Uma das maiores atletas do mundo, Simone Biles recebeu recentemente outro título de honra, não só por seu trabalho, mas também por sua postura. Na última quarta-feira (01), a ginasta foi eleita uma das “personalidades do ano”, por meio da premiação da revista People. Da mesma forma, foi também uma das capas da publicação. Nela, indicavam a norte-americana como alguém que é “mais que uma atleta”.
Nesse sentido, um dos pontos destacados pela publicação da revista foi a posição que Biles tomou durante as Olimpíadas de Tóquio. Durante o evento, a atleta deixou de participar de várias das finais para qual estava classificada. O motivo de sua decisão foi sua crise psicológica, denominada “twisties”, muito comum entre ginastas. Após a escolha de Simone, a saúde mental dos atletas passou a virar pauta no meio do esporte.
O fenômeno do “twisties” costuma ser mais comum na ginástica artística pelo fato de, durante os movimentos, os ginastas se manterem no ar na maior parte do tempo. Isso faz com que eles percam a noção de seus passos e fiquem completamente desorientados enquanto suspensos. Dessa forma, o risco para os atletas é grande, já que a capacidade de entender onde e quando vão pousar também fica afetada.
Simone Biles é agraciada com título após tomar posição importante
A atleta Simone Biles, de 24 anos, ao desembarcar em Tóquio, já era o nome em que mais se colocavam expectativas durante toda a competição. Afinal, a ginasta já carregava 7 medalhas olímpicas. Contudo, desistiu de participar de 6 de suas 5 finais, justamente por conta de sua crise psicológica.
Seja como for, a história de decisões cruciais de Simone Biles não é recente. Em 2017, também foi uma das 250 a denunciar Larry Nasser, ex-médico da seleção norte-americana de ginástica artística, de abuso físico, sexual e moral. O homem recebeu pena de mais de 100 anos de prisão.