A princípio, o peeling é um tratamento que remove todas as camadas mais superficiais da pele. Inclusive, dependendo do produto usado – ou seja, se for químico, físico ou por laser – poderá destruir parte ou toda a epiderme. De certo modo, ele desgastará sua pele em diferentes níveis.
“Mas, por que eu iria fazer um tratamento que desgasta a minha pele?” Provavelmente, você se perguntou isso, não é mesmo? Afinal, o peeling, como você percebeu, é uma palavra em inglês. Basicamente, ela tem origem na palavra “to peel”, que significa descamar. E isso já diz muita coisa sobre o procedimento e suas vantagens.
Ou seja, na verdade, o “peeling” tem como objetivo descamar, renovar, reestruturar e regenerar a sua pele. Deu para entender melhor? De forma geral, se trata de um tratamento que procura esfoliar e remover as lesões superficiais da pele. Inclusive, entram no hall de lesões tratáveis manchas na pele, cicatrizes de acne, flacidez ou outros problemas na pele.
Sobretudo, após a descamação, a parte da pele que recebeu o procedimento se reconstrói com um novo tecido dérmico e epidérmico. Portanto, o peeling pode te proporcionar uma pele mais rejuvenescida e sem manchas. Além do mais, ele pode também estimular a produção de colágeno, que é uma substância que deixa a pele mais firme.
Tipos de peeling
Sobretudo, é importante destacar que os resultados do peeling irão variar dependendo do tipo e da profundidade do tratamento. Basicamente, é possível diferenciar três tipos diferentes de peeling: superficial, médio ou profundo.
Superficial
A priori, a principal diferença desses peelings é a profundidade. Sobretudo, o peeling superficial, como o próprio nome diz, retira a camada mais superficial da pele com discreta ou nenhuma descamação visível. Basicamente, ele procura atuar na camada córnea e também estimular a formação do colágeno na pele.
Assim sendo, esse tipo de peeling pode melhorar o aspecto, turgor da pele, pode também hidratar, clarear um pouco o tom e auxiliar na melhora das rugas superficiais. Além do mais, ele ajuda a secar as espinhas, acelerar a resposta da pele ao tratamento com cremes, melhorar as manchas mais rapidamente e assim por diante.
Sobretudo, nesse tipo de procedimento é normal o uso de ácido hialurônico, ácido glicólico de baixa concentração, compostos com tricloroacéticos, retinaldeídos, salicílicos. Além disso, também costuma ser utilizado ultrassom estético, jatos de cloridróxido de alumínio e outros.
Médio
Já o peeling médio tem como objetivo destruir e esfoliar a epiderme e a camada córnea. Inclusive, ele pode ajudar a diminuir as rugas finas, médias e também as manchas mais superficiais da pele. Além do mais, como ele destrói a epiderme até certo nível, também acaba estimulando a formação do colágeno.
Sobretudo, um dos efeitos prometidos desse tratamento é o rejuvenescimento da pele de um a cinco anos. Porém, é importante que você saiba que o resultado dependerá da indicação, da técnica escolhida e do preparo prévio da pele.
Assim sendo, o peeling médio é feito com ácido tricloroacético e o ácido glicólico. Este último, em maior concentração. Com relação aos aparelhos, são utilizados laser, radiofrequência, entre outros.
Profundo
A priori, esse tipo de peeling é considerado o mais complexo, perigoso e complicado. Até porque, ele faz uma ferida até a derme, ou seja, uma camada mais profunda da pele. Porém, se tudo for feito da forma correta e com os cuidados devidos, o resultado poderá ser de um rejuvenescimento de 5 a 15 anos.
Contudo, esse tipo apresenta mais riscos de infecção e de complicações. Por isso, é indicado que até mesmo a retirada do curativo seja feita com pessoas experientes.
Basicamente, nesse procedimento também é utilizado ácidos e aparelhos específicos. Inclusive, o mais comum é o peeling de fenol.
Os resultados
A princípio, o resultado irá variar de acordo com o tipo de peeling que você fez. Portanto, no casa do superficial, você pode ter um resultado na melhora do tônus e da textura da pele. Além de encontrar menos rugas finas e manchas.
Já, o médio pode resultar em uma melhora das ceratoses actínicas. Ou seja, aquelas manchas mais ásperas na pele causadas pela exposição do sol.
Enquanto isso, o resultado do procedimento mais profundo pode ser a melhora das rugas superficiais e profundas. Além da melhora das manchas e da aparência de modo geral da pele.
5 processos usados no peeling
Além do grau de profundidade, o peeling pode ser diferenciado também de acordo com o material utilizado. Por exemplo, pode-se usar o peeling físico, químico, biológico, com laser ou o vegetal.
1- Peeling físico
Basicamente, esse tipo é feito com métodos físicos. Ou seja, nesse procedimento, é necessário fazer uma esfoliação na pele, para refinar suas camadas.
Sobretudo, costumam ser usados o peeling de cristal, o peeling de diamante e a microdermoabrasão.
2- Peeling químico
Basicamente, esse tipo de peeling é feito com ácidos específicos para agredir e descamar a pele. Por exemplo, é o ácido hialurônico, o ácido glicólico, o ácido retinoico e ou outros.
3- Peeling biológico
A priori, esse tipo de peeling não tem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Sobretudo, é um tipo de peeling mais superficial. Inclusive, ele é realizado com enzimas de frutas.
4- Peeling com laser
A princípio, como você pode perceber, esse tipo de peeling é feito com laser. Inclusive, os tipos de laser que normalmente usados são aqueles que aquecem a pele de dentro para fora.
Basicamente, isso estimula a troca de células sem descamar ou irritar a pele.
5- Peeling vegetal
A princípio, esse tipo é também conhecido como gomagem. Trata-se, portanto, de um peeling superficial. Assim, ele usa métodos vegetais e naturais para descamar a pele.
Indicações
Sobretudo, o peeling é mais indicado para pessoas que estão procurando tratamentos de rejuvenescimento. Ou então para pessoas que queiram tirar manchas na pele, como por exemplo, o melasma, cicatrizes de acne, flacidez, e outros problemas de pele.
Basicamente, como é um procedimento meio complexo, nós indicamos que você procure profissionais qualificados. Até porque, por este método, é possível reestruturar e renovar sua pele.
Inclusive, os peelings médios e profundos só podem ser feito por dermatologistas. O superficial, por outro lado, pode ser feito por esteticistas.
Cuidados necessários
Antes do peeling
Primeiramente, se você vai fazer esse procedimento, informe-se com um profissional especializado. Basicamente, o dermatologista será o responsável por avaliar o seu caso.
Consequentemente, ele verá qual grau de procedimento deverá ser o seu, quais métodos necessários e quais cuidados deverão ser tomados.
Além disso, normalmente são usados ácidos mais suaves para preparar a pele. Também costumam ser associados à preparação do procedimento o uso cremes com ácidos retinoico, glicólico, hidroquinona e protetor solar. Inclusive, o este último é essencial para qualquer tipo de caso, até mesmo para você que não pensa em fazer procedimentos estéticos.
Após o peeling
A priori, os cuidados não serão os mesmos para todas as pessoas. Até porque cada caso é um caso. Por isso, é importante seguir todas as instruções do seu médico.
Sobretudo, após todos os peelings, a pele ficará mais sensível. Portanto, para todos os casos, o protetor solar será indicado. Além disso, é bastante indicado uso de produtos com vitamina C, como por exemplo, o ácido ascórbico.
Basicamente, os cuidados após o procedimento também variam dependendo do tipo de peeling feito. Até porque, nos casos mais superficiais, normalmente a pele começa a se regenerar dentro de cinco dias. Já os mais profundos podem levar de 30 a 45 dias para que a pele se recupere.
Contraindicações
Não é indicado para:
- Pessoas que não tem fotoproteção adequada (atletas, pescadores).
- Que estão ou estiveram em tratamento com isotretinoína nos últimos seis meses.
- Que fazem o uso de medicações como anticoncepcionais orais, tetraciclinas ou corticóide. Pois podem aumentar o risco de inflamação.
- Pessoas com doenças de pele que afetam o colágeno. Como por exemplo, o lúpus e dermatomiosite.
- Grávidas não podem fazer os peelings médios e profundos. Já o peeling mais leve pode mas, só se o médico liberar.
Possíveis complicações
A priori, é importante destacar que as complicações só acontecem quando os pacientes não seguem os cuidados necessários após o tratamento. Assim sendo, é comum ocorrer incômodos na pele, irritação, queimadura, ou edema.
Outras complicações mais graves
- Perda de barreira cutânea e lesão tecidual. Inclusive, isso pode causar infecções bacterianas, herpética e até cândida;
- Cicatrização anormal, milium e mudanças de textura;
- Alterações pigmentares, como hiperpigmentação, hipopigmentação e linhas de demarcação;
- Reação adversa a agentes químicos, como erupções acneiformes, reação alérgica e toxicidade;
- Manchas e surgimento de vasinhos.
Antes e depois do peeling
Enfim, o que achou dessa matéria? Vem conferir mais matérias no Área de Mulher: Câncer de pele – Tipos, prevenção, sinais e quando procurar um médico
Fonte: Minha vida
Imagem de destaque: Clínica Healthy