Quando o décimo mês do ano chega, não demora para o Outubro Rosa ganhar destaque. Essa campanha, que acontece todo mês de outubro, tem como principal foco a conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.
Além disso, o movimento reacende discussões sobre o cuidado com a saúde feminina, incentivando a realização de exames como a mamografia e o autoexame, além de promover o acesso à informação sobre os fatores de risco e o tratamento dessa doença que ainda afeta tantas mulheres no mundo.
E aí, vamos saber um pouco mais sobre este mês tão importante? Boa leitura!
O que é o Outubro Rosa?
Para quem não sabe, o Outubro Rosa é uma campanha global que acontece todo mês de outubro, com o objetivo de conscientizar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.
A iniciativa começou lá pelos anos 90, criada pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, uma das maiores organizações de combate ao câncer de mama no mundo. A ideia é incentivar as pessoas a fazerem exames regulares, como a mamografia, e a conhecerem melhor seu próprio corpo, já que o diagnóstico cedo aumenta muito as chances de tratamento mais eficaz.
Também, a campanha visa apoiar quem já enfrenta a doença, promovendo eventos e atividades para espalhar informação, já que este é um momento delicado para muitas mulheres, e o apoio neste momento pode fazer toda a diferença.
Por fim, para se ter uma ideia, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre 2020 e 2022, o Brasil registrou mais de 66 mil novos casos de câncer de mama. Esse dado reforça o quanto é essencial sensibilizar e conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
Como surgiu o Outubro Rosa?
Por muito tempo, o câncer de mama não recebeu a devida atenção. O movimento Outubro Rosa só ganhou força a partir dos anos 90, nos Estados Unidos, com a Fundação Susan G. Komen for the Cure. Algumas campanhas sobre o tema já aconteciam, mas de forma bem isolada em certos estados.
Felizmente, com o passar do tempo, o movimento cresceu e ganhou força, mobilizando pessoas ao redor do mundo. Hoje, ele não só promove a importância da detecção precoce do câncer de mama, mas também incentiva o acesso a informações, tratamentos e apoio emocional para quem enfrenta a doença
A campanha do Outubro Rosa começou a ganhar espaço no Brasil em 2002, de maneira ainda tímida, quando o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, foi iluminado de rosa para chamar atenção à causa. Depois disso, o evento seguiu morno ano após ano.
Diante disso, somente em 2008 que a movimentação ganhou força em várias cidades brasileiras que abraçaram o Outubro Rosa, fazendo companhas, promovendo corridas e, assim como no resto do mundo, iluminando os principais monumentos com a cor rosa durante a noite.
Portanto, com o tempo, a mobilização em torno da conscientização sobre o câncer de mama foi ganhando cada vez mais força. Em 2018, essa importância foi reconhecida oficialmente com a Lei nº 13.733, que estabeleceu outubro como o mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama no Brasil.
Qual é a importância do Outubro Rosa?
O câncer de mama é o segundo tipo mais comum no mundo, principalmente entre as mulheres, e essa alta incidência explica a importância de conscientizar a população sobre a prevenção e o diagnóstico precoce.
No Brasil, o número de mortes associadas a essa doença ainda é preocupante, chegando até a 13 mil mortes anuais, em grande parte devido aos diagnósticos tardios, quando o câncer já está em estágios avançados, infelizmente.
Diante disso, essa demora no diagnóstico pode ser causada por falta de informação, acesso limitado a exames de rotina, como a mamografia, ou até pelo medo de enfrentar a doença, o que reforça a necessidade de campanhas de conscientização.
Portanto, dentre os principais pontos de importância desta campanha, a gente pode listar:
- Conscientizar sobre a necessidade de construir hábitos saudáveis;
- Acesso aos serviços de saúde e de informação;
- Conscientizar sobre a doença;
- Reduzir o número de mortes;
Quais são os fatores de risco do câncer de mama?
Assim como outras doenças, o câncer de mama também está associado a alguns fatores de risco. E isso não é só conversa: especialistas na área reforçam essa ideia com base em pesquisas e dados. Entre os principais fatores de risco, eles destacam:
1- Idade e sexo
Infelizmente, o principal fator de risco para o câncer de mama é ser do sexo feminino, seguido pela idade. Isso significa que, conforme o tempo passa, o risco aumenta, principalmente entre mulheres com mais de 50 anos.
Logo, essa combinação de gênero e envelhecimento acaba sendo um dos maiores motivos para o surgimento de novos casos, o que reforça a importância de manter os exames preventivos em dia.
2- Questões genéticas
Uma das outras questões que preocupam em relação ao câncer de mama são os fatores genéticos. Se alguém da família já teve a doença, o risco de outros parentes também desenvolverem sempre aumenta.
De acordo com estudos, entre 5% e 10% dos casos de câncer de mama têm origem hereditária, ligados a mutações genéticas, como as dos genes BRCA1 e BRCA2, que podem ser transmitidas de geração em geração.
Por isso, é importante ficar atento ao histórico familiar e conversar com um médico sobre a possibilidade de exames específicos de detecção precoce. Consultar um especialista é sempre essencial! Tá?
3- Questões reprodutivas
Entre os fatores de risco estão a primeira menstruação precoce e a menopausa tardia. Além disso, mulheres que engravidam após os 30 anos, que nunca tiveram filhos ou que não amamentaram também podem estar mais expostas a esses riscos. Esses fatores estão ligados à maior exposição ao estrogênio, um hormônio que pode influenciar o desenvolvimento do câncer de mama.
4- Estilo de vida
Por fim, o consumo frequente de bebidas alcoólicas, junto com outros hábitos de vida, como a obesidade, o sedentarismo e uma alimentação inadequada, são fatores de risco importantes para o desenvolvimento do câncer de mama.
Também, vale destacar que o excesso de álcool pode aumentar os níveis de estrogênio no corpo, o que também está relacionado ao maior risco dessa doença.
Como se prevenir?
Acima, foram listados alguns fatores que podem contribuir para o surgimento do câncer de mama. E como se prevenir? O primeiro passo, muito importante, está na mudança do estilo de vida.
Diante disso, manter uma rotina de exercícios, ter uma alimentação equilibrada e evitar o consumo de álcool pode fazer toda a diferença. Ademais, estudos apontam que a amamentação também é uma forma eficaz de prevenção.
Por fim, é super importante que cada mulher conheça bem o próprio corpo. Criar o hábito de examinar as mamas no dia a dia pode ser uma grande ajuda para identificar sinais precoces. Vale lembrar que muitas descobertas de alterações acabam sendo feitas pelas próprias mulheres.
Quais são os sinais e sintomas do câncer de mama?
Dentre os principais sintomas do câncer de mama, a gente pode destacar:
- Presença de nódulos no pescoço ou mesmo nas axilas;
- Mudança no formato da mama;
- Vermelhidão ou aspecto de mama enrugada;
- Líquidos saindo pela mama (exceto no período da amamentação, é claro);
- Caroço fixo e indolor na mama;
Lembre-se: o ideal é consultar um médico especialista ao menor sinal de alteração na mama. Cuide-se!
Agora, falando no assunto, essa outra postagem também pode ser muito útil: 8 sintomas de câncer de mama que vão muito além do nódulo.
- Fonte: Ceu Diagnósticos, Sabin, Santa Casa de Maringá, Oncoguia, BVS, M De Mulher
Referências Bibliográficas:
SILVA, Gabriela Rodarte Pedroso da et al. Tendência da taxa de mortalidade por câncer de mama em mulheres com 20 anos ou mais no Brasil, 2005-2019. Ciência & Saúde Coletiva, v. 29, p. e01712023, 2024.
DIAS, Maria Beatriz Kneipp et al. Adequação da oferta de procedimentos para a detecção precoce do câncer de mama no Sistema Único de Saúde: um estudo transversal, Brasil e regiões, 2019. Cadernos de Saúde Pública, v. 40, p. e00139723, 2024.
MONTILLA, Dalia Elena Romero et al. Mortalidade por câncer de mama em mulheres idosas no Brasil e nas grandes regiões: uso do SISAP-Idoso. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde, v. 17, n. 2, p. 372-386, 2023.