A gravidez é um momento muito importante na vida da mulher e que vem acompanha de muitas dúvidas e até mesmo medo. Inclusive uma gestação desejada e planejada não está livre da ansiedade e medo, seja pelas mudanças físicas quanto a maternidade em si. E assim como tudo hoje em dia, a maternidade também é tema de muitas informações, opiniões e recomendações que nem sempre fazem sentido.
E é esse excesso de informações sobre maternidade que acabam atrapalhando muitas mamães. Claro que o problema não está em se informar, principalmente as mães de primeira viagem precisam desse suporte. O problema é que o excesso de informações e senso comum podem acabar mais fazendo mal do que bem.
Sendo assim, é fundamental saber lidar e filtrar as informações que recebe sobre maternidade, para que elas não afetem de forma negativa a autoestima da mãe. Bem como aumentar a insegurança e o medo das mãe quanto a maternidade, transformando um momento que deveria ser lindo em algo que dá mais medo do que deveria.
Como o excesso de informação sobre maternidade pode prejudicar?
Hoje em dia estamos expostos a um excesso de informação sobre todos os temas, inclusive a maternidade. Sendo assim, acaba sendo um grande desafio filtrar o que é realmente útil no seu caso. Confira como o excesso de informações sobre a maternidade pode te prejudicar:
Absorver toda e qualquer informação sobre maternidade
Naturalmente, existem diversos questionamentos que passam pela cabeça da mulher durante a gravidez, principalmente a mãe de primeira viagem. Dúvidas como: o que eu tenho que ter para ser uma boa mãe? Será que eu serei uma boa mãe? Como eu vou lidar com a minha vida profissional e a maternidade?
Todas essas dúvidas acabam gerando muitas angústias para mãe, que de certo modo, é natural para essa fase. O problema é que com a facilidade do acesso a informação, a busca por essas respostas faz com que muitas mulheres passem a absorver todo e qualquer tipo de informação, que nem sempre é verdade.
Compulsão por buscar respostas
De modo geral, buscar por respostas onde quer que seja não é algo ruim, pelo contrário, ajuda a mulher a ter um alívio diante das incertezas de trazer uma vida ao mundo. O problema é que com o excesso de informação sobre maternidade é muito mais fácil que essa busca se torne uma obsessão, quase como uma compulsão e isso sim pode ser prejudicial.
Segundo a psicanalista Fertilitat, Débora Farinati para o site Bella Mais: “É preciso analisar quais seriam as angústias e fantasias que a impulsionam, para que então, a gestante possa avaliar a singularidade de seus anseios e temores e buscar compreendê-los dentro da sua história. Essa informação não está disponível na rede, deve ser buscada dentro dela”, explica a especialista.
Distorção das redes sociais
As redes sociais se tornaram uma grande fonte de informação, no caso, informações “sem filtro”, e isso pode resultar em distorção da realidade por parte das mães que se baseiam nessas fontes. Isso porque nas redes sociais, todo mundo mostra o lado glamuroso da sua vida, como se ela fosse perfeita, e isso inclui a gravidez . Desse modo, quando a mulher vê o que está sendo mostrado na rede e não se identifica com aquilo, ela pode se sentir culpada e achar que está fora do padrão ou que tem algum problema.
Como lidar com esse excesso de informação sobre maternidade?
A era da informação por si só não é um problema, na verdade, a democratização de informações é fundamental para a nossa evolução. Acontece que temos que aprender a lidar e selecionar quais informações, no caso, de maternidade são realmente relevantes e quais servem apenas para nos deixar mais preocupadas e ansiosas. Confira algumas dicas de como lidar:
1. Tenha consciência de si e de seus valores
Saiba quais são os seus valores, pois eles que irão te guiar nesse caminho da maternidade. Sendo assim, sabendo dos seus valores é possível separar quais informações estão de acordo com eles e quais não fazem sentido para a sua vivência.
2. Mudar de opinião é normal
Na se preocupe se caso mudar de opinião. Enquanto seus valores são sólidos, as opiniões não só podem como também devem mudar, afinal, a vida não é estática. Saiba que existe muitas informações e argumentos que chegam para derrubar o que se acreditava saber. Desse modo, esteja preparada para mudar quando for preciso.
3. Escolha boas fontes
O excesso de informação sobre maternidade é um problema em si. Sendo assim, procure selecionar melhor suas fontes de informação, nesse caso não é a quantidade que importa, mas sim a qualidade das fontes. Escolha aquelas que fazem mais sentido para você.
4. Selecione o que é bom ou não
Antes de seguir um conselho, se pergunte o seguinte: isso é verdade? tem comprovação? vai ser bom para mim e para o meu bebê? Sempre se guie por essas perguntas quando não se sentir segura com uma opinião ou recomendação sobre maternidade.
5. Busque informações consistentes sobre maternidade
É muito comum devido ao excesso de informações, que existam pontos comum entre elas. Então, é normal que várias fontes ou teorias concordem em algum aspecto. Portanto, fique atenta nesses pontos que são mais consistentes e tem maiores chances de serem confiáveis.
6. Na dúvida, consulte um especialista
Mesmo seguindo todas essas dicas, filtrando e selecionando as melhores informações, ainda é possível que haja dúvidas sobre o que acreditar. Sendo assim, é importante sanar essas dúvidas, e ninguém melhor do que um especialista de sua confiança para isso. Pode ser um médico, o pediatra ou professora, qualquer um que tenha conhecimento sobre o assunto. Não tenha medo de pedir ajuda.
7. Confie no seu instinto
Por último, mas não menos importante: seguir seus instintos. No fim das contas, quem melhor conhece o seu filho é você, e acredite que você é quem sabe o que é melhor para ele. Então, quando não saber no que acreditar, acredite no seu instinto materno.
LEIA MAIS:
Maternidade – 10 coisas que ninguém te conta sobre isso
Como calcular a data provável do parto
Trabalho do parto – O que é, estágios, dicas e curiosidades
Até que idade a mulher pode engravidar?
Tipos de parto: veja quais são eles e como escolher o melhor
Puerpério, o que é? Mudanças físicas, psicológicas e depressão pós-parto
Fontes: Tempo Junto Bella Mais Mariana Kotsho Terra
