iA doença de Raynaud é uma doença arterial periférica funcional. Por certo, um quadro clínico no qual pequenas artérias se estreitam mais que o normal quando expostas ao frio. Geralmente acontece nas mãos e nos pés.
Existe a doença arterial periférica funcional e a doença arterial periférica oclusiva, visto que a primeira é bem menos comum.
Normalmente as artérias dos braços e pernas se dilatam e contraem de acordo com as alterações ambientais. Por exemplo, no caso de alteração da temperatura, alterações no fluxo sanguíneo ou sinais do cérebro.
Em resumo, a doença de Raynaud aparece quando os mecanismos normais que dilatam e contraem essas artérias trabalham em excesso. Fazendo com que as artérias contraiam com maior força e frequência.
Dessa forma, as alterações na contração podem ser causadas por: defeito hereditário nos vasos sanguíneos; distúrbios dos nervos que controlam a dilatação e contração das artérias (sistema nervoso simpático); lesões; medicamentos.
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Síndrome ou Doença de Raynaud
– Doença de Raynaud Primária
De acordo com o mencionado acima, existem dois tipos da doença de Raynaud. A primária é muito mais comum que a secundária. E entre 60% e 90% dos casos desta síndrome acontecem em mulheres, na faixa etária de 15 a 40 anos.
Geralmente, a doença de Raynaud é desencadeada por exposição ao frio ou alguma forte emoção. Essas situações podem fazer com que as artérias se contraiam de forma intensa.
– Doença de Raynaud Secundária
Nesse caso, a doença pode ser desencadeada por diversos fatores, por exemplo: esclerose sistêmica; artrite reumatóide; aterosclerose; crioglobulinemia; hipotireoidismo; entre outros.
O uso de alguns medicamentos, principalmente os que contraem os vasos sanguíneos, podem piorar a doença de Raynaud. Algumas pessoas também sofrem com outros distúrbios resultantes das artérias propensas à contração.
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Sintomas
Na maioria dos casos, a constrição de pequenas artérias nos dedos das mãos e dos pés começa de forma rápida. E são causadas, principalmente, pela exposição ao frio. O episódio pode variar, durando minutos ou horas.
A cor dos dedos das mãos e dos pés pode ficar pálida, azulada ou muito vermelha, geralmente em placas. Acontece de apenas um dedo ou partes de mais de um serem afetados. Além disso, eles não ficam doloridos, mas podem ficar dormentes, com sensação de formigamento, alfinetadas e queimação.
Quando o episódio termina, as áreas afetadas voltam à sua coloração e sensibilidade normais. Em casos de pessoas com esclerose sistêmica acontece de a pele ficar lisa, brilhante e rígida. Além disso, pequenas feridas dolorosas podem aparecer na ponta dos dedos.
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Diagnóstico
Para diagnosticar a doença de Raynaud, os médicos se baseiam nos sintomas e resultados de exames físicos. Frequentemente não é preciso que o paciente se submeta a qualquer procedimento para que o diagnóstico seja estabelecido.
Se acaso os médicos suspeitarem que uma artéria está bloqueada, poderá ser realizada uma ultrassonografia Doppler antes de a pessoa ser exposta ao frio. Todavia, exames de sangue também podem ser requeridos para a verificação de quadros clínicos que possam causar a doença de Raynaud.
Tratamento
A doença de Raynaud não tem cura por outro lado, tem tratamento. Realizado com medicamentos, abandono do cigarro e evitando fatores desencadeantes, como frio e estresse.
É possível controlar a doença protegendo a cabeça, tronco, braços e pernas do frio. Nos casos em que os pacientes apresentam sintomas quando estão agitados, são indicados sedativos leves.
Parar de fumar é essencial, uma vez que o cigarro contrai os vasos sanguíneos.
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Fonte: Manual MSD
Imagem de destaque: Fatos Desconhecidos