Você tem medo de adquirir diabetes gestacional? Calma, antes de mais nada, é preciso entender que essa doença pode ser tratada ou evitada, antes de se tornar um problema grave.
Em síntese, os níveis de glicose no sangue durante a gravidez podem ocasionar riscos para o bebê e a futura mamãe. Por isso, é necessário entendermos melhor sobre a diabetes gestacional, um problema que tem atingido a maioria das grávidas nas últimas décadas.
Ademais, tudo depende do histórico familiar, ganho de peso excessivo ou idade materna mais avançada. Isto porque, o médico deve avaliar os motivos, tratamentos e fatores de risco.
O que é Diabetes gestacional?
A intolerância aos carboidratos é a principal característica das Diabetes mellitus gestacional (DMG), mais conhecida como diabetes gestacional. De modo geral, essa doença é diagnosticada pela primeira vez durante a gravidez, e talvez pode permanecer até 3 anos após o nascimento do bebê.
Causada pela disfunção metabólica em mulheres, esse tipo de diabetes corresponde a 90% dos casos durante a gestação. Ao contrário, a diabetes mellitus (DM) do tipo 2 atinge somente 8%. A saber, as mulheres que adquirem a diabetes gestacional tem mais chances de desenvolver a doença após o parto.
As alterações no metabolismo são muito comuns durante a gravidez, visto que podem provocar o desenvolvimento de resistência á insulina (RI). Ainda mais, esse processo é mediado pelos hormônios da placenta, que são responsáveis pela distribuição adequada de glicose para o feto.
Desse modo, as mulheres que já engravidam com esse problema, seja por obesidade ou síndrome policísticos, possuem a tendência de agravamento da resistência à insulina.
Fatores de risco
A diabetes gestacional configura um risco maior quando acompanhada de outras complicações durante a gravidez. Segue abaixo alguns fatores de risco que podem prejudicar a saúde do bebê e da gestante.
- Histórico familiar de diabetes em parentes de primeiro grau;
- Síndrome de ovários policísticos;
- Possuir idade acima de 35 anos ou mais;
- Gordura corporal excessiva;
- Ter sofrido abortos sequenciais;
- Medir menos que 1 metro e meio;
- Obesidade, ganho excessivo de peso ou sobrepeso;
- Pré-eclâmpsia na gravidez atual ou hipertensão.
Como resultado, os riscos para o bebê envolvem desde o desenvolvimento excessivo no ventre, traumas no feto, internação após o nascimento e maiores chances de uma cesária de emergência.
Diagnóstico da diabetes gestacional
Em suma, o diagnóstico da diabetes gestacional é feito por meio do exame de glicemia em jejum. Geralmente, esse pedido é feito pelo médico na primeira consulta de pré-natal.
Por conseguinte, se o resultado for igual ou superior a 126 mg/dL, a gestante é portadora de Diabetes tipo 2. Caso o número apresentado seja entre 92 mg/dL e 126 mg/dL, a mãe recebe o diagnóstico de diabetes gestacional.
Nos dois casos, deve ser feita uma segunda dosagem para confirmar o diagnóstico. Sobretudo, se a glicemia apontar um número abaixo de 92 mg/dL, a gestante deve refazer o exame no segundo trimestre, aproximadamente na 24ª e a 28ª semana de gestação.
Prevenção e tratamento
Em síntese, uma alimentação saudável e exercícios físicos diariamente podem ajudar na prevenção da diabetes gestacional. Além disso, os carboidratos simples devem ser extremamente evitados, como por exemplo o pão branco, açúcar refinado e o arroz branco.
Nesse sentido, dê prioridade ao consumo de vegetais, legumes e grãos integrais. Se bem que não adianta melhorar a alimentação e continuar sedentária.
Lembre-se de praticar pelo menos 30 minutos de corrida ou exercícios aeróbicos todos os dias. Antes de tudo, siga as orientações médicas, respeitando a dieta e as atividades físicas.
Além das especificações de prevenção, o tratamento depois do diagnóstico envolve o cálculo do consumo calórico semanal, substituição do açúcar por adoçantes artificiais e o controle da glicemia. Isto é, o médico pode passar uma medicação com insulina injetável e fármacos orais.
Controle de glicemia em casa
Ao receber o diagnóstico de diabetes gestacional, a gestante precisa medir a glicemia capilar, aquela feita pela pontinha do dedo. Em média, essa checagem deve ser feita de 4 a 8 vezes ao dia, isto depende da orientação médica.
Considera-se os valores e condições abaixo como o ideal:
Jejum: ≤95mg/dL
1h após refeição: (pós-prandial) ≤140mg/dL
2h após refeição: (pós-prandial) ≤120mg/dL
Ademais, cada paciente pode receber orientações médicas específicas, já que cada organismo reage de forma diferente. Por isso, é importante se adequar aos novos hábitos alimentares e observar a resposta do corpo ao tratamento. Qualquer alteração incomum, procure o seu médico imediatamente.
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Fontes: Hilab e Dra. Suzana Vieira
Imagens: Healtheoz, Casa da Doula, Alesp, Banco da Saúde, Dra Tânia Gewehr e Hemocord