Apesar de atingir os homens com frequência, a queda de cabelo também pode se tornar um problema para as mulheres. As causas são diversas, podendo variar entre hábitos de vida, alterações hormonais, doenças autoimunes, estresse ou até mesmo as estações do ano. O problema pode se apresentar como afinamento ou apenas uma redução de volume ao longo dos anos. Dessa forma, a queda de cabelo feminino precisa ser diagnosticada e tratada da melhor forma possível.
Os números podem até mesmo ser chocantes. Frequentemente, cerca de 40% das mulheres sofre de queda de cabelo após a menopausa, e 70% da população feminina acima de 70 anos adquire calvície. Bem como a quantidade normal de fios perdidos ao longo do dia, algo em cerca de 100, a realidade apenas prova o quanto o problema pode ser mais comum do que o imaginado.
Cada caso é extremamente específico e necessita de um tratamento próprio para que seja possível obter resultados satisfatórios. Lidar com o problema utilizando sempre a mesma receita de contenção pode ser ineficaz. Nesse sentido, de forma que a queda de cabelo feminino deixe de ser um incômodo ou apenas possua seus efeitos desacelerados, é importante entender qual é a causa da situação.
Confira abaixo 10 possíveis causas da queda de cabelo e os tratamentos mais eficazes dos últimos tempos.
Principais causas da queda de cabelo feminino
Primordialmente, é essencial entender que cada mulher possui uma predisposição e pode ser afetada de forma diferente pelo quadro. Muitas vezes, a queda de cabelo pode não ser permanente. É o caso da queda ocasionada por situações como a troca de estações do ano, como inverno e outono, onde o frio impede o fluxo constante de irrigação de sangue e nutrientes para a raiz. Dessa forma, os fios perdem parte de sua força, aumentando a propensão do problema.
Contudo, caso a realidade da queda de cabelo feminino não seja essa, existem outras opções a serem exploradas. É importante relembrar o fato de que as mulheres passam por diversas mutações de níveis hormonais ao longo da vida, o que as torna mais vulneráveis a certos agentes influenciadores da queda. Nesse caso, ela pode ser diagnosticada como fruto de situações onde a alteração hormonal é radical, como a gravidez e a menopausa.
1 – Estresse
O estresse pode fazer muito mais do que alterar o humor e o curso dos dias. Em relação ao cabelo, situações estressantes tanto físicas quanto mentais podem alterar o ciclo dos fios do cabelo, o que causa a queda. Além disso, existe a possibilidade de que a porcentagem de calvície feminina esteja subindo justamente pela constante exposição a momentos estressantes, algo em torno de 10%.
2 – Gravidez
Um dos maiores quadros de alteração hormonal durante a vida da mulher ocorre na gravidez. Da mesma forma, são associados os hormônios ao estresse do momento do parto, o que pode afetar a integridade dos fios. Em relação ao período, a queda de cabelo geralmente ocorre por até 2 meses, 3 meses após o parto. Outra situação possível mas menos comum é a queda durante a gestação, ocasionada pelo aumento dos níveis de progesterona, hormônio que resseca o cabelo. Posteriormente, os fios podem se tornar fracos e quebradiços.
Assim como a gestação, a amamentação também pode influenciar na perda de mais fios. Isso ocorre pelo fato da produção de micronutrientes para o leite materno não ser o suficiente para o leite e o cabelo ao mesmo tempo. Assim, em troca de um leite rico em nutrientes, o cabelo pode acabar menos saudável que o normal.
3 – Ovário policístico
A relação entre o ovário policístico e a queda de cabelo ocorre em cadeia. Pelo fato da produção do hormônio masculino ser produzido em larga escala, causando a formação de cistos nos ovários, as altas taxas de testosterona ainda causam acne, crescimento anormal dos pelos e irregularidade no ciclo menstrual. Todos os fatores estão associados ao que se pode ser notado durante a queda de cabelo feminino.
4 – Menopausa
Uma das causas mais comuns da perda dos fios, a menopausa acarreta no afinamento capilar devido às altas quedas de estrogênio quando a fase é atingida. A diminuição dos níveis do hormônio feminino acarretam na perda de volume e densidade dos cabelos, tornando-os mais quebradiços, bem como ocasionando a queda dos folículos capilares.
5 – Anemia
De forma que seja possível manter um cabelo saudável, é essencial que os níveis de nutrientes e minerais estejam altos e em constância. No caso da anemia, que possui como principal fator a deficiência de ferro, é de ocorrência normal que os fios percam sua força. A falta do mineral ocasiona a queda de concentração de hemoglobina, resultando em cansaço, palidez e cabelos sem resistência.
6 – Excesso de vitamina A ou B na queda de cabelo
Você sabia que excesso de vitaminas pode ser prejudicial à saúde do cabelo? Esse é o caso das vitaminas A e B, encontradas em excesso em suplementos. Mesmo que o caso seja consideravelmente mais raro, a probabilidade da ingestão de nutrientes recheados das duas vitaminas pode ocasionar na queda de cabelo. Dessa forma, é importante saber dosar a quantidade de suplemento.
7 – Hipertireoidismo
A complicação ocorre quando a tireoide, glândula localizada no pescoço, não funciona corretamente. Em seguida, uma série de hormônios deixa de ser produzido de forma adequada, ocasionando em uma alteração no fluxo que causa disfunção no metabolismo, acarretando na interrupção do crescimento dos fios. A situação ocorre de forma que os hormônios T3 e T4 deixem de ser fabricados nas doses necessárias, e assim, a reposição celular do couro cabeludo é acelerada, deixando-o exposto.
8 – Não ter hábitos saudáveis causa queda de cabelo
A verdade comprovada de que possuir hábitos de vida pouco saudáveis afetam de forma negativa os fios torna ainda mais necessário se atentar ao fator. Atividades como o consumo de bebidas alcoólicas e tabaco em exagero não apenas atacam o organismo, mas também o cabelo. Isso ocorre de forma que haja a desidratação do couro cabeludo, impedindo o crescimento regular dos fios. Além disso, a fumaça do cigarro, quando acumulada, enfraquece as mechas, devido à alta concentração de substâncias tóxicas.
9 – Antidepressivos e outros remédios
Inicialmente, a bula de certos remédios já é um alerta para determinados efeitos colaterais. No caso de anticoagulantes, antidepressivos e remédios para a pressão, a contribuição para a queda de cabelo é verificada. A consequência é mais evidente durante os primeiros meses de uso, ou até mesmo após muito tempo de tratamento. Remédios como ibuprofeno, lítio e metotrexato também são responsáveis pelo enfraquecimento dos fios.
10 – Casos específicos de queda de cabelo feminino
Existem doenças autoimunes que são responsáveis exclusivamente pelos elevados níveis de queda de cabelo. Esse é o caso da alopecia, que pode se manifestar em diferentes regiões e de diferentes formas. A alopecia areata, porém, ataca especificamente o couro cabeludo, que faz com que o sistema imunológico influencie os folículos capilares, atacando-os e levando ao seu enfraquecimento. Apesar disso, as falhas podem voltar ao normal após algum tempo, com o devido tratamento.
Tratamentos para queda de cabelo
Apesar do enfraquecimento e eventual queda dos fios ainda ser um assunto consideravelmente desconhecido, onde dependendo do caso seu tratamento pode não ser 100% efetivo, existem alternativas que auxiliam na melhora do quadro e na saúde do cabelo. Possuir hábitos saudáveis, buscar um diagnóstico o mais rápido possível e se atentar aos sinais de seu organismo são peças-chave para auxiliar no problema.
1 – Mudança de hábitos
Antes de mais nada, é extremamente importante manter uma rotina saudável, envolvendo uma alimentação balanceada, a prática regular de exercícios físicos e a diminuição do consumo de bebidas alcoólicas ou tabaco. Muitas vezes, simples hábitos melhores de vida podem ser o suficiente para impedir a queda de cabelo feminino.
2 – Remédios específicos
Quando o assunto é prevenção da queda de cabelo, é possível nomear alguns remédios efetivos na desaceleração do problema. O minoxidil, por exemplo, é o mais popular entre os indicados pelos dermatologistas, que auxilia na retomada do fluxo sanguíneo no couro cabeludo, o que diminui de forma efetiva a queda. Do mesmo modo, existem ainda combinações que podem ser feitas entre o minoxidil e outras substâncias, como a Finasterida, o 17-alfa-estradiol e o Zymo HSOR. Contudo, um profissional deve ser consultado antes de tomar qualquer decisão sequer.
3 – Tratamentos médicos
Com a recomendação de um dermatologista, existem algumas possibilidades no mercado para a contenção da queda de cabelo por meio de procedimentos estéticos. O laser de baixa potência, por exemplo, estimula a regeneração da região onde há falha dos fios, além de impedir que o cabelo saudável caia. Ele deve ser aplicado uma vez por semana, por no mínimo 10 semanas.
A carboxiterapia é excelente para reativar o fluxo sanguíneo no couro cabeludo, bem como facilitar a penetração de produtos próprios para a contenção do enfraquecimento dos fios. E existe, ainda, o implante de cabelo, um procedimento cirúrgico utilizado para implantar fios de cabelo diretamente nas regiões falhadas do couro cabeludo. Contudo, apesar de sua eficácia, é possível que os fios voltem a cair após 6 meses, causando lesões.
Acima de tudo, é necessário consultar um médico especialista no caso, que deve lhe orientar da melhor forma possível. Assim, o tratamento será mais simples, bem como à prova de possíveis futuros efeitos colaterais indesejados.
E aí, o que você achou dessa matéria? Se te interessou, confira também Cabelo caindo – Possíveis causas da queda de cabelo e tratamentos
Fontes: Tua Saúde, Tua Saúde, Nioxin, Veja Saúde
Imagens: Aneethun, Beyoung, Clinipop, Econotax, Dr. Francisco de Assis, Drauzio Varella, Vittude, Dermatologia Capilar, Vix, Drauzio Varella, Sou Enfermagem