A princípio, a história do tie dye começou há milhares de anos atrás. É uma técnica de amarração e tingimento de roupas que foi abraçada pela comunidade hippie nos anos 70. Contudo, o nome ‘tie dye’ significa ‘amarrar e tingir’, que é exatamente o que a técnica faz para dar cor e vida para os tecidos.
Atualmente o tie dye é uma tendência de moda compartilhada em várias partes do mundo, desde artistas a blogueiras. Em suma, ela consiste em técnicas de amarrações do tecido, sejam eles roupas, calçados ou até mesmo mantas, com o tingimento desordenado de cores que combinam entre si, dando o efeito que conhecemos hoje.
Enfim, o tie dye ficou mundialmente conhecido durante o movimento hippie dos anos 70. Ele foi disseminado principalmente por artistas americanos como John Sebastian, Janis Joplin e Joe Cocker. Nos anos 90 a moda retornou através do punks e os clubbers e, assim, ganhou até as passarelas de moda.
Desde então a técnica não deixou de fazer parte de ambas comunidades e também prevaleceu no gosto popular, ganhando um boom em 2020 através de blogueiras, artistas e marcas de modas. No entanto, essa moda é mais “velha” do que possamos imaginar. O tie dye não nasceu no movimento hippie, ele veio muito antes disso.
História do tie dye
Os primeiros registros da técnica foram notados no século VI e século VII no Japão, China, Índia, Peru e no continente africano. Contudo, o tie dye como conhecemos, era chamado de “shibori” pelos japoneses e de “bandhani” na Índia. Ele dava aos tecidos cores combinadas e diferentes amarrações, dependendo da região e cultura. Por exemplo, os indianos utilizavam alimentos para colorir os tecidos, como a casca de cebola, entre outros.
Posteriormente, foi apenas entre os anos 60 e 70 que o tie dye se tornou um grande símbolo da cultura hippie nos Estados Unidos, ganhando o nome que conhecemos. A nomenclatura em inglês significa “amarrar e tingir”.
Conforme a cultura hippie pregava liberdade, o amor livre, o respeito à natureza e a contracultura de consumismo, os hippies abraçaram a técnica por reaproveitar roupas e dar uma cara ao movimento. Todavia, para os hippies, o tie dye significava literalmente liberdade, pela técnica também ter a liberdade de tingimento e amarrações, livre de regras.
O tie dye ganhou mais força nos anos 90, quando punks e clubbers popularizaram o estilo, visto que, roupas coloridas eram uma marca dessas comunidades. Nesse intérim, os punks misturavam a técnica em meio suas camisas de banda e jeans, enquanto para os clubbers, quanto mais cores, melhor.
Após a popularização da técnica, o tie dye ganhou as passarelas sob a influência de estilistas como Vivienne Westwood. Posteriormente, nos anos 2.000 a técnica permaneceu de forma discreta nos guarda-roupas da população, ganhando força em 2019 e tendo um boom em 2020.
O boom do tie dye
A história do tie dye não acabou nos anos 90. Conforme mencionado acima, ele ganhou muita força em 2019 e essa força vem crescendo cada vez mais. Com o isolamento social imposto pela pandemia do coronavírus em 2020, o método DIY, que significa “faça você mesmo”, ganhou as casas de todo o mundo.
Com isso, as técnicas têm sido aperfeiçoadas e as mais diversas combinações de cores estão sendo criadas. Assim também, marcas famosas e de grife incrementaram a técnica em suas roupas, como Calvin Klein, Collina Strada e Prabal Gurung.
Passo a passo de como fazer tie dye em casa
1 – Materiais
O tie dye possui infinitas técnicas, mas a maior parte delas é feita com amarração do tecido e tingimento. Com isso, você vai precisar de:
- Tecido de cor clara, de preferência 100% algodão;
- Corantes diretos, corantes reativos, água sanitária ou tintas para tecido;
- Bisnagas ou recipientes para as cores;
- Cordões, barbantes ou elásticos, de preferência os de silicone.
2 – Amarração
A amarração fica por conta da sua criatividade. Você pode enrolar o tecido partindo do centro, fazendo uma espécie de caracol e amarrar fazendo um “x”. Você pode também só “amassar” o pano e amarrar em vários gominhos, ou dobrar a camisa e tingir. Veja mais neste conteúdo, que ensina técnicas e dá várias dicas para você confeccionar seu tie dye em casa.
3 – Tingimento
Antes de mais nada, vale ressaltar que o tecido não pode estar sujo, se não seu pano pode ser que fique manchado e você não vai querer isso.
Durante toda a história do tie dye, o que não faltou foi cores, então pode abusar delas! Se você for usar corantes ou tinta de tecido é preciso diluir. Coloque nas bisnagas ou recipientes que você separou para utilizar.
Feito isso, é hora da arte começar! O tingimento é livre e você pode fazer a combinação da forma como preferir. No entanto, é importante demarcar bem o limite das cores para que elas não se misturem.
O processo também pode ser feito com água sanitária em peças escuras. Basta utilizar apenas a água sanitária para tingir o tecido amarrado. O resultado é instatâneo!
4 – Finalização
Para que as cores fixem, é necessário que elas fiquem secando por pelo menos 24 horas, sem exposição direta ao sol. Após isso, lave a peça separadamente por pelo menos três lavagens, pois ela solta um pouco de cor. Prontinho! Seu tie dye está finalizado.
Gostou desse conteúdo? Veja mais a fundo com técnica, dicas e passo a passo para inovar em suas roupas.
Fontes: Not The Samo, Elle e Dimona.
Imagem destacada: Pixabay
Imagens: Portal Negócios JA, Folky, Guia da Semana, We Fashion Trends, Incrível Club, UFPEL, Pantone e Revista Jurema.