A queda de cabelo é um algo natural do nosso corpo, pois o nosso cabelo passa por um processo de renovação e novos fios nascem todos os dias. Como resultado disso, perdemos diariamente de 100 a 120 fios, mas quando esse número aumenta e podemos perceber o excesso da queda capilar, pode ser necessário procurar um especialista.
Coceira, fios ralos e quebradiços, falhas no couro cabeludo, são alguns indícios de que existem problemas com a saúde capilar. Por isso, é importante ficar sempre atento a esses sinais para conseguir descobrir o que tem gerado essa queda. Descobrir o foco do problema é muito importante não só para tratar a queda de cabelo, mas para prevenir problemas maiores à saúde.
Muitas podem ser as causas da queda de cabelo, por isso, separamos os principais fatores que levam à queda dos fios e que podem te ajudar a identificar problemas mais sérios relacionados a esse. Acompanhe a seguir.
Possíveis causas da queda de cabelo
Estresse
O excesso de cortisol, hormônio responsável pelo estresse, pode gerar a queda de cabelo. Isso ocorre porque o cortisol aumenta a inflamação na raiz, o que prejudica a saúde dos fios. O estresse, gerado por diversas razões, faz com que nossos órgãos vitais consumam demasiadamente certos minerais, vitaminas e aminoácidos. Dessa forma, os cabelos e as unhas ficam em segundo plano, recebendo bem menos nutrientes.
A depressão e a ansiedade, por exemplo, estão dentro desse contexto de estresse. Por isso, pessoas com essas condições costumam apresentar uma maior queda de cabelo que o normal.
Covid-19 e a queda de cabelo
Não podemos falar da queda de cabelo sem levar em consideração o atual contexto de Covid-19. Isso porque, além do estresse gerado pela pandemia, que influencia na queda capilar, tem sido registrada a queda de cabelo em pacientes recuperados do vírus.
Pesquisas ainda estão sendo realizadas na área para entender a relação entre a Covid-19 e a queda dos fios, mas pessoas que foram contaminadas notaram o aumento da queda de cabelo cerca de um mês depois da infecção. Além disso, a febre causada pelo vírus, tem sido responsável por afetar a saúde dos fios.
Dermatite seborreica
Outro problema que gera a queda de cabelo, e que pode ser gerado pelo estresse, é a dermatite seborreica. Essa doença é causada por uma inflamação na pele que, no couro cabeludo, provoca coceira e descamação. Além do estresse, fatores genéticos, alergia e excesso de oleosidade podem desencadear a dermatite seborreica.
Quando o problema é gerado pelo excesso de oleosidade no couro cabeludo, uma forma de evitar o desenvolvimento da dermatite seborreica é utilizar um shampoo específico para cabelo oleoso. Além disso, existem também shampoos de limpeza profunda que podem ajudar, basta lavar o cabelo com água morna ou fria e massagear bem a região do couro cabeludo.
Alterações na tiróide
A tireóide é uma glândula situada na região do pescoço e ela é responsável por regular a produção de hormônios e o metabolismo no nosso corpo. Quando essa glândula está alterada, diversas funções do nosso organismo se alteram também. Além de sintomas como o aumento do peso, a diminuição da libido, dores musculares e o excesso de cansaço, a perda de cabelos também pode indicar problemas relacionados à tiróide.
Por isso, se você notar algum desses sintomas aliado à queda de cabelo, é muito importante procurar um médico que posso fazer um diagnóstico e tratar as possíveis causas dessa alteração na glândula tireóide.
Lúpus
A lúpus é uma doença autoimune e inflamatória que pode afetar diversos órgãos do nosso organismo. Um de seus sintomas são as inflamações pelo corpo, que podem atingir também os folículos capilares. Por essa razão, quem tem lúpus pode perceber uma perda maior de cabelo.
Além disso, alguns remédios para o tratamento da lúpus têm como efeito colateral a queda de cabelo.
Anemia
Outra condição que pode levar à queda de cabelo é a anemia. Isso ocorre porque a anemia acontece quando há deficiência de glóbulos vermelhos no nosso organismo, dessa maneira, acontece também a diminuição de ferro, mineral responsável pelo transporte de oxigênio no organismo. Assim, os cabelos se tornam frágeis e seu crescimento fica comprometido.
Por isso, a ingestão de alimentos ricos em ferro, em ácido fólico e vitamina 12 são muito importantes para evitar a anemia. Você pode encontrar esse nutrientes em folhas verde escuro, feijão, beterraba, alguns alimentos de origem animal e carne vermelha.
Síndrome do ovário policístico
A síndrome do ovário policístico é um distúrbio hormonal que pode afetar as pessoas com útero. Entre seus sintomas estão acne, menstruação irregular, infertilidade, excesso de pelos e queda capilar. Além disso, a síndrome do ovário policístico deixa os fios de cabelo mais ralos, condição chamada de alopecia androgênica.
Caso você note qualquer um desses sintomas, é muito importante buscar um especialista para que seja realizado um diagnóstico e um tratamento.
Alopecia areata
A alopecia areata é uma inflamação no couro cabeludo que provoca a queda de cabelo apenas em algumas regiões da cabeça. Assim, o cabelo fica com algumas áreas calvas circulares. Essa doença é provocada quando o sistema imunológico ataca os folículos capilares, gerando a queda dos fios.
Se você perceber que a queda do seu cabelo tem essas características, procure um médico para fazer o diagnóstico. A doença não tem cura, mas pode ser tratada.
Alopecia de tração
A alopecia de tração é a queda de cabelos que ocorre pela tração dos fios. Ou seja, quando o cabelo passa muito tempo preso ou quando penteados que puxam muito os fios são feitos com frequência, pode haver o rompimento dos folículos capilares e, consequentemente, a queda dos fios. As falhas no cabelo por alopecia de tração são mais comuns na região da franja, das têmporas da nuca e atrás das orelhas. Entretanto, estresse e fatores genéticos também podem levar a essa condição.
Uma das maneiras de evitar a alopecia de tração é não manter os cabelos presos por tanto tempo e ter cuidado com os penteados que repuxam muito os fios. Além disso, essa condição deve ser tratada cedo, para que os folículos não se transformem em cicatriz, impossibilitando o crescimento de cabelo na área afetada. Se a alopecia for identificada tarde, será necessário o tratamento com um especialista.
Pós-menopausa
A alopecia senil é a queda de cabelo decorrente do fim do ciclo menstrual, por isso ocorre após a menopausa. Os fios se tornam mais ralos e frágeis por conta de diminuição de enzimas característica desse período. Ocorre o envelhecimento da pele e, consequentemente, do couro cabeludo. Assim, diminui a nutrição e vascularização dos fios. No entanto, existem tratamentos hormonais que podem resolver essa questão.
Deficiência de proteínas
A alimentação é um fator muito importante para manter a saúde do corpo, inclusive dos cabelos. Por isso, uma dieta pobre em proteínas pode gerar a queda de cabelo. A queratina, tão necessária para manter a saúde dos cabelos, precisa de uma certa quantidade de proteínas para ser produzida e quando essa quantidade não é suprida os fios ficam frágeis.
Pessoas com transtornos alimentares, por exemplo, podem notar a queda de cabelo justamente por isso, pela falta dos nutrientes necessários na alimentação. Desse modo, é importante estar atenta ao consumo de vitamina D, B12 e ferro e, se for o caso, investir em suplementação dessas vitaminas.
Como evitar a queda de cabelo
Como podemos ver, a queda de cabelo pode ser causada por diversos motivos, da alimentação até problemas mais sérios que necessitam de um acompanhamento médico e tratamento. No entanto, se seus exames estão em dia, está tudo bem com a sua saúde e você mantém uma alimentação saudável, temos algumas dicas que podem te ajudar a manter os cabelos saudáveis.
Seque os cabelos corretamente
Evite sempre dormir com os cabelos molhados, pois isso pode gerar a proliferação de fungos, prejudicando a saúde do cabelo. Além disso, não durma com presilhas ou com o cabelo preso, pois isso pode arrebentar os fios, provocando a queda de cabelo.
Não lave o cabelo com água quente
A água quente resseca muito o couro cabeludo, o que pode aumentar a produção de óleo e, como resultado disso, gerar caspa e até dermatite seborreica. Por isso, o recomendado é lavar as madeixas em água morna ou fria.
Cuidado com altas temperaturas
Chapinhas, babyliss e secadores podem ressecar o couro cabeludo e os fios, deixando-os frágeis e desidratados. Por esse motivo, faça o possível para evitar o uso frequente desses equipamentos e, sempre que for usar, busque aplicar cosméticos específicos para a proteção dos fios. Além disso, quando for usar o secador, mantenha uma distância maior do vapor com o couro cabeludo.
Adote hábitos para controlar o estresse
Como vimos no decorrer do texto, o estresse é um dos principais fatores responsáveis pela queda capilar. Por isso, busque hábitos que controlem esse mal, como dormir regularmente, a prática de exercícios físicos e uma alimentação balanceada.
Fontes: Donna Beleza UOL Beleza na Web
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