminuí-los tende a melhorar a cólica menstrual.
8- Menos ingestão de gorduras
A ingestão de alimentos muito gordurosos pode retardar o trânsito abdominal ou provocar fermentação no estômago, nesse sentido isso intensifica as cólicas menstruais. Por isso, ingerir mais legumes e verduras pode ajudar a reduzir a intensidade e a duração da cólica menstrual.
9- Beber água
Ao contrário do que parece, beber bastante água pode ajudar no controle da cólica menstrual.
10- Sexo pode ajudar
Existem estudos, que comprovam que o sexo e a masturbação liberam endorfinas, assim como o exercício físico. Logo, pode ajudar a amenizar as dores das cólicas.
11- Não fumar
Fumar aumenta o risco de sofrer com cólicas menstruais dolorosas, assim como o fumo passivo.
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Fonte: Herself, Msdmanuals, Pfizer, Drauziovarella, Helloclue.
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