A palavra mioma causa certa preocupação em muitas mulheres, que logo associam o tumor a um câncer. Mas não é bem assim. O que é mioma exatamente é um questionamento muito importante, uma vez que cerca de 77% das mulheres desenvolvem esse tumor ao longo da vida.
Mas isso não é motivo de desespero, já que muito dificilmente o mioma poderá evoluir para um câncer. Inclusive, muitas mulheres nem chegam a ter o diagnóstico de mioma, já que geralmente eles são tão pequenos que não aparecem nem nos exames rotineiros. Além disso, a grande maioria das mulheres nem chegam a ter sintomas, vivendo normalmente sem nem saber da presença do mioma.
Sendo assim, hoje iremos entender melhor o que é mioma, o que causa esse tumor, os tipos e os possíveis tratamentos.
O que é mioma
O que é mioma? É um tipo de tumor benigno que se desenvolve no útero. Então, quando em exames de rotina é detectado um ou mais miomas, a paciente já começa a se preocupar com a possibilidade de evoluir para um câncer. Mas a verdade é que os miomas não aumentam os riscos de câncer, contudo, podem causar algumas outras complicações.
Também chamado de fibroma ou leiomioma uterino, o mioma se forma no tecido uterino, podendo variar de local, e de tamanho, alguns são microscópicos e outro atingem alguns centímetros.
Se trata de um problema bastante comum, e que na maioria das vezes não chega nem a apresentar sintomas, fazendo com que nem sejam percebidos por muitas mulheres. No entanto, em alguns casos, eles podem dar sinais como sangramento menstrual intenso, cólicas e apresentar dificuldades para engravidar. Então, nesses casos um médico pode indicar um tratamento específico para aliviar os sintomas, e em casos mais graves, até mesmo remover o tumor.
O que causa o mioma
Ainda não se tem uma resposta concreta sobre o que exatamente causa o tumor. Contudo, já se sabe que ele aparece quando as células do tecido muscular uterino se multiplicam de forma descontrolada. Desse modo, acredita-se que essa proliferação desordenada tenha ligação direta com as alterações hormonais.
Aliás, já foi comprovado que hormônios como progesterona e estrogênio tem influência no aparecimento desse tipo de tumor benigno. Prova disso é que na menopausa, período caracterizado pela diminuição da produção desses hormônios, os miomas tendem a diminuir, enquanto na gravidez, eles podem aumentar.
Desse modo, os miomas geralmente aparecem em mulheres adultas, as que não tem filhos, e com mais frequência naquelas que fazem terapia de reposição hormonal. Além disso, alguns outros fatores influenciam no maior risco de desenvolvimento desses tumores, como genética, início da menstruação em idade precoce, métodos anticoncepcionais, obesidade, alimentação e consumo de álcool.
Tipos de tumores
Como dito anteriormente, os tumores variam de tamanho e local, sendo caracterizados em três tipos principais. Portanto, entender o que é mioma também engloba saber quais os tipos de tumores mais comuns.
O primeiro é o subseroso, que é um tumor benigno que se desenvolve na parte externa do útero, e são geralmente os que menos apresentam desconforto e a necessidade de tratamento. Tem também o intramural, que se dá no interior das paredes uterinas, mas precisamente na parte muscular do útero e podem causar sangramento. Já o submucoso se desenvolve na parte interna do útero, localizado próximo ao endométrio, e é o tipo mais sério do problema, causando mais desconforto e dificuldade para engravidar.
Então, saber exatamente o tipo de mioma é muito importante, para ter uma avaliação mais precisa sobre a gravidade e o melhor tipo de tratamento, caso seja necessário.
Sintomas
Agora que já sabemos o que é mioma, vamos conhecer os seus sintomas. Lembrando que na maioria dos casos, o tumor não apresenta nenhum sinal. Mesmo assim, quando se trata de um tumor maior ou vários deles, pode ser que a mulher apresente alguns sintomas.
Entre os sintomas mais comuns estão cólicas intensas, dor durante o ato sexual, sangramento vaginal, menstruação prolongada, dor abdominal, retenção urinaria, sinais de prisão de ventre e dificuldade para engravidar.
A partir desses sinais, é mais fácil procurar a causa e verificar a presença do mioma. Mas isso é feito somente por um médico ginecologista, que irá fazer uma série de exames, como ultrassom, histeroscopia ou histerossalpingografia, para analisar a cavidade uterina.
No caso de mulheres portadoras do tumor e que tenham o desejo de engravidar, mesmo sem a presença de sintoma algum, a recomendação é fazer um acompanhamento ginecológico. Isso porque a presença do mioma pode causar dificuldade para engravidar, uma vez que pode causar deformidade na parte interna do útero, bem como alterações na circulação e aumento de inflamações na região. Ou então, no caso de gravidez, aumentar as chances de complicações, como abortos, por exemplo.
Tratamentos
Como muitas vezes o mioma nem é percebido pela mulher, nem apresenta sinais, os tratamentos só são indicados para pacientes com sintomas intensos, como muita dor ou menstruação muito abundante. Ou então, quando a mulher tem planos de engravidar.
Desse modo, o tipo de tratamento será determinado por um médico ginecologista a partir dos sintomas, do tipo de mioma, e do tamanho do tumor. Os mais recomendados são:
- Anti-inflamatórios: pode ser recomendado o uso de remédios como Ibuprofeno ou Naproxeno, que melhoram as cólicas intensas e reduzem o sangramento excessivo causado pelo mioma.
- Medicamentação hormonal: essa é outra opção para diminuir a intensidade da menstruação e também reduzir o tamanho do tumor, sendo mais comum o uso de pílula anticoncepcional.
- Suplementação de ferro: indicada para prevenir e tratar casos de anemia grave causada pelo excesso de sangramento originado pelo tumor.
- Cirurgia: a chamada miomectomia, é a cirurgia feita para remover o tumor, sem ter que tirar o útero. É mais indicada quando o mioma está pressionando outros órgãos e causando sintomas mais intensos.
- Embolização: técnica usada pare reduzir o tamanho do mioma quando ele for muito grande, por meio de injeções com agente embolizante.
De modo geral, o risco de malignidade do tumor é muito pequena, e a grande maioria das mulheres sequer apresentará sintomas ou terá problemas para engravidar. Mas em todo caso, é bom estar com os exames ginecológicos em dia para saber se algo está fora do padrão.
Enfim, o que você achou dessa matéria? Aliás, aproveite para conferir também O que é histerectomia? Tipos, antes e depois da cirurgia + riscos.
Fontes: Tua Saúde Pfizer Viva Bem
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