A progesterona é um hormônio produzido, principalmente, nos ovários. Ele, aliás, é muito importante na vida de uma mulher. Isso porque está envolvido no desenvolvimento sexual durante a puberdade e também no processo de gravidez.
Sobretudo, a progesterona não exerce influência sobre a determinação das características sexuais femininas. Porém, em um ciclo menstrual normal, a progesterona tem a função de ativar as células que revestem a parede do útero. O que, aliás, prepara o útero e o corpo da mulher para uma possível gestação.
Vale ressaltar que esse hormônio é fundamental nos processos de menstruação e de fecundação. Além do mais, ele auxilia no transporte e na implantação do óvulo fertilizado, na manutenção da gravidez e na lactação.
O que significa a progesterona estar alta ou baixa?
Progesterona Alta
Progesterona alta acontece quando o valor é superior a 10 ng/mL. Ou seja, quando o óvulo está maduro, ela é liberada pelo ovário. Basicamente, este aumento serve para preparar o útero, caso exista uma possível gravidez. Assim, ele se mantém alto para que não ocorra um aborto.
Este nível desregulado, inclusive, pode ser um sinal para certos distúrbios como:
- Cistos no ovário ou nas glândulas adrenais;
- Indicativo de gravidez múltiplas;
- Superprodução de hormônios pelas glândulas adrenais;
- Grande risco de desenvolver câncer de mama;
- Ovulação;
- Menopausa;
- Terapias hormonais.
Sendo assim, para garantir que os níveis de progesterona fiquem corretos, a mulher não deve tomar nenhuma pílula com progesterona durante as 4 semanas antes de fazer exame necessários.
Progesterona Baixa
A produção deste hormônio é considerada baixa quando o valor é inferior ao de 10 ng/mL. Ou seja, nesses casos, a mulher pode encontrar certas dificuldades para engravidar, pois a quantidade de progesterona pode não ser suficiente para preparar o corpo da mulher para uma gravidez.
Em suma, esse hormônio ajuda o útero a preparar o endométrio, que é uma camada protetora que ajuda a receber um óvulo fertilizado. Contudo, se tal camada não for suficientemente grossa, tal processo não ocorre. Inclusive, nesse caso, a mulher precisa utilizar suplementos de progesterona para aumentar as chances de engravidar.
Sobretudo, existem algumas causas para progesterona baixa, como:
- Possibilidade de aborto espontâneo;
- Mau funcionamento dos ovários;
- Problemas na ovulação;
- Falta de atividade física e nutrição inadequada;
- Resistência a insulina;
- Estresse crônico;
- Medicamentos;
- Câncer de endométrio e de mama;
- Dano no pâncreas;
- Domínio do estrogênio.
Além disso, mulheres com progesterona baixa podem apresentar sintomas como aumento do peso, dores de cabeça frequentes, alterações repentinas de humor. Além disso, também são comuns baixo apetite sexual, menstruação irregular ou ondas de calor, por exemplo.
Como medir seu nível
Por se tratar de um exame que mede taxas hormonais, são necessários alguns cuidados antes de fazer o exame do nível de progesterona. Portanto, caso você vá fazer, é preciso seguir os seguintes passos:
- Ficar 3 horas de jejum antes do exame;
- Informar o médico sobre todos os remédios que se está tomando;
- Interromper o uso de pílulas com progesterona, como Cerazette, Juliet, Norestin ou Exluton;
- Evitar a realização de raio X até 7 dias antes.
Primeiramente, é muito importante essa preparação para o exame. Pois, assim, os resultados se tornam fidedignos e não são influenciados por outros fatores. Além disso, o ideal é que os exames sejam feitos sete dias antes da ovulação. Pois, este é o período em que os hormônios estão realmente elevados.
Em suma, se o médico estiver tentando avaliar os níveis de progesterona fora da ovulação, e eles continuarem elevados durante todo o ciclo, pode ser necessário fazer o exame antes da ovulação.
Valores de referência
Os níveis de progesterona podem variar com as diferentes fases da vida, e também podem variar de pessoa para pessoa. Mas, também pode variar de ciclo para ciclo com relação à mesma pessoa.
Sobretudo, existe uma noção básica de como os níveis de progesterona podem ser comparados com as diferentes fases da vida, como por exemplo:
- Pré-puberdade: 0,07 a 0,52 ng/mL, significa estar Baixo;
- Fase folicular adulta feminina: 0,15 a 0,70 ng/mL, significa estar Baixo;
- Fase lútea adulta feminina: 2 a 25 ng/ mL, Intermediário;
- Primeiro trimestre de gravidez: 7,25 a 44 ng/mL, Intermediário;
- Segundo trimestre de gravidez: 19,5 a 82,5 ng/mL, significa estar Alto;
- Terceiro trimestre de gravidez: 65 a 229 ng/mL, significa estar Muito Alto;
- Menopausa: <0,4ng/mL, significa estar Baixo.
Apesar disso, leembre-se que sempre que existir uma alteração no valor, o resultado deverá ser avaliado por um médico. Pois, só ele pode entender o que realmente está alterado ou não, para que possa iniciar um tratamento, caso seja necessário.
O que é progestagênio?
Os progestagênios são hormônios sintéticos a base de progesterona e testosterona, os quais são usados em todos os anticoncepcionais hormonais e em alguns tratamentos hormonais da menopausa.
Ou seja, existem pílulas que contém doses muito baixas de progestógeno. E, sim, dentro do possível ele é parecido com o hormônio natural, existente no corpo da mulher.
Anticoncepcionais e progesterona no corpo
Primeiramente, o uso de métodos anticoncepcionais hormonais podem alterar os níveis de progesterona no corpo, ajudando a inibir a ovulação. Sendo assim, se você não estiver ovulando, seus níveis de progesterona serão baixos e uniformes.
Como aumentar o nível hormonal naturalmente?
- Tomar chá de cúrcuma, de tomilho ou orégano;
- Aumentar a ingestão de alimentos ricos em vitamina B6, como bife de fígado, banana ou salmão;
- Tomar um suplemento de magnésio, com orientação de um nutricionista;
- Preferir alimentos com elevada quantidade de proteína;
- Fazer uma alimentação rica em vegetais, fruta e legumes de folhas escuras, como espinafre.
Sobretudo, procure sempre dar preferência para os alimentos orgânicos. Pois, eles também podem ajudar na produção do hormônio. Enquanto isso, os alimentos industrializados podem diminuir a capacidade do corpo de produzir hormônios.
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Fontes: Info escola, Hello clue, Tua saúde
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