Cevada, coelho e sapo: testes de gravidez bizarros, mas que funcionavam

Antes de surgirem os testes de gravidez modernos, as mulheres descobriam se estavam esperando um filho por meio de métodos não convencionais

Testes de gravidez bizarros

Difícil acreditar, mas por muitas décadas, antes de surgirem os testes de gravidez modernos, as mulheres descobriam se estavam grávidas por meio de… sapos! A técnica consistia em injetar a urina da mulher em um sapo ou em uma rã e, caso o animal liberasse ovos na sequência, significava que o resultado era positivo. Entenda o que fazer quando o teste de gravidez dá positivo. E por mais que pareça absurdo, no século 20 o método tinha uma taxa de eficiácia considerada boa. Bizarro, né? Então, se quer saber mais sobre testes de gravidez nada convencionais, continue lendo o artigo.

Saiba como identificar gravidez sem sintomas.

Testes em grãos

Em meados dos anos 1.350 a.C surgiram as primeiras buscas por um método que detectasse a gravidez. No período, um documento médico escrito no Antigo Egito recomendava que a mulher misturasse sua urina com grãos de cevada e trigo para saber se a suspeita se comprovaria. Se eles brotassem após algum tempo, significava que ela realmente aguardava um filho. E não para por aí! Os egípcios também identificavam o sexo do bebê por meio dos grãos. Caso os brotos fossem apenas da cevada, era menino. Se o trigo se desenvolvesse, era menina.

Testes em animais

Primeiramente, ratas e camundongas eram usadas para os testes de gravidez. Na época, os cientistas alemães Selmar Aschheim e Bernhard Zondek observaram que a aplicação da urina de mulheres grávidas em roedoras que não haviam atingido a maturidade sexual estimulava a liberação de óvulos nelas. No entanto, o mesmo não acontecia quando o xixi injetado era de uma mulher não-grávida. Ou seja, a principal diferença estava na presença do famoso hormônio HCG. Entenda o que é e como funciona o Beta HCG. 

Nesse sentido, o método ficou conhecido como teste A-Z, em referência aos estudiosos. No entanto, diferente dos dias de hoje, a praticidade era zero! Era necessário injetar a urina em pelo menos cinco ratas e esperar cerca de sete dias para saber o resultado.

Quem também passou a participar de testes como esse anos depois foram as coelhas, por serem maiores. Mas, embora o porte do animal facilitasse a visualização dos ovários, elas eram sacricificadas em seguida. Como resultado disso, o teste só era usado em casos muito específicos.

Agora você deve estar se perguntando onde sapos e rãs entram nessa história, não é mesmo? Ao contrário das coelhas, esses anfíbios liberam ovos na natureza. Logo, não precisavam ser sacrificados. Desse modo, a urina era injetada nos animais e, em caso de gravidez, o Beta HCG estimulava a liberação de ovos.

Leia também: Melhor teste de gravidez: conheça os tipos e qual escolher

Uso da técnica no Brasil

Acredite se quiser, a técnica também foi utilizada aqui no nosso país. Contudo, os testes focavam em sapos machos. O resultado era positivo caso, após a aplicação da urina da mulher, eles expelissem espermatozóides pelas próximas três horas. Essa prática fez com que surgisse uma nova profissão: caçador de sapos.

Então, você já conhecia algum desses testes? Se gostou dessa matéria, leia também: Testes de gravidez caseiros são realmente confiáveis?

Fonte: BBC NEWS

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