Não é algo sobre o qual pensamos muito, mas é admirável a evolução dos absorventes ao longo dos séculos. Isso porque, depois de muito tempo usando plásticos e materiais descartáveis, estamos nos voltando a opções mais ecológicas, mesmo quando o assunto é menstruação. Prova disso, por exemplo, é o aumento da procura pela chamada calcinha absorvente.
Mas, mesmo que pareça algo muito moderno, a verdade é que esta não é uma ideia totalmente inédita no mundo feminino. Houve um tempo, por exemplo, em que as mulheres usavam panos durante a menstruação.
Consequentemente, era possível reutilizá-los no próximo ciclo. Para isto, portanto, eles eram sempre bem lavados de um uso para o outro.
Absorventes na história
Foi somente em 1930 que os primeiros absorventes descartáveis chegaram ao Brasil. Porém, eles não era muito utilizados. Somente na década de 50, afinal, foi que eles se tornaram populares.
Assim, com o passar dos anos, eles ganharam ainda mais força na mídia devido à praticidade que traziam ao dia a dia. As mulheres consideradas “modernas”, então, passaram a usar cada vez mais absorventes descartáveis.
Com toda a evolução, e devido ao apelo do marketing, mudanças de suma importância foram percebidas nestes produtos. Primeiramente, surgiram diversos tamanhos e formatos de absorventes descartáveis.
A partir disso, passaram a ser produzidos absorventes para o dia, para a noite, e até para intensidades diferentes de fluxo. E, em seguida, veio o absorvente interno.
Porém, mesmo com tantas alterações, os produtos ainda eram descartáveis. Logo, o que trazia praticidade e comodidade, passou a despertar a atenção do mundo pelo excesso de lixo produzido.
De acordo com pesquisas recentes, cerca de dez mil a 15 mil absorventes são usados por uma única mulher da puberdade até a menopausa. E, como eles não são recicláveis, causam um grande impacto negativo ao meio ambiente. Dessa forma, foram criados o coletor menstrual e, logo depois, a calcinha absorvente.
O que é a calcinha absorvente?
Como o próprio nome diz, é uma calcinha que possui muitas camadas de tecido capazes de absorver todo o fluxo menstrual. Além disso, elas têm uma tecnologia de proteção de vazamentos em seus forros.
Por fim, ela faz parte do time de produtos sustentáveis, uma vez que é possível lavá-la a cada uso.
Como usá-la?
Segundo os ginecologistas, a calcinha absorvente precisa ser trocada a cada 4 ou 5 horas, bem como o absorvente comum. Em relação ao vazamento, ela geralmente não deixa nada escapar.
No entanto, caso seu fluxo seja muito intenso, o indicado é analisar e fazer um teste nos primeiros dias para avaliar o tempo de troca da sua calcinha absorvente. Ou seja, ela só vai vazar se o uso foi muito prolongado. Neste caso, o tempo de uma troca segura varia de mulher para mulher.
Contraindicações
De acordo com os profissionais da saúde, não é recomendado passar do tempo do uso sugerido pelos fabricantes. Pois, deixar a região exposta ao sangue e ao pano úmido pode causar infecções e irritações.
Principais vantagens
1- É confortável;
2- Possui alta durabilidade (até dois anos);
3- É prática;
4- É sustentável;
5- Conta com pouca chance de alergias;
6- Existem diversos modelos e formatos.
Desvantagens
1- Alto custo;
2- Difícil de encontrá-la em lojas físicas (a maioria é vendida somente pela internet).
Como fazer a lavagem da calcinha absorvente?
Em síntese, são cuidados básicos, semelhantes aos que precisamos ter com qualquer outra peça íntima. Em primeiro lugar, você pode deixá-la de molho com sabão por aproximadamente 30 minutos. Em seguida, é só esfregar gentilmente o tecido.
A calcinha absorvente também pode ser lavada na máquina de lavar. Para não danificar o tecido, basta selecionar a categoria de roupas leves. Mas, mesmo assim, é preciso deixá-la de molho antes, para garantir a limpeza total e para que não fiquem manchas.
Por fim, não use amaciantes ou alvejantes. Sempre opte por sabão de coco ou neutro. Então, depois de lavada, é só colocar a calcinha para secar. E, sobretudo, você nunca deve usar ferro de passar na calcinha absorvente.
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Fontes: Ecycle Pantys Catraca Livre Minha Vida Globo
