O tempos mudaram e hoje em dia cada vez mais as mulheres estão priorizando mais a sua própria independência e sucesso profissional. E como sabemos isso leva tempo, por isso muitas mulheres estão deixando os planos de maternidade mais para o futuro. Você muito provavelmente já deve ter ouvido falar sobre gravidez geriátrica, ou tardia, não é mesmo?
Atualmente mais e mais mulheres estão engravidando depois dos 30 anos. O que para muita gente é a fase onde a pessoa já está mais estabilizada e pronta para formar uma família. O que é muito bom, tanto para a mãe quanto para a criança, já que mostra um maior preparo para a maternidade. No entanto, o corpo da mulher muda muito rápido, e consequentemente a sua capacidade de gerar outra vida.
A partir dos 30 anos, a mulher já encontra maiores dificuldades para engravidar, e quando isso acontece, a gravidez é considerada de risco. Não é nada grave, mas o fato é que o corpo da mulher não está mais no auge da sua fertilidade, como aos 20 e poucos anos. E isso implica em alguns riscos durante a gestação, tanto para a mãe quanto para o bebê.
Por isso, hoje iremos entender melhor o que é a gravidez geriátrica, e quais os riscos que isso representa para a gestação. Além dos benefícios, porque apesar de o corpo da mulher ser diferente nessa idade, a sua cabeça também.
O que é gravidez geriátrica
Antes de entender o que é gravidez geriátrica, precisamos entender que o corpo da mulher muda muito de acordo com cada fase e isso obviamente afeta a sua capacidade de engravidar. Mas isso também está relacionado ao momento em que vivemos.
Por exemplo, socialmente o conceito de idade ideal para se ter um filho é variável, isso vem mudando ao longo do tempo. Seja pelos avanços na medicina, mudanças no contexto social e econômico, empoderamento feminino e outros.
Na década de 1960, a idade considerada ideal para engravidar era d0s 18 aos 25 anos, hoje em dia isso mudou, e agora a idade para se engravidar é entre os 20 e 30 anos. E isso está de acordo com o ponto de vista da medicina, já que nessa fase da vida da mulher a sua fertilidade está em alta, os óvulos são mais novos, e isso representa um risco menor de problemas durante a gestação.
Apesar disso, hoje em dia há uma tendência cada vez maior de mulheres tendo filhos cada vez mais tarde. Em nível global, cerca de 54% das mulheres estão optando por engravidar depois dos trinta anos de idade, o que caracteriza uma gravidez geriátrica.
Portanto, a gravidez geriátrica é uma gravidez que acontece depois dos 30 anos de idade. E isso é ainda mais complicado em gestações a partir dos 35 anos. Desse modo, os riscos de complicações gestacionais e problemas de malformação fetal aumentam gradualmente de acordo com a idade da mulher. Então, quanto mais tempo passar, mais difícil será para a mulher engravidar e maiores serão os riscos para a gravidez.
Riscos da gravidez geriátrica
Então, dos 30 aos 35 anos, ainda é considerado pela medicina uma época propícia para uma gravidez. Contudo, uma gravidez geriátrica também é uma gravidez de risco. Isso porque a mulher tem maiores chances de ter problemas ou doenças que podem representar riscos para a saúde do bebê e dela própria. Sendo assim, vamos conhecer quais os riscos da gravidez tardia para ambos.
Riscos para a mãe
Para a mãe, os principais riscos de uma gravidez geriátrica são:
- Pré-Eclâmpsia: uma condição que pode ocorrer durante a gravidez devido a pressão arterial da mulher estar acima do normal. No entanto, se descoberta no início da gravidez, essa condição pode ser trata e controlada, mas se apresentar complicações pode resultar em um prato prematuro.
- Diabetes Gestacional: essa é uma complicação comum em uma gravidez tardia, mas que pode vir sem nenhum sintoma muito específico. Apesar disso, o aumento da fome, sede e visão turva podem ser indicativos de diabetes gestacional. No caso de não ser tratada precocemente, a diabetes gestacional pode causar várias complicações e até evoluir para diabetes crônica.
- Hipertensão: é caracterizada por uma maior pressão exercida pelo sangue nas veias e artérias. Os sintomas incluem dores de cabeça e barriga, inchaço no corpo e visão turva. O tratamento precoce é essencial para evitar complicações futuras.
Riscos para o bebê
Já pra o bebê, os riscos de uma gravidez tardia incluem:
- Síndrome de Down: é uma condição causada por um equívoco na divisão celular durante a gestação. Sendo assim, os portadores dessa síndrome tem três cromossomos no par 21 ao vez de 2. Então, como os gametas da mulher envelhecem com o passar do tempo, quanto mais tempo passar, maiores serão as chances da criança ter essa síndrome. Portanto, aos 35 anos as chances de o bebê nascer com síndrome de Down são de 0,5% e aos 40 as chances sobrem para 1%. Aos 45 anos, as chances figuram entre 3% e 4%.
- Maior chance de aborto espontâneo: em uma gravidez tardia, o risco de acontecer um aborto espontâneo ou até a morte do bebê no parto crescem consideravelmente. Em uma gravidez de uma mulher ao 24 anos, o risco de isso acontecer é de 7,8%, no caso de uma mulher de 45 anos, o risco é de 74,7%, ou seja, um aumento muito expressivo.
- Maior chance de parto prematuro: é outro risco da gravidez geriátrica. O problema disso, é que quando o parto ocorre antes das 37 semanas de gestação, há um grande risco de o desenvolvimento do bebê não estar completo. Sendo assim, é possível que ele seja mais suscetível a desenvolver doenças ao longo da vida. Mas nesse caso, fazer o pré-natal corretamente pode evitar que ocorra um parto prematuro.
Benefícios da gravidez geriátrica
Contudo, apesar de todos os riscos serem reais, e a gravidez geriátrica ser considerada de risco, engravidar após a idade tida como ideal também tem os seus benefícios. Se tomar os cuidados corretos durante a gravidez, as chances de uma gravidez de sucesso e um bebê saudável são bem maiores e tem o seus pontos positivos. Confira os benefícios de uma gravidez tardia:
- Maturidade: geralmente, as mulheres mais experientes tem mais maturidade para lidar com várias questões da vida, e isso pode ser ótimo para ela e para o seu filho. Com isso, a tendência é que ela tenha mais paciência para lidar com as questões que envolvem criar uma criança, e que muitas vezes pode ser um problema para mães mais novas. Provavelmente, essa é a maior vantagem de ter um filho depois dos 30 anos.
- Estabilidade financeira: não que isso seja uma regra, mas para muitas mulheres a decisão de adiar a maternidade é para se dedicar a carreira e se estabilizar financeiramente antes de ter um filho. Então, nessa fase, é mais esperado que ela tenha uma vida financeira estável e condições para arcar com os vários gastos de criar um filho.
- Tempo: esse é um ponto importante quando se decide ter um filho. Então, devido ao momento da vida, é esperado que a mulher tenha mais tempo para se dedicar a maternidade e vivenciar cada etapa do crescimento da criança.
Enfim, o que você achou dessa matéria? Aliás, aproveite para conferir também as chances de engravidar nas diferentes fases da vida.
Fontes: Lifestyle ao Minuto Trocando Fraldas Bebê
Imagem destacada: Cura
Imagens: Grão de Gente Sou Mamãe Bebê